sábado, 30 de julho de 2011

Que tipo de Cristão é você?

Certa mulher, membro antiga de uma conhecida igreja, foi entrevistada: “Diga-me, em que você crê?” Ela respondeu: “Eu creio no que a minha igreja crê”. Replicaram: “Mas em que sua igreja crê?”. Ela emendou: “Minha igreja crê no que eu acredito”. O jornalista então perguntou: “Já que você crê no que a sua igreja acredita, e sua igreja crê no que você acredita, em que você e sua igreja creem?” Ela respondeu, rapidamente: “Nós cremos na mesma coisa”.

Esta é uma ilustração de uma realidade cada vez mais comum: as igrejas estão cheias de pessoas cuja fé é vaga e estéril. São os ditos “cristãos nominais”, que normalmente frequentam os cultos, cantam, contribuem, têm um verniz evangélico no comportamento, mas param por aí. Alguns desses praticam uma religião “toma-lá-dá-cá”, estão sempre atrás de bênçãos, mas não parecem interessados em manter um real relacionamento com Deus.

Na esteira desse comportamento cada vez mais frequente prospera o argumento de que “todos somos filhos de Deus”, a identificar de alguma forma que fazemos parte de um propósito superior.

As ciências sociais têm dado valiosas contribuições a respeito do comportamento humano, mas é inegável que, a despeito disso, deixam de explicar adequadamente o propósito do ser humano nesta vida. Deixam de explicar por que o vazio interior (ou necessidade de sentido de vida) desencadeia a busca pelo divino.

O conceito bíblico é que Deus criou os seres humanos para que cumpram o Seu propósito e que, sem essa clara percepção, nada na vida fará de fato sentido completo. Com efeito, nesse aspecto, todos somos filhos de Deus, por “direito de criação”.

O propósito divino é que amemos e sejamos amados por Deus; que o glorifiquemos e desfrutemos de íntima comunhão com Ele e com a Sua Criação. Como criaturas de Deus, Ele mesmo nos dotou de um apetite espiritual que nos faz sentir necessidade de sua presença. Isso levou Blaise Pascal a afirmar: “Toda pessoa tem no coração um vazio do tamanho de Deus”. Isso também ajuda a explicar a fome pelo divino que cada pessoa demonstra, principalmente ao engendrar os seus próprios meios de chegar a Deus, criando religiões, formando divindades, cultuando ídolos etc.

Quando Deus nos criou, fez-nos à Sua imagem e semelhança. Isso diz respeito aos elementos da personalidade e individualidade, liberdade de escolha, responsabilidade moral, habilidade criativa, capacidade de amar e ser amado, possibilidade de desenvolver o potencial como pessoa etc. Isso tudo refletia a essência da natureza divina em nós.

A partir desse ponto de sermos “semelhantes” a Deus, é que se deu a ruptura. O pecado danificou a nossa natureza quando este potencial de sermos “quase” como Deus foi explorado de modo abusivo e fora do Seu propósito.

Para corrigir esse “desvio de rota” existencial é que Jesus veio ao mundo, tomou sobre Si os nossos pecados, morreu na cruz, ressuscitou ao terceiro dia, foi elevado aos céus, estando agora assentado à direita de Deus Pai, onde intercede por nós. “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Tm 2.5).

Ser filho de Deus não é um privilégio para poucos, mas para todos os que desejam e buscam sinceramente o perdão e a salvação de Deus pelos méritos de Jesus. Não de religiões, não de santos, nem de ídolos; só de Jesus!

Essa filiação vem pelo novo nascimento, quando cremos na obra redentora de Jesus e entregamos a vida a Ele, que nos torna filhos de Deus, agora por “direito de redenção”. Como está escrito: “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (Jo 1.12).

Muitas igrejas se afastaram desse evangelho simples e poderoso – que até as crianças podem entender – e criaram fórmulas anti-bíblicas e marqueteiras que geram cristãos nominais, cuja fé é superficial e estéril.

Elas deviam estar pregando que Jesus é definitivamente “o novo e vivo caminho” para se chegar a Deus, sendo o único modo de restaurar a comunhão perdida por causa do pecado; que essa é a maneira de retornar ao propósito original de mantermos uma íntima comunhão com Deus e andarmos na sua presença, agora como filhos amados. É para isto que a igreja existe, para tornar o Senhor conhecido, não para ser fonte de lucro ou promoção pessoal de líderes personalistas.

Há esta diferença cabal entre cristãos nominais e os cristãos filhos de Deus: “Se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8.17). Que tipo de Cristão é você?

