sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quando Deus envia

Deus ainda chama e envia Seus servos para realizarem obras especiais. Essa é uma verdade que pode ser facilmente demonstrada pelos muitos exemplos de vidas abnegadas e fiéis ao Senhor que cumpriram cabalmente o seu chamamento. Mas, infelizmente, há aqueles que falharam, ou porque não foram fiéis ou porque desistiram no meio do caminho.

De qualquer modo, em ambos os casos, cada pessoa chamada teve de tratar com algumas questões, do mesmo modo que nós hoje em dia. Uma vez enviado por Deus, como você esperaria ser tratado? Como um diplomata na entrega de suas credenciais? Como alguém importante com um chamado do céu? Reconhecido e honrado por todos?

Como você esperaria se sentir? Alguém importante e confiante, sabendo exatamente para onde está indo e o que deve fazer? Como um “engenheiro” de Deus de posse de uma planta exata do projeto a ser executado?

O que poucos se dão conta num primeiro momento é que nossos primeiros passos no serviço de Deus, mesmo imbuídos da certeza da chamada, poderão ser o fim de nossas esperanças e sonhos, não o começo. Isto porque os começos de Deus para os Seus servos geralmente em nada se parecem com os fins que Ele tem em mente.

Isto está de acordo com o que afirma o próprio Senhor: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55.8-9).

Quando os planos de Deus parecem impossíveis de serem compreendidos numa primeira instância, os exemplos das histórias de vários servos do Senhor servem de grande consolo. O que dizer de José, que da prisão foi guindado à posição de governador do Egito? O salmista afirma: “Adiante deles enviou um homem, José, vendido como escravo; cujos pés apertaram com grilhões e a quem puseram em ferros, até cumprir-se a profecia a respeito dele, e tê-lo provado a palavra do Senhor” (Sl 105.17-19).

O apóstolo Paulo, quando chamado, jamais poderia imaginar as grandezas das revelações com que seria contemplado. Ele começou com descrédito da própria Igreja que perseguira, assim como rejeitado e perseguido pelos antigos amigos fariseus. Ainda por cima, o próprio Senhor falou a seu respeito: “Pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At 9.16). O que começou em aparente perda foi dando certo, mas tudo lhe foi mostrado passo a passo, nunca de uma só vez.

Tito, enviado a Creta, reclamava-se da indolência e insinceridade beligerante dos cretenses. Estava isolado, sozinho, sem uma equipe treinada, em muitas desvantagens e perigos. Mas Paulo lhe faz saber o sentido de seu chamamento, quando diz: “Por esta causa, te deixei em Creta” (Tt 1.5). Tito ainda não tinha conseguido entender que era exatamente por aqueles motivos incomodantes que ele fora enviado para realizar a sua missão ali. Ele não dispunha de toda a planta do projeto, só tinha de ser fiel e seguir passo a passo.

Destes e de tantos outros exemplos, podemos entender que ser enviado por Deus poderá começar com perdas, não com ganhos: perda de emprego, em vez de conseguir trabalho; perda de reputação, em vez do louvor de outros; perda de apoio de parentes e amigos, em vez de suporte.

Poderá também envolver o enfrentamento de injustiças: ser penalizado, mesmo tendo sido honesto e se recusado a ceder; ser banido pelos próprios irmãos e amigos, mesmo tendo sido fiel a todos; receber a imputação de crimes, embora não os tendo cometido.

Poderá igualmente doer tanto quanto os grilhões de José na prisão; ou como os desprezos e perseguições sofridos por Paulo; ou como o pouco caso que fizeram de Tito.

Se Deus lhe deu um começo difícil, não desista; antes, peça-lhe forças para ir até o fim com humildade, sinceridade de coração e fidelidade ao seu chamamento. E tenha em mente que o Deus que lhe enviou também o amparará até que você cumpra o propósito para o qual foi chamado.

Samuel Câmara - Pastor daAssembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sábado, 19 de setembro de 2009

Vivendo no limite

Há muitos anos, a propaganda de uma conhecida marca de automóveis alardeava confiantemente: “Viva sem limites com o carro ‘tal’... e viva a vida”. O anúncio soava como se dirigir um carrão novo daquela marca desse total liberdade para fazer qualquer coisa que o coração desejasse. Mas é claro que tais apelos nunca significam exatamente o que dizem. Pois quem já ouviu falar de uma vida “sem limites”?

Apelos publicitários desse tipo têm uma razão de ser: muitos desejam viver uma vida sem limites. Milhões estão fazendo exatamente isso, e a maioria deles nem mesmo tem um “carrão”.

Na verdade, não existe vida sem limites, em qualquer que seja a dimensão. Os que praticam esportes radicais sabem que o máximo que conseguem é viver “no limite”. Deus criou leis físicas que dizem exatamente isso: quem quiser passar do limite vai sofrer as consequências.

