Certa mulher, membro antiga de uma conhecida igreja, foi entrevistada: “Diga-me, em que você crê?” Ela respondeu: “Eu creio no que a minha igreja crê”. Replicaram: “Mas em que sua igreja crê?”. Ela emendou: “Minha igreja crê no que eu acredito”. O jornalista então perguntou: “Já que você crê no que a sua igreja acredita, e sua igreja crê no que você acredita, em que você e sua igreja creem?” Ela respondeu, rapidamente: “Nós cremos na mesma coisa”.
Esta é uma ilustração de uma realidade cada vez mais comum: as igrejas estão cheias de pessoas cuja fé é vaga e estéril. São os ditos “cristãos nominais”, que normalmente frequentam os cultos, cantam, contribuem, têm um verniz evangélico no comportamento, mas param por aí. Alguns desses praticam uma religião “toma-lá-dá-cá”, estão sempre atrás de bênçãos, mas não parecem interessados em manter um real relacionamento com Deus.
Na esteira desse comportamento cada vez mais frequente prospera o argumento de que “todos somos filhos de Deus”, a identificar de alguma forma que fazemos parte de um propósito superior.
As ciências sociais têm dado valiosas contribuições a respeito do comportamento humano, mas é inegável que, a despeito disso, deixam de explicar adequadamente o propósito do ser humano nesta vida. Deixam de explicar por que o vazio interior (ou necessidade de sentido de vida) desencadeia a busca pelo divino.
O conceito bíblico é que Deus criou os seres humanos para que cumpram o Seu propósito e que, sem essa clara percepção, nada na vida fará de fato sentido completo. Com efeito, nesse aspecto, todos somos filhos de Deus, por “direito de criação”.
O propósito divino é que amemos e sejamos amados por Deus; que o glorifiquemos e desfrutemos de íntima comunhão com Ele e com a Sua Criação. Como criaturas de Deus, Ele mesmo nos dotou de um apetite espiritual que nos faz sentir necessidade de sua presença. Isso levou Blaise Pascal a afirmar: “Toda pessoa tem no coração um vazio do tamanho de Deus”. Isso também ajuda a explicar a fome pelo divino que cada pessoa demonstra, principalmente ao engendrar os seus próprios meios de chegar a Deus, criando religiões, formando divindades, cultuando ídolos etc.
Quando Deus nos criou, fez-nos à Sua imagem e semelhança. Isso diz respeito aos elementos da personalidade e individualidade, liberdade de escolha, responsabilidade moral, habilidade criativa, capacidade de amar e ser amado, possibilidade de desenvolver o potencial como pessoa etc. Isso tudo refletia a essência da natureza divina em nós.
A partir desse ponto de sermos “semelhantes” a Deus, é que se deu a ruptura. O pecado danificou a nossa natureza quando este potencial de sermos “quase” como Deus foi explorado de modo abusivo e fora do Seu propósito.
Para corrigir esse “desvio de rota” existencial é que Jesus veio ao mundo, tomou sobre Si os nossos pecados, morreu na cruz, ressuscitou ao terceiro dia, foi elevado aos céus, estando agora assentado à direita de Deus Pai, onde intercede por nós. “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Tm 2.5).
Ser filho de Deus não é um privilégio para poucos, mas para todos os que desejam e buscam sinceramente o perdão e a salvação de Deus pelos méritos de Jesus. Não de religiões, não de santos, nem de ídolos; só de Jesus!
Essa filiação vem pelo novo nascimento, quando cremos na obra redentora de Jesus e entregamos a vida a Ele, que nos torna filhos de Deus, agora por “direito de redenção”. Como está escrito: “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (Jo 1.12).
Muitas igrejas se afastaram desse evangelho simples e poderoso – que até as crianças podem entender – e criaram fórmulas anti-bíblicas e marqueteiras que geram cristãos nominais, cuja fé é superficial e estéril.
Elas deviam estar pregando que Jesus é definitivamente “o novo e vivo caminho” para se chegar a Deus, sendo o único modo de restaurar a comunhão perdida por causa do pecado; que essa é a maneira de retornar ao propósito original de mantermos uma íntima comunhão com Deus e andarmos na sua presença, agora como filhos amados. É para isto que a igreja existe, para tornar o Senhor conhecido, não para ser fonte de lucro ou promoção pessoal de líderes personalistas.
