sábado, 26 de dezembro de 2009

Assembleia de Deus, Rumo ao Centenário II

DENÚNCIA

A Assembleia de Deus em Belém, a Igreja-mãe das Assembleias de Deus no Brasil, é a única no País que completará 100 anos
em 18 de junho de 2011. Perguntamo-nos o que precisaria ser feito para que a história continuasse a ser escrita bem diante de nossos olhos, feita pelo Senhor e ajudadas pelas nossas mãos. Chegamos ao consenso que, para marcar a história, até ao Centenário, precisaríamos alcançar quatro alvos monumentais e dignos dessa saga assembleiana:

1. Inaugurar 100 novos templos em Belém. Já inauguramos 41 templos, faltam apenas 59. A nossa meta é atingir a marca de um templo para cada 2.500 habitantes da cidade, ou cada 500 famílias. Isto para que ninguém precise andar mais de um quilômetro para achar ajuda espiritual em um dos templos da Assembleia de Deus.

2. Construir a Avenida Centenário da Assembleia de Deus. Os documentos de compra do prédio atrás ao templo central foram assinados e já começamos o processo de demolição.

3. Construir o Centro Histórico Nacional da Assembleia de Deus no Brasil no prédio situado ao lado do templo central, que comportará: Museu Nacional da Assembleia de Deus no Brasil; Rádio e Televisão Boas Novas, cuja torre com o nome JESUS será colocada no topo do prédio, que será a mais alta torre da cidade, para que todos assistam com qualidade a mensagem do amor de Deus.

4. Edificar o Ginásio Centenário da Assembleia de Deus, numa área de 40.000m2, do lado oposto do Estádio Olímpico do Mangueirão, cujo terreno é de nossa propriedade, onde funciona hoje um templo da nossa Igreja chamado Vale da Bênção.

O que nos falta para dar cumprimento a todo esse projeto? Temos amor pela obra, compromisso com a expansão do reino de Deus, fé na provisão de Deus, e temos também a compreensão de que chegou a hora de colocar tudo isso em ação, para a glória de Deus.

O que nos falta é apenas dinheiro, muito dinheiro, pois são obras portentosas e caras, além de úteis e necessárias, muito embora jamais discutamos o fato de que são inteiramente dignas dessa Igreja que marcou o Brasil e o mundo, além de serem, todas elas, uma bênção a mais para a cidade de Belém.

Tudo o que temos feito até aqui, nesses cem anos, é com recursos advindos de contribuições voluntárias de irmãos e irmãs da nossa Igreja, na sua maioria gente simples e humilde, porém batalhadora e engajada na causa do Evangelho. Não precisamos de ajuda pública para construir templos. Isso o faremos sempre, se Deus quiser, com os nossos próprios recursos.

Porém, seria para nós uma notícia alvissareira se o poder público mostrasse um mínimo de interesse em nossa história e na obra que estamos a empreender em torno dos últimos três alvos.

Temos o pleito, sempre ignorado pelo poder público, para que a rua onde está situado o templo central da Assembleia de Deus seja chamada "Avenida Assembleia de Deus". Outras religiões podem, por que não pode a nossa Igreja? Seria puro preconceito?

Belém tem museu para tudo: Museu de Arte de Belém, Museu do Estado do Pará, Museu de Arte Sacra do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Museu do Forte do Presépio, Museu do Círio, entre outros, os quais recebem ajuda de recursos públicos. Por que a Assembleia de Deus, uma instituição religiosa genuinamente belenense, não pode ser igualmente ajudada pelo poder público a erigir e manter o seu museu?

Belém não dispõe de um lugar coberto para abrigar confortavelmente reuniões para vinte mil pessoas. O Ginásio Centenário virá para suprir essa necessidade, nossa e da cidade.

Infelizmente, porém, o governo não tem nos ajudado em nada. O poder público de nosso estado tem nos tratado com extrema indiferença, não nos recebe em audiência, não liga a mínima aos nossos requerimentos, embora dê tratamento diferenciado e receptivo a outras instituições religiosas.

Não temos nenhum problema em admitir que o Governo possa e deva participar das festividades de outras confissões religiosas, e reconhecemos que o faz muito assiduamente: reforma ruas, reforma templos, catedrais, compra terrenos, injeta recursos financeiros em suas festas etc.

O apoio a outras confissões religiosas é tanto que até já se fala na aquisição de uma grande área pública, que pertence ao Exército Brasileiro, para doarem a um movimento religioso. E isso com o dinheiro do orçamento público, recursos esses oriundos de todos os cidadãos, inclusive os nossos.

É triste dizer, mas Sua Excelência, a governadora do estado e seu secretariado têm nos dado um desprezo inexplicável e injusto. Podemos até mesmo parecer desprezíveis aos seus olhos, mas não pensem que somos tolos. Nós pertencemos à Assembleia de Deus, somos cidadãos honestos, pagamos os nossos impostos e somos de grande valia para este estado.

Senhores governantes, sejam justos, participem de tudo, ajudem institucionalmente a quem precisa, mas não discriminem a nós evangélicos, nem a Assembleia de Deus em Belém, a única que nasceu em Belém do Pará.

Com ou sem apoio do governo, continuamos crendo que Deus vai nos ajudar a atingir os nossos alvos do Centenário. E ainda, continuaremos a denunciar a discriminação e o descaso com que são tratados os evangélicos da bem paraense e belenense Assembléia de Deus.

O nosso lema é: Assembleia de Deus em Belém, rumo ao Centenário!

Desejamos a todos um 2010 repleto de vitórias!

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sábado, 19 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Assembleia de Deus, Rumo ao Centenário I

DENÚNCIA

A Assembleia de Deus em Belém completará 100 anos, sendo a única no Brasil que poderá celebrar o Centenário em 11 de junho de 2011. Ela nasceu em Belém do Pará, de onde se espalhou para todo o Brasil e o mundo, existindo atualmente em 176 países. Isso é uma honra inominável a esta cidade escolhida por Deus para o início do maior e mais significativo movimento pentecostal de todos os tempos. Glória a Deus por isso!