Pense na lei da gravidade. Um homem não será mais livre por se lançar de um prédio de dez andares. Quem desafia essa lei além do limite consegue, no máximo, alguns segundos de pura adrenalina... para então se arrebentar no chão. É necessário, antes, se cercar de cuidados, usar apetrechos de proteção, seguir certas regras; é preciso ter controle da situação de risco, pois o desastre está logo ali depois do descuido.

Ora, se é assim quanto às leis da física, como não seria com as leis espirituais? Não são poucos os que rejeitam a autoridade e relevância da Palavra de Deus, a Bíblia, dizendo-a ultrapassada, no mínimo alardeando a sua não validade para os dias atuais. Mas o que isso muda?

Ficar repetindo que a lei da gravidade não existe não a torna inoperante nem nos livra dos tombos. Dizer que as leis de Deus não existem, igualmente, e proceder em desacordo, não nos torna isentos das consequências.

Não são poucos os que praticam o sexo fora do casamento, recorrem ao aborto, vivem em práticas homossexuais, aceitam a corrupção, pirateiam produtos, buscam levar vantagem em tudo, vivendo como se tais comportamentos fossem inteiramente aceitáveis. E de certa forma algumas sociedades não ligam a mínima. “Faz parte” dizem.

As pessoas e, em última instância, as sociedades tornaram-se sua própria autoridade para determinar o que é certo ou errado. E chamam isso de liberdade!

Viver a liberdade não é uma questão de viver do jeito que se quer, mas viver dentro das leis de Deus e desfrutar dos seus benefícios. É o que se espera de todos os cristãos, como diz Paulo: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5.13).

A proposta ilusória de viver sem limites sempre passa pela falta de amor a si e ao próximo, e isso jamais trará liberdade.

A minha oração é que Deus continue levantando profetas para anunciarem aberta e corajosamente o caminho da verdadeira liberdade, que não tenham medo de chamar o pecado pelo nome, que não negociem os valores espirituais revelados na Bíblia; em suma, que não alarguem o caminho da salvação, mas mostrem o quanto é “estreito”.

Foi o que fez o pastor Joe Wright, convidado para discursar na sessão de abertura do Congresso do Kansas (EUA), em janeiro de 1996. Em vez do discurso de praxe, ele fez a seguinte oração:

“Pai celeste, nós estamos diante de Ti hoje para pedir Teu perdão e para buscar Tua direção e liderança. Nós sabemos que Tua Palavra diz: “Cuidado com aqueles que chamam o mal de bem”, mas isto é exatamente o que temos feito.”

“Nós perdemos nosso equilíbrio espiritual e revertemos nossos valores. Nós exploramos os pobres e chamamos isso de loteria. Nós recompensamos preguiça e chamamos isso de bem-estar. Nós cometemos aborto e chamamos isso de escolha. Nós matamos os que são a favor do aborto e chamamos de justificável.”

“Nós negligenciamos a disciplina de nossos filhos e chamamos isso de construção de auto-estima. Nós abusamos do poder e chamamos isso de política. Nós invejamos as coisas dos outros e chamamos isso de ambição.”

“Nós poluímos o ar com coisas profanas e pornografia e chamamos isso de liberdade de expressão. Nós ridicularizamos os valores dos nossos antepassados e chamamos isso de iluminismo. Sonda-nos, oh, Deus, e conhece os nossos corações hoje; nos limpa de todo pecado e nos liberta. Amém!”

Viver sem limites só causa prejuízos. Mas viver no limite da vontade de Deus conduz à salvação. Qual a sua decisão?

Samuel Câmara - Pastor daAssembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Evangelho da graça

Certa feita, um jovem rico vai até Jesus e pergunta: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”. Não é à toa que este é o ponto de partida de muita gente: fazer para merecer. A ênfase no “mérito” é imediatamente percebida por Jesus, que chama a sua atenção para a bondade de Deus: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus”.

O jovem rico quer ser colocado no centro das atenções, e Jesus parece “entrar no seu jogo”, indagando se ele sabia os mandamentos. Ora, isso era tudo o que o riquinho queria. Claro, ele guardava “todos” os mandamentos. Era candidatíssimo a um elogio do Mestre. Mas Jesus simplesmente o manda vender tudo o que possuía e dar aos pobres, para ter um tesouro nos céus, e depois segui-lo. Estragou a festa. O jovem saiu muito triste, porque era riquíssimo. (Lucas 18)

Não é coincidência que Lucas cita antes duas passagens onde trata dos conceitos excludentes de graça e mérito. A primeira, uma parábola, na qual Jesus contrapunha o exaltado fariseu, que “fazia” por merecer o céu, e o humilhado publicano, que sequer ousava levantar a cabeça, e só clamava pela misericórdia de Deus. Quem saiu justificado foi o publicano, não o fariseu.