Samuel Câmara

Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sábado, 23 de julho de 2011

Em busca da fonte da juventude

Muitas obras foram escritas sobre uma possível fonte da juventude. Os sábios do passado gastaram longas horas em esquadrinhar esse mistério. Mas existe realmente uma fonte da juventude? Ou isso é assunto de alquimistas, em sua busca inglória pela juventude eterna? Ou permanecer jovem é uma arte, cujo “segredo” só poucos descobrem?

Um ditado afirma que só não fica velho quem morre cedo. Há pessoas que, mesmo jovens na idade, parecem velhos na alma. Já não lutam por nada, não buscam conquistas. Ademais, sempre jogam um “balde de água fria” nas nossas melhores aspirações.

Se permanecer jovem é uma arte, ela se expressa na atitude de a pessoa continuar jovem interiormente, na mente, no espírito, em constante desafio às rugas e aos cabelos brancos por fora.

Um número crescente de pessoas, principalmente mulheres, recorre a cirurgias estéticas, com temor da velhice que se prenuncia. Nada contra tentar melhorar o que pode ser melhorado. Mas o nosso corpo, sob o efeito da lei da gravidade, indubitavelmente envelhece. Mesmo que mintamos a idade, o nosso corpo, esse “envelope” que guarda o verdadeiro ser, fala mais alto.

Com efeito, precisamos permanecer jovens a despeito da passagem do tempo. Isso levou Moisés, o grande legislador, a orar: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio”.

Quando o famoso inventor Graham Bell tinha 75 anos, alguém íntimo seu disse: “O mais notável a respeito do Dr. Bell é que ele é mais moço do que outros com a metade de sua idade. Parece que descobriu uma fonte da juventude que o conserva perenemente alerta e vigoroso”.

O Jesus que vemos retratado nos evangelhos – diferentemente do pintado por artistas de todas as épocas, como um personagem apático, reticente, soturno, fraco, magro e impotente – era não somente forte e vigoroso, mas também cheio de vida interior, pleno de alegria, enfim, era jovem na acepção ampla do termo.

Como, pois, permanecer jovem? Qual o “segredo” dessa fonte da juventude? Se alguns conseguiram, como não conseguiríamos também?

Se há uma receita para permanecer jovem, creio que esta consiste em três pontos essenciais:

Primeiro, é preciso conservar jovem o coração. Manter o espírito sempre jovem tanto faz bem aos outros como nos traz grandes benefícios. A Bíblia afirma: “O coração alegre aformoseia o rosto”, ou seja, nos faz parecer mais bonitos. Isso começa quando mantemos uma atitude alegre.

Poucas coisas são tão desagradáveis quanto ficar perto de alguém mal humorado. Devemos ter em mente este provérbio: “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos”. Quando mantemos uma atitude alegre, os problemas se tornam apenas uma oportunidade de milagres e vitórias, não prenúncios de derrota, e a vida fica mais doce e frutífera.

Segundo, é necessário apegar-se aos sonhos. Você jamais poderá ir além de seus sonhos. Mas não irá a lugar algum sem eles. Alguém disse: “Pouco resta a fazer além de enterrar um homem quando o último de seus sonhos está morto”. Quem deixa de sonhar deixa de viver.

Para alimentar os seus sonhos, procure tirar inspiração dos bons exemplos, principalmente nos jovens de espírito que continuam criativamente ativos até ao fim da vida. Isso pode inspirar e mudar a nossa vida. Goethe completou sua maior obra, Fausto, aos 82 anos. Ticiano pintou suas obras-primas aos 98. Toscanini regeu até aos 87. Aos 81, Benjamin Franklin ajudou a elaborar a Constituição dos Estados Unidos. Firmino Gouveia continua produtivo aos 86.

Ter sonhos o fará crescer continuamente. Decerto, não ficamos velhos, envelhecemos quando deixamos de sonhar. Force a sua mente a sair da rotina. Leia bons livros, medite nos princípios eternos da Palavra de Deus, ore, procure ver novas possibilidades, assuma novos desafios. Como diz um provérbio: “Os caminhos batidos são para os homens vencidos”.

Terceiro, é preciso aprender a esperar no Senhor. João Batista disse: “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada”. Assim, Deus nos oferece o melhor: “Eu vim para que que tenham vida e a tenham em abundância”. Deus não é um estraga prazeres, antes quer ser o parceiro de nossa jornada. Se Ele for a Fonte renovadora do nosso vigor, cumprir-se-á em nós o que está escrito: “Os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”.

Não existe uma fonte da juventude mágica. Mas permanecer jovem não somente é possível, é uma arte que precisa ser vivida, mas sempre com a bênção de Deus.