No entanto, pasmem todos. Nossas autoridades ignoram a nossa importância histórica, nos discriminam, e mais ainda: desprezam-nos e fazem pouco caso de nossa Igreja.

Há um ano e meio temos tentando conversar com Sua Excelência, a governadora Ana Júlia, sobre o Centenário da Assembleia de Deus, mas não conseguimos. Toda semana alguém liga e marca “hoje”, mas depois cancela inexplicavelmente, sempre usando o nome da governadora e do seu chefe da Casa Civil, Claudio Puty. Embora estejam brincando conosco, nós não estamos brincando de fazer Centenário.

Nas festas dos 97 e 98 anos da Igreja, nós recebemos as autoridades governamentais com bastante carinho, com honra e respeito, as quais sempre nos disseram publicamente que iriam nos ajudar, mas depois desapareceram como se não tivessem empenhado a palavra publicamente.

Nunca uma ajuda sequer foi destinada para nossas festas, embora essas mesmas autoridades ajudem a outras confissões religiosas, especialmente a majoritária. Parabéns por isso. Mas fazer vista grossa e jamais destinar uma ajuda institucional sequer à única Igreja que nasceu na cidade de Belém do Pará, e que daqui se expandiu para muitas nações é, no mínimo, uma flagrante injustiça histórica.

Mais que injustiça e má vontade, isso é também ingratidão. A Igreja se privou de utilizar um prédio de sua propriedade, a fim de alugá-lo para o governo do estado, onde hoje funciona a COES – Coordenadoria de Educação Especial, em atendimento a uma solicitação para suprir uma necessidade urgente da SEDUC, mas desde agosto de 2008 o governo não paga os aluguéis e não dá qualquer explicação.

O importante é que o Centenário vai acontecer, quer nos ajudem ou não. A Assembleia de Deus merece o respeito que lha devemos. Nós estamos falando em construir uma “Avenida Centenário”, que vamos pagar com o nosso suor e sangue, porque há muitos anos estamos pedindo ao poder público que troque o nome da rua do quarteirão do nosso templo para o nome de “Rua Gunnar Vingren e Daniel Berg”, ou para “Avenida Assembleia de Deus”, mas não o conseguimos. Mas troca-se, por exemplo, o nome da Magalhães Barata para “Nazaré”; o nome da 1º de Dezembro foi mudando para “João Paulo II” com extrema facilidade. E nós vamos completar 100 anos e não somos sequer ouvidos.

Em todos os livros de História que falam da Assembleia de Deus em todos os municípios brasileiros e em todos os países do mundo lê-se que a Assembleia de Deus nasceu em Belém do Pará, e nós levamos o nome de nossa cidade e de nosso estado com honra ao mundo todo, representando-os dignamente, mas não merecemos sequer esta distinção histórica.

Nossa Igreja terá de gastar R$ 2 milhões, oriundos de ofertas de gente pobre, do sacrifício de muitos que crêem nessa obra, para fazer uma pequena rua chamada “Avenida Centenário da Assembleia de Deus” porque o poder público tem se mostrado totalmente insensível a este importante segmento da nossa sociedade. Que tristeza!

Permitam a nossa indignação, como representante desse segmento que representa no mínimo 10% da sociedade, mas que não tem o direito de falar com a sua governante, pois há um monte de intermediários que telefonam e cancelam, telefonam e cancelam, como se fosse uma brincadeira, e de fato é uma brincadeira de extremo mau gosto. Nós não admitimos esse tipo de tratamento com uma instituição belenense, paraense, tão conhecida ou mais conhecida no mundo que castanha do Pará ou açaí.

A Assembleia de Deus é um grandioso movimento de inclusão social: todos os anos são milhões de pessoas transformadas pela pregação da palavra de Deus, que tem o condão de poupar aos cofres públicos o gasto de muitos bilhões de Reais com criminalidade e reestruturação social de famílias. Isso, por si só, já ensejaria uma atenção condizente com a obra que fazemos e que beneficia a toda a sociedade.

Lamentamos profundamente que o Brasil e o mundo saibam agora, e desse modo, como é que o poder público está tratando o nosso Centenário, fazendo com que tenhamos o maior sacrifício para realizar tudo com as nossas próprias mãos. Mas não tem problema, esperamos que haja uma reconsideração por parte das autoridades.

O nosso Centenário vai ser de lutas e de trabalho e de construções, mas também da verdade. Nós não vamos ficar calados, pois falaremos com toda a sociedade, já que não é possível uma conversa pessoal com nossas autoridades, à qual temos direito, como cidadãos responsáveis deste estado.

Se isso sensibilizar o poder público, tudo bem. Se não, vamos continuar com as nossas forças, e uma multidão de todo o Brasil virá participar, mesmo que tenhamos de pagar tudo isso com os nossos parcos recursos.

No próximo artigo trataremos mais amiúde das outras questões. Antes, porém, esperamos que respondam a estas perguntas que não querem calar: Por que a discriminação? A quem interessa essa injustiça?

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sábado, 12 de dezembro de 2009

O que torna um Natal ruim

Com a turbulência financeira mundial que se iniciou em setembro de 2008 com a concordata do banco Lehman Brothers, empresa global de serviços financeiros sediada em Nova York, em todo o mundo falava-se que teríamos “um Natal ruim este ano”. Isso significava simplesmente que as vendas nas lojas de varejo podiam cair abruptamente durante a próxima estação de compras.