A segunda, um fato, na passagem de Jesus com as crianças, quando Ele afirma que o Reino de Deus a elas pertence. Ambas se encontram nos versículos que imediatamente precedem a história do jovem aristocrata.

Tanto no caso do publicano como no das crianças, o contraste com o homem rico dá-se simplesmente porque não há como discutir que eles tenham sido capazes de merecer o que quer que seja.

O ponto central de Jesus é o seguinte: “Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele”. Ou seja: não há nada que qualquer um de nós possa fazer para merecer o Reino de Deus. Devemos simplesmente recebê-lo como criancinhas. E criancinhas ainda não tiveram tempo de fazer nada.

O mundo do Novo Testamento não nutre nenhuma visão sentimental a respeito de crianças e não sustenta qualquer ilusão sobre bondade alguma inata nelas. Jesus não está absolutamente sugerindo que o céu é um imenso “playground”.

Ao contrário, as crianças são o nosso modelo, segundo Jesus, simplesmente porque não têm qualquer pretensão ao céu. Se estão mais próximas de Deus é porque são incompetentes, não porque são inocentes. Se recebem alguma coisa, tem de ser de presente, de graça.

O exemplo mais radical de graça, ou favor imerecido, é o caso do ladrão da cruz. O que podia ele oferecer ou fazer de bom naquela hora crucial. Tudo o que tinha feito era pecar e fazer mal aos outros. E ele mesmo afirmou que merecia o castigo. Mas ele fez a única coisa que poderia fazer, e suplicou arrependido: “Lembra-te de mim quando vieres no teu reino”.

Esse homem, que nem mesmo sabemos o nome, conheceu o completo significado da graça. Nada podia fazer, a não ser pedir para ser lembrado. Mas lembrar o quê? Que ele estava na cruz pelos próprios pecados, impotente, merecedor da punição?

Aquele ladrão reconheceu o que nem mesmo os sábios intérpretes da Lei e os religiosos o fizeram: ele sabia que não merecia o céu, e não havia nada que pudesse fazer para merecê-lo. Ele entendeu que Jesus tinha um Reino e queria estar lá, e sabia que o único caminho era pela graça.

Agora, atente bem para o “outro evangelho” que estão pregando por aí, ensinando as pessoas a barganharem com Deus. Esse “toma-lá-dá-cá” é política monetária eclesiástica, algo usurpador por natureza, não o Evangelho de Cristo.

O Evangelho de Cristo é o Evangelho da graça de Deus, cuja mensagem central é que Deus mostrou “a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” que morreu na cruz para nos salvar.

Lembre-se: Não há nada que você possa fazer para merecer a salvação. Por quê? “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.7-9).

Ao morrer na cruz, Jesus disse: “Está consumado!”. Está feito! Agora, a única coisa que lhe resta é receber a salvação pela graça, mediante a fé em Jesus. Você está pronto?
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sábado, 5 de setembro de 2009

NOTA OFICIAL DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM BELÉM




NOTA OFICIAL POR ESCRITO


A propósito dos fatos ocorridos em 02.07.2009, em Belém, dos quais só
tivemos conhecimento pela imprensa secular, vimos a público esclarecer:

1.
A Igreja Assembleia de Deus, situada na Travessa 14 de Março, 1511, no
bairro de Nazaré, nesta cidade de Belém, há treze anos sob a tranquila,
democrática e abençoada liderança do Pastor Samuel Câmara, sucessor do
Pastor Firmino Gouveia, é a SEDE da Igreja Assembleia de Deus em Belém, e
também a Igreja-mãe das Assembleias de Deus no Pará e no Brasil, gozando
de todos os direitos legais e históricos DESDE A SUA FUNDAÇÃO em
18.06.1911.

2.
A malfadada iniciativa, estranhamente com o apoio e a presença do presidente
da CGADB Pr. José Wellington Bezerra da Costa, ao arrepio das disposições
estatutárias, oficializando “outra” igreja e empossando o Pastor Gilberto
Marques de Souza, afirmando “que assume a coordenação das Assembleias
de Deus em Belém”, além de gerar confusão nos meios noticiosos e entre
evangélicos, constitui-se numa afronta à História verdadeira.

3.
É de se perceber que agressões a pessoas de membros e líderes, entre
calúnias e difamações, não passam de uma tentativa de lançar a mão sobre a
Igreja Assembléia de Deus em Belém, desprezando sua missão e sua história
intimamente ligadas aos pioneiros da fé pentecostal e à vontade suprema e
constitucional de seus membros, hoje alcançando mais de 100 mil, distribuídos
em mais de 400 templos.

