domingo, 27 de maio de 2012

S.O.S Alagados

Meus queridos leitores, amigos e irmãos, eu estou escrevendo este artigo praticamente dentro de uma canoa, enquanto navego pelos rios e igarapés do Amazonas, que praticamente se uniram num “oceano” imenso e interminável de água doce, nessa que é a maior cheia amazônica de todos os tempos.

Estamos com uma equipe de agentes de misericórdia no programa de apoio aos flagelados dessa enchente diluviana, chamado S.O.S Alagados, voltado para ajudar as famílias carentes, empenhado em visitar e confortar os que sofrem, doando-lhes filtros, cestas básicas, roupas, mosquiteiros, redes, telas de proteção etc. Vamos em cada localidade alagada possível, em barcos e canoas, levando ajuda, demonstrando misericórdia e mostrando que realmente nos importamos.

Essa é uma iniciativa da Assembleia de Deus em Manaus, com o inestimável apoio da nossa missionária Boas Novas, sob a liderança do pastor Jônatas Câmara, em que os membros da igreja arregaçaram as mangas para ajudar a todos os que sofrem, evangélicos ou não.

Para se ter uma ideia da presente situação calamitosa, o nível do Rio Negro já atingiu a maior marca já vista, passando dos 30 metros. A nova marca torna ainda mais grave a situação no estado do Amazonas, onde há 49 municípios em estado de emergência e cerca de 80 mil famílias afetadas, das quais 10 mil somente na capital. O mesmo fenômeno acontece também no estado do Pará.

A produção da agricultura foi totalmente perdida. O comércio está prejudicado, lojas fecharam, perdeu-se tudo. As cidades praticamente pararam, sem atividade econômica, sem emprego, sem renda. Agora, a ajuda tem de vir de fora, daqueles que se importam em ajudar aos que foram totalmente afetados pela tragédia.

Milhares de animais estão mortos, outros tantos estão ilhados e disputando os poucos espaços acima d’água. Animais peçonhentos invadem as casas e levam perigo e morte. Jacarés buscam espaço e comida nas moradias alagadas. Muitos pais passam a noite inteira acordados para protegerem seus filhos dos perigos mortais que a presença desses animais representa.

Os perigos de doenças e morte estão em todo lugar. Os prejuízos são incalculáveis. Há desolação e desesperança em toda parte, e o quadro tende a se agravar com a previsão de mais um mês de chuvas.

Estivemos visitando muitas casas e várias igrejas alagadas. Num dos templos, onde as águas atingiram um pouco mais de um metro acima do piso, o pastor decidiu com a comunidade que os cultos não parariam, mas o único meio de celebrá-los é tendo os irmãos em suas canoas, com as quais adentram ao recinto sagrado para cultuarem ao Deus vivo e verdadeiro. Que preciosa lição de amor a Deus!

Você que está confortavelmente em sua casa, podendo dormir uma noite de sono tranquilo, lembre-se de que há 80 mil famílias que sofrem agora mesmo o flagelo dessa grande enchente, vivendo praticamente elevados em marombas (que são alteamentos do piso de madeira das casas acima do nível das águas), sem ter a tranquilidade e a segurança normais do sagrado recanto do seu lar, agora disputado pelas águas e por todo tipo de animais.

Precisamos avançar um pouco mais, fazendo coisas realmente relevantes para ajudar aos que sofrem. Vamos fazer a grande diferença em toda essa situação. Você certamente não pode visitar esses lugares, mas pode enviar a sua generosa contribuição financeira aos ribeirinhos flagelados.

Faça a sua doação pelas seguintes contas:

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL: Agência 1043, Op. 003, C/C 900109-5

ITAÚ: Agência 0686, C/C 27611-4

Se preferir contatar o S.O.S Alagados, ligue (92) 3614-0029.

Sua doação fará uma enorme diferença. Mas não se preocupe, os recursos realmente chegarão aos que sofrem e precisam de ajuda. As contas serão auditadas e prestaremos relatório público do uso de todos os recursos auferidos pelo programa S.O.S Alagados, do qual você agora faz parte.

O Senhor Jesus recompense a todos os que, generosamente e com alegria, abrirem os seus corações em ofertar quantias que realmente farão uma grande diferença na vida daquelas pessoas que agora sofrem o infortúnio dessa portentosa enchente.

Muito obrigado a todos!

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

sábado, 19 de maio de 2012

A diferença entre ser e parecer

Na Roma republicana, os mistérios anuais da “boa deusa”, que somente mulheres podiam ver, tinham lugar na residência oficial do ditador Júlio César, sob a presidência de sua esposa Pompeia. Um jovem nobre devasso, de nome Publius Clodius compareceu à reunião disfarçado de mulher. Parecia que ele tentava um caso com Pompeia, mas é possível que tivesse ido apenas para satisfazer sua curiosidade. Publius foi reconhecido e o resultado se tornou dos mais escandalosos, porque os senadores da comissão de inquérito pensavam que, por fim, poderiam descobrir o que suas esposas faziam nesse festival.
 