Passada a crise, a notícia mudou: “Teremos um Natal bom”. Ou seja, as vendas serão percentualmente maiores do que no fim de ano anterior à crise. Para os veículos noticiosos, é isso que torna o Natal “ruim” ou “bom”. Mas isso é apenas “notícia”. Muitas companhias precisam do frenesi consumista de final de ano para se manterem financeiramente estáveis. É disso que é feito o capitalismo.

Contudo, é estranho que se noticie um Natal “ruim”, mesmo que isso se refira a um simples movimento reduzido de venda. Como a celebração do nascimento do Salvador do mundo, o Messias, o Filho de Deus, poderia algum dia ser ruim?

Antes mesmo antes de Jesus nascer, a alegria em torno do que ainda era uma promessa em andamento se fez notória para duas mulheres. Maria fora visitar sua parenta Isabel, que também estava grávida e, assim que falou com ela, algo extraordinário aconteceu:

“Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim” (Lc 1.41-44).

O fato é que havia uma inspirada empolgação no ar para aquelas que conheciam a verdadeira identidade do bebê que Maria carregava no ventre.

Assim que Jesus nasceu, alguns pastores guardavam o seu rebanho, quando um anjo lhes apareceu e disse: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10-14).

Quando Jesus foi levado a Jerusalém para ser apresentado no templo, um homem chamado Simeão estava lá, pois fora revelado que não morreria “antes de ver o Cristo do Senhor”. Assim que viu o menino, “Simeão tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel” (Lc 2.25-32).

Naquela hora, até mesmo uma viúva bem idosa “dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”. Sempre havia alegria em função do nascimento de Jesus.

Agora, no tempo das coisas “politicamente corretas”, alguns anunciantes até evitam a palavra Natal em suas peças publicitárias e a trocam por “Boas Festas”, para não ofenderem as pessoas de outras religiões.

Como chegamos a este estado de coisas? Como se desvirtuou absurdamente a festividade do nascimento do Salvador do mundo?

Decorações esmeradas, árvores enfeitadas, vitrines bem ornamentadas, luzes e cores variadas, presentes bem empacotados, e no meio de tudo isso uma figura simpática chamada Papai Noel. Mas onde está Aquele que é o motivo e a razão da Festa? Por que o Seu nome é evitado?

O Natal, para ser digno desse nome, precisa rememorar a encarnação do Verbo divino, o nascimento do Filho de Deus, como um presente de Deus, nos propiciando uma tão grande salvação, como está escrito: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

O que faz um Natal ruim é negar isto. E Jesus deixou bem claro: “Aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.33).

Sendo assim, lembre-se de Jesus, o Salvador, e tenha um Feliz Natal!

sábado, 5 de dezembro de 2009

A maior corrida da vida

O filme “Carruagens de Fogo”, ganhador de vários prêmios, tornou a vida de Eric Liddell conhecida de milhões de pessoas. O filme mostra a inquebrantável dedicação deste atleta escocês a Jesus Cristo. Embora estivesse sob severa pressão, Eric se recusou a violar as suas convicções espirituais, mesmo que isso lhe custasse a glória olímpica.

O ator Ian Charleston, que fez o papel de Eric Liddell no filme, teve de aprender a correr com a cabeça levemente inclinada para trás, no estilo inconfundível do campeão olímpico. Ao terminar a filmagem, Ian concluiu que o estilo pouco convencional de Eric correr era inspirado na confiança. “Eric confiava que chegaria lá” – disse Charleston. “Ele corria com fé. Nem mesmo se preocupava para onde estava indo; ele apenas corria na confiança de que alcançaria o alvo”.

Essa confiança mostrada nas corridas era um transbordar da vida espiritual de Eric. O que poucos sabem, porém, é que essa mesma confiança o levou à China como missionário. Ele deixou a glória do atletismo pela glória da obediência a Jesus Cristo. Para ele, essa era a maior corrida da vida. Cabeça erguida, confiando no Senhor e Salvador de sua vida, Eric Liddell morreu jovem aprisionado num campo de concentração japonês, ainda servindo a Deus fielmente. Naquela mesma prisão, ele levou dezenas de outros prisioneiros ao conhecimento do Salvador.

O escritor da carta aos Hebreus nos fala dessa corrida. Ele afirma que há uma platéia a rodear-nos, como num estádio, que ele chama de “grande nuvem de testemunhas”, e nos desafia: “Desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta”. Em seguida, ele aponta o Exemplo-Mor que devemos seguir para alcançarmos o alvo: “Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hb 12.1-2)

O apóstolo Paulo, tomando como exemplo as Olimpíadas gregas, faz uma comparação da vida cristã com a vida de um atleta. Ele escreveu: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar” (1 Co 9.24-27).

Paulo escreveu também que “o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas”, enfatizando que o objetivo principal da vida de cada cristão “é satisfazer àquele que o arregimentou”, o próprio Senhor Jesus (2 Tm 2.4).

No fim da vida, já velho e cansado fisicamente, Paulo mostra-se, em contrapartida, um gigante espiritual que acabou de completar a maior corrida da vida. Ele diz: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7).

Os cristãos devem viver como se estivessem em preparação para uma Olimpíada. A China, na Olimpíada de Pequim, deu um exemplo ao mundo de sua preparação, o que foi coroado pelo grande número de medalhas conquistadas. O Brasil, que sediará as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, deve igualmente dar um exemplo ao mundo na preparação de seus atletas, ou então seremos espetáculo do ridículo.

O que é mais ridículo: falhar diante de Deus ou dos homens? Quem não se prepara espiritualmente para enfrentar as lutas da vida, para vencê-las dia a dia, só poderá contar com a vergonha de ter falhado diante de Deus e dos homens. Por isso Paulo alerta: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1 Co 10.12).

Na prova da vida, devemos correr imitando Jesus como o único modelo (1 Co 11.1). Corra, portanto, com a cabeça erguida, confiando em nosso Treinador Jesus para nos fazer atingir o objetivo que Deus nos propôs.

