No romance “O Porto”, Ernest Poole coloca na boca de um personagem o comentário contundente: “A história é apenas um noticiário do cemitério”. Ele lembrava que há uma grande e inconteste tristeza em todos os cemitérios, expressa em incontáveis lápides e suas silenciosas mensagens de morte e separação. Desse contexto, brota sempre a pergunta: que boa notícia traz um cemitério?
Há, sim, uma grande e inconteste exceção à tristeza de todos os cemitérios: a alvissareira notícia do túmulo onde Jesus foi sepultado, proclamada pelos anjos às mulheres: “Por que buscais entre os mortos ao que vive?”; e também: “Ele ressuscitou, não está mais aqui”. Ali, ao vencer a morte, Jesus abriu definitivamente para nós o portal da vida eterna. Mas essa notícia, de tão eletrizante, nem sempre é acatada sem contestação.
Conta-se que Lord Lyttelton, parlamentar e homem de letras, cujo nome aparecia em todos os importantes debates no parlamento britânico do século retrasado, e que mantinha o ofício de ministro das finanças, e seu amigo advogado, Gilbert West, estavam ambos convencidos de que a fé cristã era uma fraude, e resolveram desmascará‑la.
Como objetos de sua pesquisa hostil, Lyttelton escolheu a conversão de Paulo, e West, a ressurreição de Cristo, dois pontos decisivos do Cristianismo. Eles formularam quatro proposições que consideravam esgotar todas as possibilidades do caso: ou Paulo era um impostor que disse o que ele sabia ser falso; ou era um fanático que impôs a si mesmo a força de uma imaginação superaquecida; ou foi enganado pela fraude de outros; ou o que declarava ser a causa de sua conversão realmente aconteceu e, portanto, a fé cristã provém de uma revelação divina.
Eles realizaram seus estudos com sinceridade, embora cheios de preconceitos. As pesquisas foram feitas separadamente e por um período considerável. Quando se encontraram para confrontar as provas e exultar‑se na revelação de mais uma “impostura”, conforme combinado, ambos estavam convictos, porém, que eram impotentes para desacreditar o relato bíblico.
Desses e de outros argumentos, deduziram três conclusões finais: Paulo não era um impostor a narrar uma história forjada acerca de sua conversão; se o fosse, ele não teria tido êxito; a ressurreição de Cristo foi um milagre, realmente aconteceu, e Jesus está vivo para sempre.
Quando eles se reuniram, afinal, foi para regozijar‑se na descoberta de que a fé cristã era, de fato, baseada na boa nova da ressurreição de Jesus e que a Bíblia era a Palavra de Deus. Isso resultou na conversão de ambos a Cristo.
Portanto, a melhor notícia que um cemitério já testemunhou é também o fundamento da fé cristã: um túmulo vazio! Assim, a pedra angular do evangelho é a tumba sem um corpo nela, naquela gloriosa manhã da ressurreição.
O cético francês Ernest Renan involuntariamente testemunhou sobre a poderosa verdade da ressurreição, ao zombar: “O Cristianismo vive da fragrância de um franco vazio”. Mais precisamente, a fé cristã vive sustentada nos pilares da graça salvadora de Jesus ressuscitado. Ele realmente quebrou as cadeias da morte e deixou vazio o sepulcro, sendo essa a boa notícia que tem sido, desde então, sustentada e proclamada por todos os seguidores de Cristo.
Nos cemitérios, podemos pensar na dor de muitas pessoas, na angustiante separação que sofreram, nos destinos que foram mudados. Mas também podemos pensar no túmulo vazio de Jesus Cristo e na gloriosa esperança que isso traduz, de que um dia os túmulos dos que Nele creem também serão abertos e que iremos experimentar o mesmo poder de Sua ressurreição.
Foi essa certeza que levou Paulo a declarar: “Nem todos vamos morrer, mas todos nós vamos ser transformados, num instante, num abrir e fechar de olhos, quando tocar a última trombeta. Ela tocará, os mortos ressuscitarão como seres imortais, e todos nós seremos transformados. Pois este corpo mortal precisa se vestir com o que é imortal; este corpo que vai morrer precisa se vestir com o que não pode morrer. Assim, quando este corpo mortal se vestir com o que é imortal, quando este corpo que morre se vestir com o que não pode morrer, então acontecerá o que as Escrituras Sagradas dizem: A morte está destruída! A vitória é completa! Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?... Mas agradeçamos a Deus, que nos dá a vitória por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!” (1 Co 15.54-57).