César divorciou-se de Pompeia imediatamente e mandou-a de volta para sua família sem explicação nem desculpa, como era direito de todo marido romano. Mas perante a comissão senatorial ele protestou que não havia provas a dar, pois naquela noite cerimonial estivera ausente de casa, como qualquer homem deveria estar. Um senador perguntou-lhe por que, nesse caso, se divorciara de sua esposa. E César deu sua célebre resposta: “À mulher de César não basta ser honesta, é preciso também parecer honesta”.
Para César, no mundo das relações públicas, era necessário evitar a aparência do mal, pois esta, quando estabelecida, poderia causar muito maior dano que o próprio mal. A razão é simples. O mal, uma vez ocorrido, é um fato, fala por si só, por mais abjeto e danoso que seja. A aparência do mal, por ser apenas uma miragem, pode dar ênfase a várias interpretações e mexericos. Assim, portanto, não bastava apenas ser, era preciso também parecer; e uma coisa não devia andar sem a outra.
 
O problema da relação entre ser e parecer, no entanto, tem uma outra faceta, igualmente importante de ser notada. Digamos, é o outro lado da moeda. Isto acontece quando o que se aparenta ser é uma coisa totalmente diversa do que se é realmente. É o “efeito denorex”, que “parece, mas não é”. Por exemplo, um político corrupto contumaz, nas mãos de um marqueteiro, tenta parecer um santo e salvador da pátria.
 
Quanto ao primeiro caso, há inegavelmente um sem número de cidadãos que levam a vida de modo correto, evitam a todo custo a aparência do mal, tentam viver de um modo socialmente impecável. Essas pessoas, em geral, não são notícia; vivem na discrição do anonimato. Na outra ponta, lugar comum na mídia, estão aqueles que vivem uma coisa em privado, mas tentam nos fazer crer em outra em público.
 
O mundo político brasileiro está cheio de exemplos dos que dão mais valor à aparência que ao fato do ser. Uma candidata a prefeita, numa eleição, chamou um candidato de nefasto. Na eleição seguinte, por estar em posição desfavorável, se aliou ao mesmo. Bem, se nefasto fosse um elogio, não haveria o que questionar. Mas não é. Uma pessoa nefasta é alguém “trágico, sinistro, de mau agouro; é quem causa desgraça”. Assim também, partidos políticos historicamente antagônicos, nos últimos tempos, costumam se aliar para tirar vantagens eleitorais momentâneas; ou fazem acordos espúrios em troca de cargos.
 
As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), outrora recheadas de credibilidade, carregam também o seu quinhão de desconfiança. Embora não tenha sido uma criação tupiniquim, o instrumento da CPI teve aqui um largo aprimoramento institucional. Ajudou a derrubar um presidente acusado de corrupção, ajudou na limpeza do Congresso de deputados e senadores envolvidos em falcatruas orçamentárias. Agora, porém, parece servir a alguns parlamentares para fins unicamente de defender interesses próprios, numa “cachoeira” de chantagens, achaques, intimidações, denuncismo, em vez de continuarem a defender a causa pública.  
 
Uma instituição que se diz séria precisa também parecer séria. Por isso se utiliza do instrumento da publicidade para exaltar sua imagem e produtos, quer sejam serviços ou bens de consumo. Quando a imagem não corresponde ao produto, geralmente a própria instituição cai em descrédito.
 
É assim também com uma pessoa física. Seu maior produto é o caráter. Quando suas atitudes não correspondem à imagem ostentada, a pessoa cai em desonra. E quando insiste em parecer o que não é, cabe-lhe finalmente a pecha de hipócrita.
 
Jesus se insurgiu muitas vezes duramente contra os fariseus hipócritas, pois estes pareciam ser honestos e justos e santos, mas eram tão somente “sepulcros caiados”. Ora, ainda hoje, a sociedade deplora a atitude de líderes religiosos que pregam uma coisa e vivem outra. Espera-se que o produto corresponda ao caráter, pois é fácil saber a diferença entre ser e parecer.
 
César tinha razão num ponto. De fato, não basta ser honesto, é preciso também parecer honesto. O equilíbrio nesse quesito é que dá a um povo dignidade e força para continuar lutando pelo bem, sem desvanecer ou entregar os pontos, sem desanimar da virtude ou rir-se da honra, sem ter vergonha de ser honesto ou deixar de lutar para ser e parecer verdadeiro.


Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

sábado, 12 de maio de 2012

Toda mãe é uma Rosa

Era uma vez uma mãe chamada Rosa. Depois de haver criado os próprios filhos e ajudado a criar os netos, Rosa voltou para a faculdade em busca de cumprir um antigo e acalentado sonho.