A maior corrida da vida não visa a ganhar a aprovação e o aplauso das pessoas, nem para ganhar nenhum dos troféus deste mundo, mas para ganhar “a coroa incorruptível”, que o Senhor preparou para aqueles que o amam e guardam a Sua palavra.

Como você está correndo a maior corrida da vida?

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Um presente extravagante

No famoso conto “O presente dos magos”, O. Henry conta a história de uma jovem esposa que tem menos de 2 dólares para comprar um presente de Natal para o marido. Com a festividade se aproximando, ela decide impulsivamente vender seu cabelo longo e abundante para ter como comprar uma corrente para o estimado relógio de ouro dele. Naquele exato momento, seu marido decide vender o relógio para comprar um presente para ela: escovas especiais para o seu belíssimo cabelo.

O conto trata sobre a espontaneidade de fazer algo extravagante, não importando o quão tolo possa parecer à primeira vista, ou mesmo o que os outros venham a dizer, mas cuja atitude por si só visa a valores que o coração não deixa calar.

Vez por outra é provável que nos achemos fazendo algo parecido: vamos em frente e esvaziamos a carteira porque determinado presente seria perfeito para alguém a quem amamos. Nessas horas não importa se, simultaneamente, haja sempre alguém indagando o porquê de tanto desperdício.

Com atitudes desse porte o mundo se torna mais belo, a vida parece mais lúdica e menos séria, a despeito das pessoas mesquinhas que utilizam sua métrica minimalista, egoísta e castradora para desafiarem a generosidade de um coração agradecido.

Ora, até mesmo em obras públicas de grande porte, que visam ao bem comum, quando grandes desapropriações são levadas a efeito, há sempre aqueles que questionam e criticam. Ouve-se sempre: para que tudo isso? Quanto desperdício!

Jesus foi alvo de uma atitude de extrema dedicação de amor que desencadeou críticas veladas dos egoístas de plantão, como indica o texto bíblico:

“Estando ele em Betânia, reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus. Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este desperdício de bálsamo? Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela.”

Mas Jesus entendeu a grandiosidade de seu gesto e, na contra-mão da maioria, disse: “Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura. Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua” (Mc 14.3-9).

Que gesto lindíssimo e impulsivo de extrema gratidão! Pela avaliação humanamente egoísta, foi uma coisa tola de se fazer e demonstradora de extravagante desperdício. Contudo, Jesus ficou tão profundamente comovido que profetizou que a história da impulsividade generosa dessa mulher seria contada e recontada ao longo das gerações até o fim dos tempos.

A Assembleia de Deus em Belém durante 30 anos orou para comprar os imóveis contíguos ao templo central. Agora o conseguiu. E para quê? Para expressar, em seu Centenário, o quanto é grata pelo trabalho de tantos homens e mulheres que deram suas vidas para transmitirem o amor de Jesus às gerações seguintes, até que nós, hoje, fomos alcançados. Só isso!

E como vamos expressar esse amor? Simplesmente em demolir as construções e, em seu ligar, construir a AVENIDA CENTENÁRIA DA ASSEMBLEIA DE DEUS, fazendo a ligação entre a José Malcher e a João Balbi. Isso possibilitará um novo acesso ao estacionamento do templo, um melhor fluxo de veículos e mais espaço para receber as caravanas do Centenário.

Parece extravagante? Mas é o nosso jeito de dizer o quanto somos gratos a Deus: “É justo render-lhe graças e louvor”. Esse é também o nosso gesto de gratidão às gerações passadas, em reconhecimento do penoso trabalho de suas almas.

Voltando à mensagem de Jesus em relação àquela mulher: ela indica que historicamente sempre existirá lugar real para o impulsivo e o espontâneo, sempre haverá espaço para a generosidade que não seja estritamente necessária, sempre haverá oportunidade para o heróico e o extraordinário, para as incontroláveis e incalculáveis explosões de generosidade, cujas atitudes visam unicamente a dizer o quanto vale a pena expressar, mesmo que em gestos extravagantes, o amor que inunda a alma.


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sábado, 21 de novembro de 2009

Missão Bíblica Essencial

“Quem não sabe para onde vai, qualquer caminho leva, e não chega nunca”. Esse dito popular aponta para o fato de que não se obtém êxito sem alvos claros e coerentes. Quando deixamos as coisas correrem livres “para ver como é que fica”, corremos o risco de errar demais ou de acertar de menos. Por isso, é sempre bom buscar o equilíbrio, reavaliando objetivos e fazendo balanço das atividades, para depois retomar compromissos e redirecionar esforços para cumprir a sua missão, quer se trate de um indivíduo, de uma empresa ou da Igreja.

Reavaliar alvos tem a ver com o que o salmista orou: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12). É a coragem para admitir erros e pagar o preço dos acertos que gera a sabedoria de que tanto precisamos para uma vida realmente útil e vitoriosa.

A Assembléia de Deus em Belém se empenha em cumprir sua missão bíblica essencial: Adorar a Deus, Manter comunhão com os irmãos, Evangelizar os povos, Discipular os salvos, eVigiar e Orar até Jesus voltar.

Na sua adoração a Deus, a Igreja precisa voltar à antiga prática de todos os crentes chegarem ao templo e adorarem, logo se ajoelhando em fervente oração, sem que ninguém precise mandá-los orar. Quando há a compreensão de que a oração é um ministério de todos, a adoração melhora. Adorar é como respirar. Sem adoração, a Igreja não é arejada pelo sopro do Espírito e descamba para o formalismo; perde o viço e cai na mesmice, perde o sentido de ser Igreja gloriosa e deixa de ser abençoadora; faz dos seus membros seres opacos, quando deveriam ser luzeiros a iluminar o caminho dos que estão nas trevas do pecado.

