sábado, 12 de dezembro de 2009

O que torna um Natal ruim

Com a turbulência financeira mundial que se iniciou em setembro de 2008 com a concordata do banco Lehman Brothers, empresa global de serviços financeiros sediada em Nova York, em todo o mundo falava-se que teríamos “um Natal ruim este ano”. Isso significava simplesmente que as vendas nas lojas de varejo podiam cair abruptamente durante a próxima estação de compras.

Passada a crise, a notícia mudou: “Teremos um Natal bom”. Ou seja, as vendas serão percentualmente maiores do que no fim de ano anterior à crise. Para os veículos noticiosos, é isso que torna o Natal “ruim” ou “bom”. Mas isso é apenas “notícia”. Muitas companhias precisam do frenesi consumista de final de ano para se manterem financeiramente estáveis. É disso que é feito o capitalismo.

Contudo, é estranho que se noticie um Natal “ruim”, mesmo que isso se refira a um simples movimento reduzido de venda. Como a celebração do nascimento do Salvador do mundo, o Messias, o Filho de Deus, poderia algum dia ser ruim?

Antes mesmo antes de Jesus nascer, a alegria em torno do que ainda era uma promessa em andamento se fez notória para duas mulheres. Maria fora visitar sua parenta Isabel, que também estava grávida e, assim que falou com ela, algo extraordinário aconteceu:

“Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim” (Lc 1.41-44).

O fato é que havia uma inspirada empolgação no ar para aquelas que conheciam a verdadeira identidade do bebê que Maria carregava no ventre.

Assim que Jesus nasceu, alguns pastores guardavam o seu rebanho, quando um anjo lhes apareceu e disse: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10-14).

Quando Jesus foi levado a Jerusalém para ser apresentado no templo, um homem chamado Simeão estava lá, pois fora revelado que não morreria “antes de ver o Cristo do Senhor”. Assim que viu o menino, “Simeão tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel” (Lc 2.25-32).

Naquela hora, até mesmo uma viúva bem idosa “dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”. Sempre havia alegria em função do nascimento de Jesus.

Agora, no tempo das coisas “politicamente corretas”, alguns anunciantes até evitam a palavra Natal em suas peças publicitárias e a trocam por “Boas Festas”, para não ofenderem as pessoas de outras religiões.

Como chegamos a este estado de coisas? Como se desvirtuou absurdamente a festividade do nascimento do Salvador do mundo?

Decorações esmeradas, árvores enfeitadas, vitrines bem ornamentadas, luzes e cores variadas, presentes bem empacotados, e no meio de tudo isso uma figura simpática chamada Papai Noel. Mas onde está Aquele que é o motivo e a razão da Festa? Por que o Seu nome é evitado?

O Natal, para ser digno desse nome, precisa rememorar a encarnação do Verbo divino, o nascimento do Filho de Deus, como um presente de Deus, nos propiciando uma tão grande salvação, como está escrito: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

O que faz um Natal ruim é negar isto. E Jesus deixou bem claro: “Aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.33).

Sendo assim, lembre-se de Jesus, o Salvador, e tenha um Feliz Natal!

Um comentário:

Terra de Gigantes disse...

Paz do Senhor Pastor Samuel.
Como sempre seus artigos são claros e precisos.
Deus continue lhe abençoando.
Eduardo Leandro Alves