Na próxima vez que você for a um cemitério, lembre-se da boa notícia: a morte não é o fim, ela foi vencida por Jesus! Mas você precisa estar do lado certo quando Deus fizer o ajuste de contas.
Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br
Há, sim, uma grande e inconteste exceção à tristeza de todos os cemitérios: a alvissareira notícia do túmulo onde Jesus foi sepultado, proclamada pelos anjos às mulheres: “Por que buscais entre os mortos ao que vive?”; e também: “Ele ressuscitou, não está mais aqui”. Ali, ao vencer a morte, Jesus abriu definitivamente para nós o portal da vida eterna. Mas essa notícia, de tão eletrizante, nem sempre é acatada sem contestação.
Conta-se que Lord Lyttelton, parlamentar e homem de letras, cujo nome aparecia em todos os importantes debates no parlamento britânico do século retrasado, e que mantinha o ofício de ministro das finanças, e seu amigo advogado, Gilbert West, estavam ambos convencidos de que a fé cristã era uma fraude, e resolveram desmascará‑la.
Como objetos de sua pesquisa hostil, Lyttelton escolheu a conversão de Paulo, e West, a ressurreição de Cristo, dois pontos decisivos do Cristianismo. Eles formularam quatro proposições que consideravam esgotar todas as possibilidades do caso: ou Paulo era um impostor que disse o que ele sabia ser falso; ou era um fanático que impôs a si mesmo a força de uma imaginação superaquecida; ou foi enganado pela fraude de outros; ou o que declarava ser a causa de sua conversão realmente aconteceu e, portanto, a fé cristã provém de uma revelação divina.
Eles realizaram seus estudos com sinceridade, embora cheios de preconceitos. As pesquisas foram feitas separadamente e por um período considerável. Quando se encontraram para confrontar as provas e exultar‑se na revelação de mais uma “impostura”, conforme combinado, ambos estavam convictos, porém, que eram impotentes para desacreditar o relato bíblico.
Desses e de outros argumentos, deduziram três conclusões finais: Paulo não era um impostor a narrar uma história forjada acerca de sua conversão; se o fosse, ele não teria tido êxito; a ressurreição de Cristo foi um milagre, realmente aconteceu, e Jesus está vivo para sempre.
Quando eles se reuniram, afinal, foi para regozijar‑se na descoberta de que a fé cristã era, de fato, baseada na boa nova da ressurreição de Jesus e que a Bíblia era a Palavra de Deus. Isso resultou na conversão de ambos a Cristo.
Portanto, a melhor notícia que um cemitério já testemunhou é também o fundamento da fé cristã: um túmulo vazio! Assim, a pedra angular do evangelho é a tumba sem um corpo nela, naquela gloriosa manhã da ressurreição.
O cético francês Ernest Renan involuntariamente testemunhou sobre a poderosa verdade da ressurreição, ao zombar: “O Cristianismo vive da fragrância de um franco vazio”. Mais precisamente, a fé cristã vive sustentada nos pilares da graça salvadora de Jesus ressuscitado. Ele realmente quebrou as cadeias da morte e deixou vazio o sepulcro, sendo essa a boa notícia que tem sido, desde então, sustentada e proclamada por todos os seguidores de Cristo.
Nos cemitérios, podemos pensar na dor de muitas pessoas, na angustiante separação que sofreram, nos destinos que foram mudados. Mas também podemos pensar no túmulo vazio de Jesus Cristo e na gloriosa esperança que isso traduz, de que um dia os túmulos dos que Nele creem também serão abertos e que iremos experimentar o mesmo poder de Sua ressurreição.
Foi essa certeza que levou Paulo a declarar: “Nem todos vamos morrer, mas todos nós vamos ser transformados, num instante, num abrir e fechar de olhos, quando tocar a última trombeta. Ela tocará, os mortos ressuscitarão como seres imortais, e todos nós seremos transformados. Pois este corpo mortal precisa se vestir com o que é imortal; este corpo que vai morrer precisa se vestir com o que não pode morrer. Assim, quando este corpo mortal se vestir com o que é imortal, quando este corpo que morre se vestir com o que não pode morrer, então acontecerá o que as Escrituras Sagradas dizem: A morte está destruída! A vitória é completa! Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?... Mas agradeçamos a Deus, que nos dá a vitória por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!” (1 Co 15.54-57).
Na próxima vez que você for a um cemitério, lembre-se da boa notícia: a morte não é o fim, ela foi vencida por Jesus! Mas você precisa estar do lado certo quando Deus fizer o ajuste de contas.
Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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