A nossa comunhão é gerada no âmbito da adoração a Deus. Ela precisa avançar no cuidado de uns pelos outros, principalmente dos menos favorecidos, fazendo do apoio e socorro aos que sofrem uma expressão do “bom cheiro de Cristo”. Há o desafio de amar a todos indistintamente e dar-lhes o apoio que instila o senso de dignidade de serem co-participantes de uma obra gloriosa cujo destino é eterno.

Adoração e comunhão deságuam na evangelização. É preciso continuar evangelizando, visitando e abençoando as pessoas, como fizeram os primeiros discípulos. É necessário que cada crente compreenda o seu dever de ser uma testemunha: no lugar onde vive, no seu trabalho, junto a seus amigos e familiares. Precisamos compreender isto: melhor nos ouve quem mais nos conhece. E há muitos que foram escolhidos por Deus e precisam ouvir a mensagem para serem salvos.

Uma vez integrados à vida normal da Igreja, estes salvos devem ser ajudados através do discipulado. Pelo número de pessoas que se decidem a Cristo em nossas igrejas, já de muito deveriam transbordar os nossos templos, ou em muito se acentuaria a necessidade de novas construções. Isso aponta para a deficiência do discipulado, pois parece que a porta dos fundos das igrejas é mais larga que a da frente.

Incomoda-nos o fato de não poucos agirem como “sal do sal” e “luz da luz”, sem causarem nenhuma influência fora dos templos, como deveriam, mas apenas parecerem fervorosos e santos dentro deles. Temos a responsabilidade de ser “sal e luz”, tanto no âmbito da igreja como diante do mundo. Mas isso só é conseguido com oração e vigilância.

Quando alguém nega a mensagem que prega ou a desmente pelas suas próprias ações, “o nome de Deus é blasfemado” (Rm 2.24). Incomoda-nos que a fé de muitos seja um tipo de “fé na fé”, ou seja, fé em coisas e pessoas, fé em métodos, fé em obras, não uma genuína e legítima fé simples baseada na Palavra de Deus.

Ao avaliarmos e aprimorarmos os nossos alvos, o cumprimento do IDE de Jesus será muito mais significativo. Mas temos muitas deficiências a serem supridas, pois somos humanos, não somos perfeitos. É por isso que a Igreja é o lugar de receber pessoas emocionalmente quebradas, frustradas, perdidas, sem sentido na vida. É no burburinho do encontro de gente imperfeita que a “multiforme graça de Deus” se torna mais poderosa em sua operação de transformar vidas.

“As portas do inferno não prevalecerão” contra a Igreja de Cristo (Mt 16.18). Temos de agradecer a Deus pela missão cumprida até aqui, pelos alvos alcançados, mas devemos reconhecer que ainda há muito para conquistar. Porém, se descuidarmos, perderemos o passo. Assim, é bom perguntar: será que Jesus pode contar conosco?


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Muito melhor do que palavras

Certo homem havia perdido três filhos, vítimas de acidente, e descreveu dois exemplos de conforto que recebera durante os momentos de pior tristeza: "Alguém me falou sobre o cuidado de Deus, sobre a razão de aquilo ter acontecido e sobre a esperança depois da morte. Falava constantemente, dizendo coisas que eu sabia serem verdade. Nada, porém, me tocou. Eu desejava apenas que ele fosse embora. E, finalmente, ele se foi."

"Outro homem chegou e sentou-se ao meu lado. Ele também perdera um filho recentemente. Não falou nada, não perguntou nada. Apenas sentou-se ao meu lado por mais de uma hora, ouvindo quando eu dizia alguma coisa e dando respostas curtas. Depois fez uma oração simples e foi embora. Fui tocado. Senti-me confortado. Detestei vê-lo ir embora."

Geralmente, quando encontramos pessoas desoladas ou vivendo sob a carga de algum sofrimento, nos ocorre a necessidade de preencher o desconforto da situação com palavras. Talvez pelo receio de, se não dissermos algo, o estado delas vir a piorar. Por outro lado, podem ocorrer situações que nos forcem a evitar uma aproximação, tão somente porque não sabemos o que dizer.

De qualquer modo, mais cedo ou mais tarde, qualquer um de nós pode enfrentar essas situações.

Penso no caso de Jó, cujas perdas pessoais e familiares foram terríveis: perdeu riqueza, prestígio, saúde e todos os filhos. Só lhe sobrou um pouco de dignidade pessoal, que ele guardava consigo, e um simples caco de telha para se coçar.

A esposa, cheia de rancor, lhe deu um conselho absolutamente desesperado: "Amaldiçoa a Deus e morre!". Podemos até mesmo concordar que ela deveria ter ficado calada. Mas como calar diante de tanta tragédia? Esse caso era, definitivamente, o de alguém que não sabia o que dizer.

Depois vieram os amigos. E que amigos! Vieram de longe para consolar o desventurado Jó. Disseram tudo o que quiseram: ministraram lições de teologia, conversaram sobre noções de justiça e direito, defenderam Deus, mas, sobretudo, acusaram Jó de estar sofrendo o que merecia. Esse era o caso de pessoas que diziam o que não sabiam.

Em sua tristeza, Jó almejava pelo apoio silencioso dos amigos. Ele até clamou: "Oxalá vos calásseis de todo, que isso seria a vossa sabedoria" (Jó 13.5). Mas tudo o que eles falavam tinha o condão de desanimá-lo cada vez mais. Era o "empurrãozinho" de que precisava o sofrimento para ser completo.

Ainda hoje, há muitos "amigos de Jó" de plantão. Se acontece alguma tragédia com alguém, logo se perguntam o que teria favorecido tal situação, para em seguida arriscarem vereditos como se fossem verdades proféticas. E o resultado é sempre negativo e dolorosamente constrangedor.