Samuel Câmara

Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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domingo, 17 de julho de 2011

Asas da Liberdade, para quê?

Uma canção bem conhecida clama para que a liberdade abra as suas asas sobre nós. Muitos poetas a louvaram. Incontáveis livros lhe foram dedicados. Mas para que queremos a liberdade?

Suponha que um grande navio esteja naufragando e só o capitão saiba disso. Assim, ele anuncia aos passageiros da segunda e terceira classes que está liberado o acesso para a primeira classe. Todos poderão beber todo o uísque, vodka ou vinho que desejarem – grátis! Quem quiser, pode jogar futebol dentro da sala de jantar. Se quebrarem qualquer coisa, não tem problema. O cassino está liberado, não é preciso pagar pelas fichas. A partir de agora, anuncia o capitão, tudo está liberado. Os passageiros ficam felizes, achando que agora a liberdade no navio é completa. Pensam até que o capitão é “o cara”. O que os passageiros não desconfiam, porém, é que logo estarão todos mortos.

Mas suponha a situação inversa: todos sabem que o navio vai afundar. Embora o capitão liberasse tudo, os passageiros, prestes a morrer, poderiam indagar: “Liberdade, para que te quero?”
O mundo é assim como esse grande navio. Muitas pessoas acreditam que são livres porque estão se divertindo e fazendo o que querem. Não se importam muito com Deus ou mesmo se terão que prestar contas algum dia de seus atos. Principalmente em suas festinhas, o “capitão” as manda liberar geral – sexo, drogas, álcool, tudo o que desejarem. Liberdade!
A conta sempre vem depois. É sugestivo que no dia seguinte ao exercício dessa “liberdade” só sobrem a vergonha e as cinzas dos projetos de vida que se destruíram. E cinza é o nome dado ao que resta de uma combustão, fogo ou incêndio, com o seu efeito devastador de reduzir tudo a nada.

Muitos expressam sua liberdade em noitadas e festanças regadas a bebidas, sexo e drogas, como uma forma “saudável” de extravasamento das emoções e sublimações de problemas de toda ordem. Ao acordarem em meio às ressacas morais, sem saber como reconstruir o que foi devastado pelos exageros (financeiro, moral, físico e espiritual) a que se submeteram nas horas de exercício da “liberdade”, é que se darão conta do quanto lhes custou fazer o que quiseram.

Sabemos que o bem mais importante da vida é a liberdade. A gaiola pode até ser de ouro, mas pergunte ao pássaro onde preferiria estar. Alguém pode ter dinheiro, saúde e bens, mas não ser livre para usá-los adequadamente os torna tão inúteis como a vida de um prisioneiro.
Mas liberdade para quê? Para destruir a própria vida? Para destruir a família? Para implodir o próprio futuro?

Pergunte às adolescentes que geraram filhos indesejados e deixaram os estudos; aos que se tornaram escravos dos vícios; às que praticaram abortos; aos filhos indesejados abandonados em creches ou nos juizados de menores; aos que foram infectados por doenças letais e sexualmente transmissíveis, que em breve ceifarão suas vidas preciosas; aos que contraíram dívidas que perturbaram sua paz e destruíram suas famílias – pergunte o que ganharam com sua “liberdade”.

Afinal de contas, não é sempre a mesma coisa diante de nossos olhos? O mal uso da liberdade?

No dia em que os pais e as autoridades fizerem as contas do prejuízo social e financeiro que essa tão propalada “liberdade” de cada um fazer o que bem entende oferece, então talvez algo precise ser dito, antes que as gerações futuras nos julguem por não termos ensinado aos nossos filhos como ser livres.

Liberdade é um conceito paradoxal. Quem acha que é livre para fazer tudo o que quer, pode apenas estar sendo prisioneiro dessas mesmas coisas, que se transformam em vício e compulsão. Jesus disse: “Aquele que comete pecado é escravo do pecado”.

A Bíblia orienta: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao final, dá em caminhos de morte”. Mas Deus quer o melhor para nós: “Os meus pensamentos a vosso respeito, diz o Senhor, são pensamentos de paz e não de mal, para vos dá o fim que desejais”.

Com efeito, Cristo oferece a verdadeira liberdade, para que você seja livre e não precise jamais de subterfúgios para ser feliz — nem drogas, nem sexo casual, nem violências, nem bebidas, tudo sem vícios e sem excessos. Você será liberto dos pecados e terá o coração transformado. Sua nova vida agora será vivida em Cristo, por Cristo e para Cristo, em obediência e gratidão ao Deus que “nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”.

Asas da liberdade, para quê? Para ser livre em Cristo!

Samuel Câmara

Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sábado, 9 de julho de 2011

Sob o signo de tentações e provações

Tentações e provações são inerentes à vida humana. Isso levou Roy Baumeister, professor de uma universidade americana, a elaborar uma pesquisa sobre o tema junto a seus alunos. Eles deveriam ficar em completo jejum durante um certo período de tempo e, depois, deixados isolados com um prato de rabanetes e outro de biscoitos. Era permitido aos alunos comerem os rabanetes, mas terminantemente proibido provarem dos biscoitos.

Com grande esforço, todos os alunos conseguiram resistir à tentação de comerem os biscoitos. Como resultado desse teste, logo depois, os alunos não conseguiram desempenhar tarefas intelectuais; estavam psicologicamente exaustos. Concluiu-se que o autocontrole demanda caráter, decisão, mas dispende uma grande carga de energia. A mente precisa ser “recarregada” antes de poder ser usada novamente.

Algo que precisa ser entendido a respeito de tentação e provação é que estas são dois lados de uma mesma moeda. No grego, uma só palavra expressa ambos os conceitos. Mas há uma diferença fundamental entre ser tentado e ser provado. Alexander Maclaren esclareceu essa diferença num sermão intitulado “Fé testada e coroada”. Para ele, a tentação dá a ideia de se apelar para a pior parte de uma pessoa, com o desejo de que se submeta e faça o que é errado. A provação, por sua vez, significa um apelo à melhor parte de uma pessoa, com o desejo de que ela resista.

Maclaren continua: “A tentação diz: Faça isso porque é agradável; não seja impedido pelo fato de ser errado. A provação diz: Faça isso porque é nobre e certo; não seja impedido pelo fato de ser doloroso”.

Assim, em geral, uma pessoa sofre tentação quando esta busca em si uma disposição de ânimo para praticar coisas erradas ou censuráveis. Alguém é provado quando enfrenta uma situação aflitiva ou penosa, que geralmente o atormenta, aflige e martiriza.

Podemos encontrar esses dois exemplos em grandes homens.
O rei Davi foi tentado quando viu Bete-Seba tomando banho num riacho. Sucumbiu. Dele saiu o pior, providenciou para que o marido dela fosse morto, para encobrir o próprio pecado. Quanto sofrimento adveio disso! Anos antes, quando jovem, foi provado ao ter de enfrentar o gigante Golias. O exército de Israel fora intimidado por quarenta dias, ninguém se habilitara à luta. Davi ousou confiar apenas no Senhor. Venceu! Ali nascera um destemido e valoroso guerreiro, que veio a ser rei.

O patriarca Abraão, no Egito, foi tentado a mentir que sua bela esposa Sara era sua irmã, pois temia ser morto. Dele brotara o pior. E quantos problemas enfrentou por isso! Anos depois, enfrentou uma dura provação. Deus lhe pedira que oferecesse o seu filho Isaque em holocausto. Ele resolveu obedecer. Deus havia dito que a sua descendência através de Isaque seria numerosa. Ele cria que Deus poderia ressuscitar o seu filho de entre os mortos. Isso o habilitou a se tornar o “pai de todos os que creem”.

Vejamos o exemplo de Jesus. Quando Ele foi tentado por Satanás quarenta dias no deserto, resistiu e venceu. Com isso, se habilitou a nos ajudar, como está escrito: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”.

No jardim do Getsêmani, Jesus foi provado. Ele estava para se oferecer como sacrifício para a nossa salvação, receber sobre si todos os pecados da humanidade, se tornar Ele próprio pecado; isso quebraria a comunhão eterna com o Pai e Ele teria que provar a morte. Em agonia, pediu ao Pai que fosse passado de si esse cálice; todavia, resolveu obedecer a vontade de Deus: “Faça-se a tua vontade”. O mundo nunca mais foi o mesmo depois dessa decisão.

Assim é a vida, com suas tentações e provações, que acometem a todos indistintamente. Mas principalmente os líderes devem tomar cuidado com as respostas que dão às tentações e provações da vida, pois tudo o que eles fizerem repercutirá nas gerações seguintes.

Há aqueles que começam bem, mas não sabem como terminar. Iniciam a vida sofrendo muitas provações, são tentados, mas não se corrompem, não fazem alianças espúrias, vivem com fidelidade, mesmo expostos a um ambiente eivado de corrupção. Mas depois, tentados pelo poder, resolvem ceder, deixando o rastro de um caminho tortuoso que nunca será esquecido.

Conclamo a todos a serem fiéis a Deus; em vez de confiarem no homem que falha, confiem no Cristo que venceu todas as tentações e provações. Só Ele poderá nos ajudar a fazer o mesmo.

Samuel Câmara

Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Centenário continua...

Quero externar mais uma vez a minha terna gratidão a todos pelos imensos esforços desprendidos até agora por essa Geração do Centenário, em abençoar os nossos empreendimentos em prol do Centenário da nossa querida Assembleia de Deus. Presto aqui a minha homenagem a você que celebrou e batalhou por um Centenário digno do nome do Senhor Jesus, desta querida Igreja-mãe e da cidade de Belém do Pará.

Quero lembrá-los que a festa continua. Mantenhamos o ânimo, pois a celebração do Centenário continuará até o final deste ano, através de abençoadas festividades mensais que possibilitem a quem não pôde vir nos três dias principais possa ainda vir a Belém e ser partícipe da plenitude da bênção de Cristo dispensada por Deus ao Seu povo nestas festividades.

Além disso, permitirá também a quem nada fez, ou quem ainda quer fazer mais, deixar a bênção fluir e fazer tudo o que lhe compete em prol do Centenário. Eu e minha família, assim como aqueles que estão comigo nessa causa, vamos continuar plantando a nossa semente financeira para abençoar esta grande obra, afirmando a nossa fé na infalível Palavra de Deus: “Quem semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (2 Co 9.6).

Lembro-me de um fato interessante acontecido uma semana antes da inauguração do Centro de Convenções, quando altas autoridades públicas estavam visitando as obras. Atônita e mostrando genuína admiração, uma delas indagou como conseguíamos fazer algo tão grande em tão pouco tempo e com tão poucos recursos financeiros. De repente, sem que ninguém tivesse programado nada, uma irmã bem velhinha, um pouco trêmula e quase não podendo andar, aproximou-se resolutamente e estendeu a mão com um envelope no qual colocara sua oferta. Agradeci emocionado, dei-lhe um abraço e a abençoei.

Naquele momento, outros irmãos também trouxeram seus envelopes com suas ofertas, outros doaram objetos e trouxeram oferta específica para pagar diárias de trabalhadores. Enfim, tudo aconteceu tão rápido, e eu fiquei emocionado e quase sem palavras. Nem mesmo precisei responder às autoridades. A resposta estava ali, bem na nossa frente, representada pela ação de Deus em mover o coração do Seu povo para ofertar generosamente na Sua obra.

Precisamos, pois, manter o coração focado na graça de continuarmos sendo generosos, ampliando a mobilização de doações financeiras, pois até agosto temos de pagar R$ 4,5 milhões referentes a parcelas dos investimentos feitos na grande celebração do Centenário (o que inclui: adequações no Museu, adornamento da Avenida Centenário, construção do Centro de Convenções, além de toda a infraestrutura da festa).

Gostaria de pedir a você que continuasse orando em prol da conclusão de todo esse trabalho, aproveitando as oportunidades e fazendo a parte que pode fazer. Eu estou bem certo que aqueles que jamais fecharam as suas mãos ao longo desse percurso vitorioso mantê-las-ão generosamente abertas para que a Celebração do Centenário não nos deixe nenhuma sequela financeira.

Tenho ouvido de muitas pessoas o quanto foram abençoadas por terem ajudado na operacionalização do Centenário, como ofertantes, empreendedores, ajudantes, enfim, pessoas que tudo fizeram e não mediram esforços para construírem com oração, ofertas, suor e lágrimas o sonho de termos uma celebração do Centenário digna do nome excelso do nosso bom Deus e Senhor Jesus Cristo.

Tenho ouvido também de muitos que vieram a Belém celebrar conosco o quanto foi importante e abençoador para eles participarem conosco nesses dias de festa. Alguns afirmam que se sentiriam imensamente culpados e não se perdoariam se não tivessem vindo, pois aqui provaram da abundante graça de Deus e foram imensamente abençoados. Uns tantos reafirmaram seu compromisso de continuar orando e ofertando, outros tantos passaram a tomar como seu esse mesmo compromisso.

Sendo assim, oro a Deus para que continue a mover o coração do Seu povo, tanto para orar como para contribuir financeiramente, tanto para arregaçar as mangas como para apoiar aqueles que assim o fazem. Desse modo, unidos no Senhor e na força do Seu poder, mantenhamos a firme confiança Naquele que prometeu, pois é Deus Fiel e Verdadeiro, galardoador dos que o buscam.

Mantenhamos o coração firme nas promessas de Deus, marchemos juntos e cantemos: Assembleia de Deus chega ao Centenário, todo o povo de Deus avante vai! Louvemos a Deus e continuemos marchando com gratidão em nossos corações, pois a bênção de celebração do Centenário continua.


Samuel Câmara

Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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