A Assembleia de Deus em Belém, a Igreja-mãe das Assembleias de Deus no Brasil, é a única no País que completará 100 anos em 18 de junho de 2011. Perguntamo-nos o que precisaria ser feito para que a história continuasse a ser escrita bem diante de nossos olhos, feita pelo Senhor e ajudadas pelas nossas mãos. Chegamos ao consenso que, para marcar a história, até ao Centenário, precisaríamos alcançar quatro alvos monumentais e dignos dessa saga assembleiana:
1. Inaugurar 100 novos templos em Belém. Já inauguramos 41 templos, faltam apenas 59. A nossa meta é atingir a marca de um templo para cada 2.500 habitantes da cidade, ou cada 500 famílias. Isto para que ninguém precise andar mais de um quilômetro para achar ajuda espiritual em um dos templos da Assembleia de Deus.
2. Construir a Avenida Centenário da Assembleia de Deus. Os documentos de compra do prédio atrás ao templo central foram assinados e já começamos o processo de demolição.
3. Construir o Centro Histórico Nacional da Assembleia de Deus no Brasil no prédio situado ao lado do templo central, que comportará: Museu Nacional da Assembleia de Deus no Brasil; Rádio e Televisão Boas Novas, cuja torre com o nome JESUS será colocada no topo do prédio, que será a mais alta torre da cidade, para que todos assistam com qualidade a mensagem do amor de Deus.
4. Edificar o Ginásio Centenário da Assembleia de Deus, numa área de 40.000m2, do lado oposto do Estádio Olímpico do Mangueirão, cujo terreno é de nossa propriedade, onde funciona hoje um templo da nossa Igreja chamado Vale da Bênção.
O que nos falta para dar cumprimento a todo esse projeto? Temos amor pela obra, compromisso com a expansão do reino de Deus, fé na provisão de Deus, e temos também a compreensão de que chegou a hora de colocar tudo isso em ação, para a glória de Deus.
O que nos falta é apenas dinheiro, muito dinheiro, pois são obras portentosas e caras, além de úteis e necessárias, muito embora jamais discutamos o fato de que são inteiramente dignas dessa Igreja que marcou o Brasil e o mundo, além de serem, todas elas, uma bênção a mais para a cidade de Belém.
Tudo o que temos feito até aqui, nesses cem anos, é com recursos advindos de contribuições voluntárias de irmãos e irmãs da nossa Igreja, na sua maioria gente simples e humilde, porém batalhadora e engajada na causa do Evangelho. Não precisamos de ajuda pública para construir templos. Isso o faremos sempre, se Deus quiser, com os nossos próprios recursos.
Porém, seria para nós uma notícia alvissareira se o poder público mostrasse um mínimo de interesse em nossa história e na obra que estamos a empreender em torno dos últimos três alvos.
Temos o pleito, sempre ignorado pelo poder público, para que a rua onde está situado o templo central da Assembleia de Deus seja chamada "Avenida Assembleia de Deus". Outras religiões podem, por que não pode a nossa Igreja? Seria puro preconceito?
Belém tem museu para tudo: Museu de Arte de Belém, Museu do Estado do Pará, Museu de Arte Sacra do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Museu do Forte do Presépio, Museu do Círio, entre outros, os quais recebem ajuda de recursos públicos. Por que a Assembleia de Deus, uma instituição religiosa genuinamente belenense, não pode ser igualmente ajudada pelo poder público a erigir e manter o seu museu?
Belém não dispõe de um lugar coberto para abrigar confortavelmente reuniões para vinte mil pessoas. O Ginásio Centenário virá para suprir essa necessidade, nossa e da cidade.
Infelizmente, porém, o governo não tem nos ajudado em nada. O poder público de nosso estado tem nos tratado com extrema indiferença, não nos recebe em audiência, não liga a mínima aos nossos requerimentos, embora dê tratamento diferenciado e receptivo a outras instituições religiosas.
Não temos nenhum problema em admitir que o Governo possa e deva participar das festividades de outras confissões religiosas, e reconhecemos que o faz muito assiduamente: reforma ruas, reforma templos, catedrais, compra terrenos, injeta recursos financeiros em suas festas etc.
O apoio a outras confissões religiosas é tanto que até já se fala na aquisição de uma grande área pública, que pertence ao Exército Brasileiro, para doarem a um movimento religioso. E isso com o dinheiro do orçamento público, recursos esses oriundos de todos os cidadãos, inclusive os nossos.
É triste dizer, mas Sua Excelência, a governadora do estado e seu secretariado têm nos dado um desprezo inexplicável e injusto. Podemos até mesmo parecer desprezíveis aos seus olhos, mas não pensem que somos tolos. Nós pertencemos à Assembleia de Deus, somos cidadãos honestos, pagamos os nossos impostos e somos de grande valia para este estado.
Senhores governantes, sejam justos, participem de tudo, ajudem institucionalmente a quem precisa, mas não discriminem a nós evangélicos, nem a Assembleia de Deus em Belém, a única que nasceu em Belém do Pará.
Com ou sem apoio do governo, continuamos crendo que Deus vai nos ajudar a atingir os nossos alvos do Centenário. E ainda, continuaremos a denunciar a discriminação e o descaso com que são tratados os evangélicos da bem paraense e belenense Assembléia de Deus.
O nosso lema é: Assembleia de Deus em Belém, rumo ao Centenário!
Desejamos a todos um 2010 repleto de vitórias!
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br/