Porém, na maioria das vezes, tudo o que a pessoa sofredora precisa é de uma presença amiga que não julgue, de um ombro amigo que deixe chorar. Quando você não souber o que dizer, apenas ore. Na maioria dos momentos de grande dor as palavras pouco representam. A não ser que Deus fale diretamente dentro da situação e traga o Seu conforto de um modo que só a Ele compete.

Desse modo, na próxima vez em que estiver com pessoas que estão enfrentando o sofrimento, deixe que a sua presença seja o conforto. Talvez seja a sua presença tudo de que precisa o Espírito Santo Consolador para trazer conforto aos quebrantados de coração e aos esmagados pela dor. Isso é, com certeza, muito melhor do que palavras.

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lições de um túmulo vazio

O cético Frances Joseph-Ernest Renan involuntariamente falou sobre a verdade da ressurreição ao zombar: "O cristianismo vive da fragrância de um frasco vazio". Sem querer, Renan estava se referindo ao fundamento da fé cristã, a pedra angular do Evangelho: um túmulo vazio! Uma tumba sem um corpo nela, naquela primeira manhã da ressurreição!

Uma personagem do romance "O Porto", de Ernest Poole, comenta cinicamente: "A História é apenas um noticiário do cemitério".

O que o cético Renan e o cínico Poole não conseguiam ver era a incontestável verdade de que há uma grande exceção à tristeza de todos os cemitérios e suas silenciosas mensagens de morte: as eletrizantes notícias do túmulo onde Jesus foi sepultado, de que a morte foi vencida e as portas da vida eterna foram abertas por Jesus.

"Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia" (Mt 28.6). Jesus "não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho" (2 Tm 1.10).

De certa forma, os túmulos falam da História na mesma proporção da morte que os favorece. Por isso, convém perguntar: que lições os túmulos (assim como a própria morte) ensinam para a vida?

Pensemos em duas preciosas lições que deveriam ser consideradas.

A primeira lição: os túmulos ensinam que é preciso repensar as nossas prioridades. Sabendo que a vida era curta demais para perder-se tempo com futilidades, Moisés clamou a Deus: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio" (Sl 90.12).

Orar dessa maneira nos levará indubitavelmente a considerar o que, de fato, vale a pena na vida. Dinheiro, poder, prazer, tão avidamente buscados, muitas vezes ao custo da própria vida, empalidecem e sucumbem diante das prioridades que realmente contam.

Não são poucos os exemplos que conhecemos de pessoas que, depois de encararem a morte, salvas como "por um fio", resolvem mudar as suas prioridades e reorganizar a vida. Assim, elas descobrem que servir é muito melhor que ser servido; que dar é mais bem aventurado que receber; que honrar está acima de ser honrado; que o que vale a pena na vida não pode ser comprado pelo dinheiro, conquistado com o poder, nem tampouco desfrutado com desonra.

A segunda lição: os túmulos nos ensinam que devemos pensar na eternidade. Embora a morte seja o fim de todos os mortais, ela certamente não é o fim de tudo nem detém a última palavra sobre o futuro. É precisamente isto que nos ensina o Evangelho, ou "boas novas", no fato histórico de que Cristo Jesus veio ao mundo para nos libertar do poder do pecado e da morte.

Jesus nos propiciou a única maneira de escaparmos da morte, física e espiritualmente. Pela sua morte na cruz, Jesus possibilitou a nossa reconciliação com Deus, e, desse modo, desfez a separação e a alienação espirituais resultantes do pecado. Pela sua ressurreição, Ele finalmente venceu e aboliu o poder de Satanás, do pecado e da morte.

Algumas pessoas não querem pensar na eternidade, por isso afirmam: "Morreu, acabou!". Mas como será, quando chegarem "do outro lado" e descobrirem que a vida aqui era apenas o começo, o embrião da eternidade?

Outras pessoas dizem: "Quando eu estiver mais velho, então seguirei a Cristo". Mas quem sabe se ficará velho ou se morrerá novo?

Há os que pensam: "Antes de morrer, eu aceitarei a Cristo". Porém, quem sabe o dia da própria morte?

As lições do túmulo vazio de Jesus são para reflexão, preparação e esperança. Elas apontam para a eternidade, como está escrito: "O próprio Senhor descerá dos céus, ouvida a voz do arcanjo, e o som da trombeta de Deus. Aqueles que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Então, nós os vivos, seremos levados junto com eles, para nos encontrarmos com o Senhor nos ares, e assim ficaremos para sempre com o Senhor. Consolem-se uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.16-18).

Agora, atente para essas grandes lições do túmulo vazio. A morte não é o fim! Jesus venceu a morte! Ele vive para sempre! Portanto, creia Nele, viva com Ele, por Ele e para Ele! Jesus é a única esperança!

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sábado, 31 de outubro de 2009

Pastor Samuel Câmara,

Parabéns pelos teus 52 anos. Feliz aniversário!

Todos os teus amigos desejam as ricas bênçãos de Deus sobre a tua vida e ministério e sobre toda a tua família. A nossa oração é que Deus amplie cada vez mais a tua visão e te dê poder e capacidade e sabedoria para que possas ser usado por Deus naquilo que Ele ainda quer fazer por teu intermédio no Brasil e no mundo.
Teus amigos.

Em busca da Reforma

A Igreja precisava de dinheiro para a conclusão da Basílica de São Pedro, em Roma. No início do Século XVI, então, o papa Leão X assinou um documento que prescrevia a venda de Indulgências, que seriam a suprema "garantia" da absolvição dos pecados passados, presentes e futuros; uma passagem direta para o céu. Até mesmo os mortos podiam receber a absolvição de seus pecados, através das indulgências compradas pelos seus parentes ainda vivos.

A idéia era simples: as Indulgências garantiam o perdão dos pecados e um lote no céu a quem as adquirisse, assim como ajudariam a encher os cofres da Igreja. Os clérigos bradavam: "Ao tilintarem as moedas no fundo da sacola, automaticamente os vossos pecados e ofensas serão perdoados, e até mesmo as almas dos vossos parentes que estão no purgatório serão levadas ao paraíso!".