No primeiro dia de aula, lá estava ela, ostentando um lindo sorriso no rosto enrugado, do alto de seus oitenta e sete anos de experiência de vida. Perguntada sobre o que a havia motivado a esse desafio, nessa idade, em meio a tantos jovens, ela disse simplesmente: “Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário. Como usei todo o meu tempo tentando ser a melhor mãe para os meus filhos, só agora estou tendo essa oportunidade!”.

No decurso de um ano, Rosa tornou-se um ícone no campus universitário e fazia amigos facilmente. Aonde quer que fosse, os outros alunos procuravam lhe dar atenção. No fim do semestre, Rosa foi convidada para falar no banquete do time de futebol. O que ela disse ficou marcado indelevelmente no coração dos estudantes. Quando se aproximou da plataforma e começou a ler o discurso, algumas folhas caíram no chão. Frustrada e embaraçada, ela pegou o microfone e falou simplesmente: “Desculpem-me, estou muito nervosa! Eu não conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então vou apenas falar a vocês sobre o que sei a respeito da vida”.

Enquanto os alunos sorriam, ela pigarreou e recomeçou sua fala: “Nós não paramos de lutar porque ficamos velhos; nos tornamos velhos porque paramos de lutar. Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguir sucesso na vida. Primeiro, você precisa rir e encontrar humor em cada dia. Segundo, você precisa ter um sonho. Quando você perde seus sonhos, morre. Há tantas pessoas caminhando por aí que estão “mortas” e nem desconfiam! Terceiro, há uma enorme diferença entre envelhecer e crescer. Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, ficará com vinte anos. Qualquer um, mais cedo ou mais tarde ficará mais velho. Isso não exige talento nem habilidade, é uma consequência natural da vida. A ideia é crescer através das oportunidades. E por último, não tenha remorsos, entregue suas culpas a Deus. Geralmente, os velhos se arrependem muito mais pelo que deixaram de fazer do que pelo que fizeram. As únicas pessoas que têm medo da morte são as que guardam remorsos”.

Rosa, então, desafiou cada jovem a dar o melhor de si, a estudar poesia e vivê-la na vida diária. Enfim, Rosa terminou a faculdade que começara há alguns anos. Uma semana após a formatura, Rosa morreu dormindo tranquilamente em seu leito. Ela ensinara, através do seu exemplo, que nunca é tarde demais para lutar por aquilo que se quer ser, se realmente o desejarmos e pagarmos o preço para alcançar a nossa meta.

Não sei se Rosa existiu de fato, ou se essa história é apenas uma parábola. Porém, sua história, pode servir como ilustração do que anda pelo coração de tantas mulheres que, por serem mães extremadas e zelosas pelo bem estar de seus filhos, se sacrificaram a vida toda e deixaram seus sonhos de lado. Rosa é uma mãe que serve de exemplo para qualquer mulher que jamais desistiu de lutar por seus sonhos, mesmo aqueles simplesmente distantes ou aparentemente inatingíveis.

Nesse Dia das Mães, todos nós que somos filhos temos uma ótima oportunidade para pensar sobre a importância e o respeito devidos às mães, não somente em um dia específico e solitário, mas em todo o tempo. O popular ditado “mãe é uma só” lembra que cada filho tem de tratar a sua mãe como se fora uma “Rosa” única e rara, e, portanto, de inestimável valor.

Sabemos que a palavra mãe, pela sua natureza e propósito, pode ser usada como sinônima de muitas outras. Ser mãe é cuidar, é educar, é preparar para a vida; é dar segurança e conforto e afeto. Sacrifício, dedicação, cuidado, abnegação, são palavras que andam sempre ao lado do sagrado ofício de ser mãe.

E quanto sacrifício há! Muitas mães deixam de lado o seu próprio futuro para dar aos filhos uma oportunidade de melhor preparo para enfrentarem a vida. Muitas enterram os seus sonhos. Outras, só muito mais tarde, quando o peso da idade já não ajuda, é que procuram, numa nova atividade, dar um pouco de sentido ao resto de seus dias. Porque toda boa mãe é uma Rosa.

A minha mensagem às mães é que jamais desistam de seus sonhos, quaisquer que sejam; jamais deixem de tentar. A sagrada tarefa de educar filhos para a vida pode ser a maior de todas, mas a vida continua. Lembrem-se: Jesus veio para que todos (inclusive as mães) tenham vida abundante.

Deus abençoe todas as mães!

