segunda-feira, 4 de junho de 2007

Você já orou a respeito?

Um pregador itinerante tinha o hábito de hospedar-se com as mesmas famílias. Na casa de uma dessas famílias, num sítio, havia um pequeno dormitório no andar de cima, sempre à sua espera. Numa de suas visitas, ele estava a enfrentar um sério problema, que lhe pesava no coração. Enquanto subia as escadas, chegando ao quarto, deu de frente com uma plaquinha na parede, que dizia: “Você já orou a respeito?”
Ofegante, tanto física quanto espiritualmente, ele teve de admitir que ainda não havia orado a respeito do seu problema. Tudo o que havia feito era se debater em intermináveis preocupações e aumentado a sua ansiedade. Ali mesmo, ele se ajoelhou e falou com Deus sobre aquele problema, colocando-o nas mãos do Senhor.
Ele teve de admitir também que, ao invés de não andar ansioso por coisa alguma, como ensinara Jesus, ele havia se tornado ansioso em tudo; ao contrário de orar sobre tudo, não havia orado por coisa alguma. Mas agora, através da oração, disse ele, “minha pesada carga de preocupação passou a ser de Deus e Seu leve fardo de paz se tornou meu”.
Todo tempo é tempo de orar. Paulo ensinou: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4.6).
Paulo também ensinou: “Orai sem cessar”. Ele, igualmente, nos orientou a orar “em todas as oportunidades” (1 Ts 5.17; Ef 6.18). Mas, quando não oramos, que mensagem estamos a passar, para nós e para Deus?
Em seu livro A Tirania do Urgente, Charles Hummel argumenta que, quando não oramos, “estamos dizendo com nossas ações, se não com os próprios lábios, que não precisamos de Deus”.
Enquanto viveu aqui, Jesus nos ensinou a importância da oração. Os evangelhos registram cerca de vinte vezes que Jesus orou ao Pai celeste, em diferentes circunstâncias: por ocasião do seu batismo; durante pequenas pausas em Seu ministério; antes de ressuscitar Lázaro (Lc 3.21; 6.21; Jo 11.41). Ele também orou por diversas razões: em busca de direção; para expressar o Seu desejo de fazer a vontade do Pai; para agradecer pela comida (Lc 6.12; Mt 26.39; Jo 6.11).
Aqui estava o Filho de Deus, em quem “habita corporalmente toda a plenitude da Divindade”, voltando-se para o Pai em oração. Mesmo não sendo fácil compreender isto, há uma lição que pode ser apreendida: se Jesus precisava orar para cumprir a Sua missão, quanto mais nós precisamos orar!
Orar é, basicamente, se comunicar com Deus. E a comunicação é vital para qualquer relacionamento: pais e filhos, marido e mulher, patrão e empregado, treinador e atleta. E mais importante do que tudo, a comunicação com Deus é vital para todos aqueles que o amam. E todos nós, não menos do que Jesus, precisamos muito da ajuda de Deus.
O Senhor Deus, em Sua Palavra, nos revela que está disponível para nos ajudar em todas as nossas necessidades. Mas precisamos entender que o fator decisivo em como carregamos as nossas cargas está em nossa resposta à pergunta daquela plaquinha: Você já orou a respeito?
Sendo assim, pense no que enfrentará hoje ou amanhã. E se você quiser saber o que faria Jesus em seu lugar, baseado em Seu exemplo de vida, você pode ter certeza de que Ele oraria primeiro.


Pastor Samuel Câmara
Pastor da Igreja Mãe das Assembléias de Deus em Belém - Pará
Presidente da Rede Boas Novas