Tudo parecia ir muito bem, até que um obscuro monge chamado Martinho Lutero afixou as famosas "95 teses" na porta da catedral de Wittemberg, na Alemanha, em 31 de outubro de 1517. Ele se insurgiu contra as práticas erradas e conclamou a Igreja a voltar à obediência da Palavra de Deus e retornar às doutrinas e práticas cristãs primitivas.

Esse evento desencadeou a Reforma Protestante. Aqueles que se juntaram a Lutero e se opuseram aos dogmas da Igreja foram historicamente reconhecidos como "protestantes".

Vale ressaltar que a Reforma só aconteceu porque a Igreja estava em franca decadência moral. Ao se distanciar do evangelho, se preocupava mais com as questões políticas e econômicas do que com os assuntos espirituais. Para aumentar ainda mais suas riquezas, vendia indulgências, cargos eclesiásticos, relíquias e bênçãos.

Passados 492 anos, não seria precipitado afirmar que, em muitos aspectos, precisamos de uma Reforma da Reforma, como filhos e herdeiros da mesma. Basta olhar a situação de não poucas igrejas ditas evangélicas. Em muitos aspectos, não estamos muito longe da decadência moral que pode preceder uma Reforma.

E por que Reforma? Porque algo precisa de reforma quando se deteriorou, ou tomou curso errado, ou se deformou. Assim, reformar é formar

de novo, reconstruir, corrigir, retificar, restaurar. Reformar é fazer um "movimento para trás", é levar algo à sua situação original.

Precisa comparar?

Os evangélicos não vendem Indulgências, mas muitos continuam proliferando ensinamentos que enganam os crentes com a promessa da salvação em troca de dinheiro e bens materiais.

Não temos um Papa, temos vários papas; cada denominação tem o seu. Não temos santos e imagens, mas muitos tratam a Bíblia (ou partes dela) como "amuleto". Não temos catecismo, mas temos uma cartilha de "usos e costumes". Não temos missa, mas temos cultos liturgicamente engessados. Não temos paramentos sacerdotais, mas temos paletó e gravata.

Não temos reza, mas temos orações repetitivas. Não pagamos promessa nem temos penitência, mas abusamos de votos e jejuns, que mais parecem engenhosas maneiras de barganhar com Deus. Muitos evangélicos, assim como os católicos, pensam que a salvação só é conseguida na "sua" igreja, como se ela fosse um feudo especial do céu.

Desse modo, não são essas mesmas coisas que indicam a nossa real necessidade de Reforma? Quais foram os quatro princípios fundamentais adotados pelos líderes da Reforma que nos seriam úteis hoje?

1. A religião deve ser baseada nas Escrituras Sagradas, pois nada substitui a autoridade da Bíblia como nossa regra de fé e prática.

2. A religião deve ser racional e inteligente, significando que, embora a razão esteja subordinada à revelação, a natureza racional do homem não pode ser violada por dogmas e doutrinas irracionais.

3. A religião é pessoal, ou seja, cada crente deve confessar o seu pecado diretamente a Deus, sem a necessidade de um sacerdote humano para perdoar-lhe. A adoração também é pessoal, de modo que os crentes podem ter comunhão com Deus, individualmente.

4. A religião deve ser espiritual, não formalista. Isso pressupõe a volta aos princípios evangélicos de simplicidade e pureza, indicando que o cristão era santificado pela presença do Espírito Santo em sua vida interior, não pela observância de formalidades e cerimônias externas.

Paulo ensinou: "Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente" (Rm 12.2). Assim, tudo que se conforma e não se transforma precisa urgentemente de uma Reforma.


Samuel Câmara - Pastor daAssembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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Igreja em São José dos Campos tem novo Pastor

A Assembleia de Deus em São José dos Campos (SP) agora tem novo pastor-presidente. O pastor Antônio Luiz Sellari, que presidiu a referida igreja durante 20 anos, foi jubilado no domingo passado, dia 25, quando então assumiu a liderança o pastor Samuel Câmara. Ambos os atos foram aprovados por unanimidade em Assembleia Geral Extraordinária da referida Igreja, em clima pacífico de comunhão e grande expectativa do que Deus irá realizar para o bem da Sua obra.

Em seu primeiro ato como pastor da Igreja, o pastor Samuel Câmara propôs à mesma Assembleia que o pastor Antonio Luiz Sellari permanecesse na obra como “pastor de honra”, o que também foi aprovado por unanimidade.

Em sua mensagem dirigida à Igreja, o pastor Samuel Câmara citou Êxodo 14.15: “Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem”.

Como há grandes desafios a enfrentar, um “mar de dificuldades”, o Pastor Samuel Câmara animou o povo de Deus a olhar para frente, marchar e a cumprir a missão que Deus deu à Sua Igreja. Desejoso de que reine a Paz do Senhor no meio de todos, ele citou a vontade do Mestre, ao saudar efusivamente a Igreja: “Paz seja convosco!”.

Em seguida, pediu oração, instou para que todos dessem o seu melhor: que a Igreja ore, jejue, contribua e trabalhe para glória de Deus. Só assim, do outro lado, depois da vitória, todo o povo de Deus poderá cantar: “Só o Senhor é Deus!”

Palavra do Pastor

Querida Igreja do Senhor

Sei que há grandes desafios a enfrentar, mas quero animar a todos os irmãos e irmãs a olharem para frente, marcharem e a cumprirem fielmente a missão que Deus nos deu como Igreja.

Sou um homem de paz e desejo que a Paz do Senhor reine no meio de todos, pois esta é a vontade do Mestre. “A Paz do Senhor seja convosco!”.