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

domingo, 6 de maio de 2012

Entre hipócritas e sábios

Cícero, reconhecidamente o maior orador de todos os tempos, tinha “a mais fluente língua da história humana”. Sua desgraça foi tentar ser filósofo e político ao mesmo tempo. Como filósofo, via geralmente os vários lados de uma questão. Como político, era forçado a tomar partido de um só lado. Assim, não sabendo que lado tomar, dissimulava. O problema foi saber se, na guerra civil romana, tomaria o partido de Pompeu ou de César. Incapaz de tomar uma decisão coerente, proferiu brilhantes discursos, ora em favor de um, ora em favor de outro. Sua hipocrisia lhe fez ganhar dois inimigos.

O filósofo grego Hegesias, em sua busca tateante da verdade, concluiu que a vida era um engano trágico, e a morte, o dom supremo. Por isso, dedicou sua vida à pregação do ideal da morte, organizando clubes de suicidas e induzindo muitos jovens ao suicídio. Quanto a ele mesmo, viveu até a idade de oitenta anos. Quando lhe perguntavam por que não praticava o que pregava, ele dissimulava e dizia que, se morresse, ninguém tomaria o seu lugar para ensinar o prazer da morte. Era um hipócrita.

Eis, acima, dois exemplos de hipócritas clássicos. O que define um hipócrita tem raízes históricas. O termo vem do teatro grego, cujos atores representavam com uma “hypokrités” ou máscara. Por definição, o hipócrita é um impostor, alguém que  finge e simula; é um falso. Sua máxima é: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Assim, em toda falsa devoção há um hipócrita de plantão.

Dizem que só havia um tipo de homem que Sócrates odiava: o hipócrita. Ele tinha prazer em denunciar os que diziam uma coisa mas viviam outra, e especialmente aqueles que pretendiam ser sábios, quando não passavam de tolos. Ninguém aborrecia mais a Jesus que os fariseus hipócritas. Por isso, Jesus orientava as pessoas que não fossem como os tais, que viviam da mera aparência religiosa e cuja devoção objetivava apenas a serem vistos e louvados pelos homens.

Não há sabedoria na hipocrisia. O sábio não pode ser hipócrita, nem o hipócrita pode ser sábio. De fato, penso que ninguém aprecia os hipócritas e cada um de nós, de alguma forma, gostaria de ser sábio. O hipócrita nem é tão esperto quanto imagina. Por isso, também devemos olhá-lo com olhos de suspeita e procurar ouvir o sábio com atenção. Porque a vida e a felicidade podem depender disso.

O povo brasileiro parece ter se acostumado com a hipocrisia da classe política, principalmente em tempos de funcionamento de CPI para apurar atos de corrupção. Prometem apurar tudo, expor os ilícitos e punir os culpados, mas jamais conseguem se livrar da pecha de que tudo “termina em pizza”.

Por ocasião da instalação da CPI no Congresso Nacional para investigar o bicheiro Carlinhos Cachoeira, quando foi divulgada a lista dos parlamentares integrantes da mesma, soubemos pela imprensa que o bicheiro em questão, ao tomar conhecimento dos nomes que o investigariam, soltou uma sonora gargalhada. Quanta sabedoria ou hipocrisia esconde uma gargalhada dessa? Que mensagem esse riso solto está enviando ao povo brasileiro?

Noutra ponta, as promessas proferidas por políticos, principalmente em tempos de campanha eleitoral, já fazem parte da cultura da hipocrisia. Geralmente não nos surpreendemos mais em ouvir que o “sim” de alguns sobre um assunto se transformou depois em “não” sobre o mesmo assunto, como se fosse possível uma mesma fonte jorrar água doce e salgada.

Muito melhor é ser sábio. Do latim sapidu, ou “o que tem sabor”, refere-se a pessoas que são ajuizadas e prudentes. Em um sentido mais amplo, o sábio é erudito, versado; é aquele que tem sabedoria. Portanto, compete ao político ser sábio em suas propostas; e importa ao eleitor ser sábio em suas escolhas.

Decerto, há dois tipos de homens: o sábio e o hipócrita. Sábio é aquele que trilha caminhos direitos, cujo sim é sim, cujo não é não. Tal como Jesus ensinou: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mt 5.37). O sábio, se erra, é honesto o suficiente para se arrepender e confessar que errou, sem esperar primeiro ser apanhado para, só depois, assumir seu erro.

O hipócrita diz sim e não, dissimuladamente; só confessa malfeitoria quando é descoberto. Do político ao bandido comum, essa tem sido uma imagem normal na vida nacional: pessoas chorando diante das câmeras, não de arrependimento, mas de remorso, tão somente porque foram pegas nas suas hipocrisias.

Cada pessoa tem de decidir se deseja viver entre os  hipócritas ou entre os sábios, pois seu futuro pode depender disso. “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau” (Pv 13.20).

O princípio da sabedoria consiste em temer a Deus e andar segundo a Sua Palavra, não pela esperteza humana. Ande com os sábios.

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém