Durante a Segunda Guerra Mundial, submarinos alemães estavam afundando navios mercantis americanos, que viajavam rumo à Europa com materiais de guerra. O governo americano estava se tornando desesperado tentando encontrar meios para parar essa perda. Eles solicitaram sugestões de empregados governamentais e do público em geral.
Um homem propôs uma solução interessante. “Somente temos de aquecer a água do Oceano Atlântico para 100 graus Celsius”, ele disse, “e, quando os submarinos aparecerem, podemos interceptá-los um a um com os navios na superfície, ou bombardeá-los”. Um funcionário governamental comentou: “Isso é uma grande solução. Mas como aqueceremos a água do oceano desse tanto?”
“Não me pergunte” – disse o homem. “Eu apenas faço plano de ação; não o levo a cabo”.
Essa história bizarra nos leva à reflexão de que, para grandes desafios, há sempre aqueles que preferirão soluções simplistas. Não custa nada falar. Esquecem-se que a maioria dos problemas e conflitos geralmente advém de uma mente estreita aliada a uma boca grande.
Tem gente que pensa em coisas grandiosas (como evangelizar o mundo rapidamente), mas, infelizmente, não diz como isto poderia ser realizado eficazmente. Por isso é que existe planejamento estratégico. O próprio Jesus, quando enviou Seus discípulos a evangelizar o mundo, não ofereceu um projeto planificado, pois deixou que cada geração descobrisse seus próprios desafios e recolhesse seus próprios recursos para fazer-lhes frente nessa sempre árdua tarefa.
Agora que estamos caminhando a passos largos para o Centenário da Assembleia de Deus, temos isso como um grande desafio para superarmos. Certamente precisamos de grandes ideias, pois um ideal, quanto mais elevado, de mais elevadas ideias necessita. Mas dispensamos as ideias mirabolantes e impraticáveis.
Temos alvos bem específicos para o Centenário. Sabemos que “quem não sabe para onde vai, qualquer caminho leva, e não chega nunca”. Como Paulo, podemos dizer: “Prosseguimos para o alvo”. E também: “Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus”.
E quais são os nossos alvos para o Centenário? Em assembleia geral da Igreja em Belém, decidimos que, até ao Centenário, queremos atingir os seguintes objetivos:
1) 20.000 decisões por Cristo; 10.000 batizados em águas e no Espírito Santo; 2) 100 templos e 1.000 núcleos missionários; 3) 500.000 Kg de alimentos distribuídos pela Missão contra a fome; 4) Avenida Centenário, Museu Nacional e Ginásio Centenário; 5) Festa do Centenário.
De todos os ângulos que possamos enxergar esse enorme desafio, podemos inferir que é humanamente impossível atingir todos esses alvos. Mas quem está dizendo que isso é obra de homens? Ora, se esta Igreja não tivesse começado como obra de Deus, e não mantivesse isso, como teríamos chegado até aqui? Lembremo-nos dos humildes começos e das grandes soluções de Deus ao longo da História.
Temos por certo que essa não é uma batalha humana, é espiritual. Não temos inimigos no plano humano, nem políticos, nem governos que nos ignoram. Sabemos que “a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12). Por isso, precisamos que todos orem com empenho, para que a vitória seja finalmente estabelecida. Essa obra Deus construirá conosco, não à parte de nós.
Cada um arregace as mangas, faça a sua parte, use os seus talentos, exerça os seus dons, de modo que andemos juntos na suficiência e força de Deus. Finanças nunca foi problema para Deus, que é o “Dono da prata e do ouro”. Por isso, “cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2 Co 8.7).
E por quê? Porque “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra”.
Tenho orado para Deus levantar as pessoas certas para os lugares certos. Não queremos “jabutis em cima de árvores”. Sabemos que o corpo de Cristo tem dons e talentos suficientes “para toda boa obra que o Pai preparou para que de antemão andássemos nelas” (Ef 2.10).
Tudo o que queremos saber agora é onde estão aqueles que o Senhor Deus chamou e levantou para, conosco, efetivar essa grande obra, para honra e glória do Seu Santo Nome.
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br/
3 comentários:
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Em poucas décadas, a Assembléia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. As Assembléia de Deus se expandiram pelo Estado do Pará, alcançaram o Amazonas, propagaram-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. ESTÁ NO BLOG DO PASTOR JW JUNIOR, TEM QUE RECONHECER QUE NÃO HÁ OUTRO LUGAR PARA FESTEJAR, TEM QUE SER EM BELÉM DO PARÁ ONDE TUDO COMEÇOU!
Mas o nobre projeta coisas nobres, e em sua nobreza persistirá. is 32:8
Admiro Grandissimamente o trabalho e amor que essa igreja tem, mesmo não sendo assembleiano, reconheço quao nobre obra, essa denominação fez em nossa naçao.
Sem mais...
Muito nobre..
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