Peço-lhes encarecidamente que orem, e orem muito. Peço que todos dêem o seu melhor: orem, jejuem, contribuam e trabalhem para glória de Deus.

Vamos vencer cada uma das nossas lutas. Quando atravessarmos “o mar” de dificuldades, todos nós poderemos cantar: “Só o Senhor é Deus!”

Com amor e oração,


Samuel Câmara

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pr. Samuel assume Assembleia de Deus em São José dos Campos

No Domingo 25 de outubro, o Pr. Samuel Câmara assumiu a Presidência da Assembleia de Deus na Cidade de São José dos Campos - São Paulo. Em breve mais informações.

domingo, 25 de outubro de 2009


Você já pode ter os melhores momentos dos 98 anos da Assembleia de Deus em sua casa.

Box Edição Especial com 12 DVD's e 13 mensagens dos 98 anos . Inclui DVD com os melhores momentos do Culto no Estádio Olímpico do Pará e mais pregações com o Pastor Silas Malafaia, Samuel Câmara, Messias dos Santos, Antonio Carlos, Carvalho Júnior, Josué Brandão, Sandro Fontoura, Helena Raquel, Geziel Gomes e Otoni de Paula.

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Cordeirinhos de Deus

Marta vivia nas ruas, era viciada em drogas, dormia nas praças, juntamente com seus cinco filhos pequenos. De sofrimento em sofrimento, ela passava seus dias em completo abandono, vendo seus filhos crescerem sujos e maltrapilhos, comendo só o que sobejava de outros. Marta havia perdido toda a esperança. Seus filhos não tinham nenhuma esperança.

Até que um dia alguém se importou e levou Marta com os filhos para a Creche Casa Lar Cordeirinhos de Deus, cuja equipe cuidou deles, os alimentou, deu-lhes um teto, uma cama quentinha e muito amor. A vida de Marta mudou, assim como a de seus filhos. Hoje, há esperança, ela é uma mulher transformada, provê o próprio sustento, vive com os filhos, que agora crescem em um lar estável.

A história de Marta é apenas uma das muitas que a Creche Casa Lar Cordeirinhos de Deus tem para contar diante de Deus e dos homens. Todos os dias a Creche abriga crianças, algumas vindas do interior do estado, as quais estão em situação de risco, sofrendo de alguma enfermidade grave: câncer, hidrocefalia, paralisia cerebral etc. Há uma família com três bebês, todos nascidos com lábios leporinos, à espera de cirurgia reparatória.

Há crianças que estão à disposição do Juizado da Infância; outras advêm de situações de calamidade, cujas casas deterioradas não mais as podiam abrigar.

Em geral são pequeninos que não têm ninguém por elas. Algumas dessas crianças chegam à Creche sem registro: sem nome, sem identidade, sem esperança, mas a Creche lhes providencia registro e cidadania.

Atualmente, a Creche cuida de 178 crianças, provendo-lhes cinco refeições diárias, além de cuidados, atenção, amor, muito amor. Algumas dessas crianças são filhas de pais trabalhadores, que não têm com quem deixá-las enquanto trabalham. Mas a Creche as acolhe e elas voltam para casa no fim do dia, saudáveis e bem cuidadas.

Bem, alguém pode pensar que tudo isso é uma maravilha, e na verdade é, mas tudo é feito à custa de muito sacrifício. Noemi Rodrigues, Diretora da Creche, diz que cada dia é uma enorme batalha pelas vidas daquelas crianças, mas sempre acompanhada da provisão de Deus, que sempre levanta ajudadores para suprirem as necessidades.

As necessidades são imensas. Faz-se necessário uma reforma urgente, antes do período das chuvas, pois o prédio sofre infiltrações graves. Precisam-se também de novas dependências para abrigarem outras crianças. Há a necessidade de armários nos quartos, assim como de ventiladores de teto. E há sempre a necessidade urgencial de alimentos e remédios.

De modo geral, a Creche utiliza o trabalho de pessoas voluntárias. Mas faltam recursos para o pagamento de profissionais indispensáveis de diversas áreas (pedagogia, psicologia, assistência social, enfermagem técnica), cujos sindicatos não permitem o trabalho voluntário.

A Creche Casa Lar Cordeirinhos de Deus, desde sua fundação, em 15 de fevereiro de 2006, tem realizado um trabalho sério e competente. Localizada na Trav. Castelo Branco nº 923 - São Braz, possui registro de Utilidade Pública Municipal e Estadual, é registrada no CMAS - Conselho Municipal de Assistência Social, assim como no COMDAC - Conselho Municipal da Criança e do Adolescente; possui também registro no Ministério Público (Promotoria de Justiça de Fundações).

A Creche mantém parceria com os hospitais Ofir Loyola, Santa Casa de Misericórdia, Policlínica do Pará e Clínica Santa Terezinha.

Mas isso tudo, embora muito importante, ainda não é suficiente diante das imensas demandas da atualidade.

Eu estive várias vezes na Creche e sou testemunha da dor daquelas crianças. Por isso tudo eu me dispus a ajudar. Em nove anos que escrevo regularmente todos os sábados neste prestigioso jornal, esta é a primeira vez que venho a público pedir aos meus leitores e leitoras a sua contribuição financeira. Por favor, ajudem a Creche Casa Lar Cordeirinhos de Deus, certos de que isso é bom e agradável diante de Deus.

A sua doação pode ser depositada diretamente no BRADESCO, AGÊNCIA 2777-4, CONTA 19.100-0, cujos recursos arrecadados serão destinados totalmente à Creche, para o que se objetiva nessa campanha.

Vamos fazer uma grande diferença para essas 178 crianças, e para muitas outras que virão. Contribua como "expressão de generosidade", sabendo que "Deus ama a quem dá com alegria" (2 Co 9.5,7). Façamos o melhor que pudermos. É urgente!

Samuel Câmara - Pastor daAssembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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