Há esta diferença cabal entre cristãos nominais e os cristãos filhos de Deus: “Se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8.17). Que tipo de Cristão é você?
Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br
Esta é uma ilustração de uma realidade cada vez mais comum: as igrejas estão cheias de pessoas cuja fé é vaga e estéril. São os ditos “cristãos nominais”, que normalmente frequentam os cultos, cantam, contribuem, têm um verniz evangélico no comportamento, mas param por aí. Alguns desses praticam uma religião “toma-lá-dá-cá”, estão sempre atrás de bênçãos, mas não parecem interessados em manter um real relacionamento com Deus.
Na esteira desse comportamento cada vez mais frequente prospera o argumento de que “todos somos filhos de Deus”, a identificar de alguma forma que fazemos parte de um propósito superior.
As ciências sociais têm dado valiosas contribuições a respeito do comportamento humano, mas é inegável que, a despeito disso, deixam de explicar adequadamente o propósito do ser humano nesta vida. Deixam de explicar por que o vazio interior (ou necessidade de sentido de vida) desencadeia a busca pelo divino.
O conceito bíblico é que Deus criou os seres humanos para que cumpram o Seu propósito e que, sem essa clara percepção, nada na vida fará de fato sentido completo. Com efeito, nesse aspecto, todos somos filhos de Deus, por “direito de criação”.
O propósito divino é que amemos e sejamos amados por Deus; que o glorifiquemos e desfrutemos de íntima comunhão com Ele e com a Sua Criação. Como criaturas de Deus, Ele mesmo nos dotou de um apetite espiritual que nos faz sentir necessidade de sua presença. Isso levou Blaise Pascal a afirmar: “Toda pessoa tem no coração um vazio do tamanho de Deus”. Isso também ajuda a explicar a fome pelo divino que cada pessoa demonstra, principalmente ao engendrar os seus próprios meios de chegar a Deus, criando religiões, formando divindades, cultuando ídolos etc.
Quando Deus nos criou, fez-nos à Sua imagem e semelhança. Isso diz respeito aos elementos da personalidade e individualidade, liberdade de escolha, responsabilidade moral, habilidade criativa, capacidade de amar e ser amado, possibilidade de desenvolver o potencial como pessoa etc. Isso tudo refletia a essência da natureza divina em nós.
A partir desse ponto de sermos “semelhantes” a Deus, é que se deu a ruptura. O pecado danificou a nossa natureza quando este potencial de sermos “quase” como Deus foi explorado de modo abusivo e fora do Seu propósito.
Para corrigir esse “desvio de rota” existencial é que Jesus veio ao mundo, tomou sobre Si os nossos pecados, morreu na cruz, ressuscitou ao terceiro dia, foi elevado aos céus, estando agora assentado à direita de Deus Pai, onde intercede por nós. “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Tm 2.5).
Ser filho de Deus não é um privilégio para poucos, mas para todos os que desejam e buscam sinceramente o perdão e a salvação de Deus pelos méritos de Jesus. Não de religiões, não de santos, nem de ídolos; só de Jesus!
Essa filiação vem pelo novo nascimento, quando cremos na obra redentora de Jesus e entregamos a vida a Ele, que nos torna filhos de Deus, agora por “direito de redenção”. Como está escrito: “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (Jo 1.12).
Muitas igrejas se afastaram desse evangelho simples e poderoso – que até as crianças podem entender – e criaram fórmulas anti-bíblicas e marqueteiras que geram cristãos nominais, cuja fé é superficial e estéril.
Elas deviam estar pregando que Jesus é definitivamente “o novo e vivo caminho” para se chegar a Deus, sendo o único modo de restaurar a comunhão perdida por causa do pecado; que essa é a maneira de retornar ao propósito original de mantermos uma íntima comunhão com Deus e andarmos na sua presença, agora como filhos amados. É para isto que a igreja existe, para tornar o Senhor conhecido, não para ser fonte de lucro ou promoção pessoal de líderes personalistas.
Há esta diferença cabal entre cristãos nominais e os cristãos filhos de Deus: “Se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8.17). Que tipo de Cristão é você?
Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br