sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sua Dívida: Impagável ou Quitada?

Há muitos anos, um jornal americano relatou que um empresário do estado de Utah tinha declarado falência, informando que suas dívidas somavam a quantia de 613 bilhões de dólares. Que dívida! Ao mesmo tempo absurda e inacreditável! Ele também declarou que todos os seus bens somavam apenas um pouco mais de 7 mil dólares. Ele estava num “beco sem saída”.

Em outras palavras, seus credores receberiam apenas uma porcentagem ínfima da dívida declarada. Não havia nenhum meio de ele escalonar o pagamento das suas contas, nem extinguir as suas dívidas. Uma situação desesperadora, tal como Jesus retratou em uma de suas parábolas há dois mil anos.

Ao ensinar sobre o verdadeiro sentido do perdão, Jesus fala que o reino dos céus é “semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos”. Assim, trouxeram um que lhe devia dez mil talentos. Como um talento correspondia a 6 mil denários, o servo devia ao rei 60 milhões de denários. Um denário era o salário de um dia de trabalho. Atualizando as contas a partir do salário de uma diarista (R$ 30,00), a dívida correspondia, em valores de hoje, a R$ 1,8 bilhão de reais. Impagável!

Como ele não tinha com que pagar, o rei ordenou que fossem vendidos ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para saldar a dívida. O servo se prostrou reverente e rogou: “Sê paciente comigo, e tudo te pagarei”. O coração do rei encheu-se de compaixão e o mandou embora, perdoando-lhe a dívida.

Acontece que esse servo era mau e, na saída, encontrou um amigo que lhe devia cem denários (ou R$ 3 mil reais), o oprimiu e cobrou a dívida. Não tendo esse com que pagar, caiu-lhe aos pés e implorou: “Sê paciente comigo, e te pagarei”. Ele não lhe deu ouvidos; antes, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Ora, como podia alguém pagar a dívida estando preso?

Os seus companheiros viram o que se havia passado e, tristes, relataram ao rei o ocorrido. Então o rei mandou chamar o “servo malvado” e o repreendeu, dizendo: “Perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do outro, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida”.

Jesus concluiu: “Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão” (Mt 18.15-35). Para Jesus, se somos livres porque fomos perdoados, se alguém nos deve, também devemos perdoar.

A partir dessas duas histórias semelhantes, seria demais dizer que essa é sensação que nos atinge de cheio quanto à nossa situação em relação a Deus? Como posso ao menos tentar pagar a dívida que tenho para com Ele? Se eu pensar nos meus recursos pessoais, a situação fica totalmente fora de controle, sem nenhuma esperança. Se eu pensar na exigência da Justiça perfeita de Deus, o único sentimento que me resta é de quedar-me completamente aterrorizado; a única razão que me sobra é de achar-me totalmente falido.

É nesse ponto que entra a obra que Jesus realizou na cruz do Calvário, onde derramou o Seu sangue precioso e puro para pagar totalmente a minha dívida. Ele perdoou completamente os meus pecados, reverteu a minha insolvência, suspendeu a minha falência espiritual. E mais: concedeu-me um crédito eterno diante do Pai.
Agora, eu sou livre para buscar um relacionamento com Deus; perdoado, sou também livre para perdoar. Não preciso barganhar com Deus, só ser grato pela sua generosidade e graça concedidas através de Cristo.

Jesus, “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (Cl 2.14).

Ora, a lei de Deus nos declarou espiritualmente falidos. Mas a nossa dívida, impagável pelos nossos próprios recursos, foi completamente paga por Jesus. O escrito da dívida foi apagado. Agora estamos livres!
No Carnaval, duas coisas podem acontecer: você pode continuar pecando e aumentar mais ainda o seu saldo devedor; ou entrega a vida a Jesus, recebe o perdão de sua dívida e fica livre para sempre.

Qual a sua escolha?


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br/

2 comentários:

Wander Fernandes disse...

NÃO DESISTA DA ASS. DE DEUS!
DEUS PRECISA DE TI NA CGADB]

Wander Fernandes disse...

Rev. Samuel Camara,

Assisti um video na internet onde mencionou-se sua saída da AD para fundar uma nova igreja.
Particularmente espero que seja apenas um boato, pois Deus precisa de sua presença corajosa e pró-ativa na CGADB, para um novo começo em santidade, onde os grandes dinossauros déspotas, que sentem-se donos da denominação possam deixar de reinar e toda essa politicagem suja, disfarçada de santidade possa ser exposta e anulada.
Por favor, não desista! Precisamos de uma liderança que não deseje o poder temporal, e que também não mantenha a igreja na ignorância teológica e convenientemente servil, uma igreja que valorize a experiência pentecostal clássica, e que abandone todo legalismo hipócrita reinante.
Continue! Deus é soberano, e agindo Ele, quem impedirá?
É uma questão de tempo... espere!
Deus te abençoe,
Paz e bem!