4.
Tais atos de desmedida provocação, todavia, não têm nenhum efeito sobre a
Igreja Assembleia de Deus em Belém, que é detentora do maior patrimônio
cultural e religioso da denominação, assim como é continuadora da história e a
única que, em 18 de junho de 2011, efetivamente completará 100 anos e
celebrará seu Centenário.

5.
Há também nos assaques o incontido temor da crescente liderança nacional do
Pr. Samuel Câmara, pastor da Igreja-mãe, que tendo sido candidato regular à
presidência da CGADB, em São Paulo e em Vitória, vem recebendo expressiva
votação dos ministros assembleianos de todo o Brasil.

6.
O legado recebido de pregar o evangelho, apascentar o rebanho, gerir o seu
patrimônio e ensinar a doutrina que uma vez foi entregue aos santos, bem
como defender a liberdade das Igrejas e Pastores das descabidas pressões
convencionais, será mantido e defendido sem de modo algum nos
intimidarmos.

7.
Assim, a despeito de toda ingratidão filial, mãe nunca deixa de ser mãe, e
continua sua marcha como primeira Assembleia de Deus em solo brasileiro, a
pioneira deste grande movimento de Deus, a Igreja-mãe dos assembleianos,
mantendo sua fidelidade a Deus e à história dos nossos pioneiros e pastores:
Daniel Berg, Gunnar Vingren, Samuel Nyström, Nels Nelson, Francisco Pereira
do Nascimento, José Pinto de Menezes, Alcebíades Pereira Vasconcelos,
Firmino da Anunciação Gouveia e Samuel Câmara, até Jesus voltar.
Com oração.

Belém (PA), 6 de julho de 2009
Assembleia Geral da Igreja Assembleia de Deus em Belém
99 anos de Pentecostes rumo ao Centenário.

Documentos Jornalísticos( O Líberal e Diario do Pará)

Vídeo da fundação da "nova" Igreja


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A suprema garantia

Certo dia, dois amigos, especialistas em grego bíblico, estavam passeando pelas ruas de Atenas. Ocasionalmente paravam para ler as placas na frente das lojas e discutir os possíveis significados de expressões, quando viram uma placa com a palavra arrabon. Eles entraram para conversar com o proprietário, que lhes disse que em grego moderno arrabon significa “anel de noivado”. Um deles comentou: “Que interessante! No Novo Testamento, este é o termo para garantia, ou sinal de pagamento”.

O apóstolo Paulo faz referência a esse termo em sua carta aos Efésios: “Fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Ef 1.13-14). Em outras palavras: O Espírito Santo habitando em nós é a garantia de que receberemos o que Deus prometeu ao Seu povo.

Todos nós éramos vendidos ao pecado, mas Jesus pagou o alto preço por nós, morrendo em nosso lugar na cruz do Calvário para a nossa redenção e ressuscitando “por causa da nossa justificação” (Rm 4.25). Assim, quando alguém recebe a Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal, recebe o perdão completo de seus pecados e, ao mesmo tempo, também lhe é dado gratuitamente o Espírito Santo, que faz nele templo e morada.

O Espírito Santo é concedido ao que ama a Jesus como uma espécie de arrabon, ou “sinal de pagamento”, uma garantia do céu de que somos propriedade exclusiva de Deus e que o próprio Senhor cumprirá as Suas promessas para conosco.

Assim foi prometido por Jesus: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (João 14.23). Por isso, Paulo assevera: “E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9).

Ao se contrapor à conduta pecaminosa dos irmãos da igreja de Corinto, Paulo os chama ao caminho da santidade e indaga deles: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16).

A presença do Espírito Santo em nosso coração é uma antecipação das bênçãos superiores que experimentaremos quando Jesus vier buscar a Sua Noiva, a Igreja (da qual fazemos parte) e a levará para estar eternamente com Ele. Jesus deixou o arrabon, o “anel de noivado”, como sinal de Seu compromisso de que voltará e cumprirá a Sua promessa.

Agora o Espírito Santo habita em nós, dando-nos direção e poder para vivermos para Deus em santidade e justiça, numa adoração contínua, uma vez que somos templo e morada de Deus. Essa é a razão maior de sermos adoradores. Sem o Espírito Santo, o máximo que conseguiríamos era ser adoradores de ídolos.

Jesus ensinou também que o Espírito nos ajudaria a andar no caminho da verdade: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir (Jo 16.13).

O Espírito também nos vivificará: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Rm 8.11).

Pedro mostrou que o fato de sermos propriedade exclusiva de Deus tinha uma finalidade: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).

Igualmente, Paulo ensina que nossa vida deve ser uma demonstração contínua da virtude do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5.22-25)

Todos nós que somos templo e morada do Espírito Santo temos o arrabon, a suprema garantia de que um dia teremos muito mais, quando viveremos na própria presença de Deus.
Deus é fiel. Sejamos fiéis também.
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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