A cada ano, temos renovado o ensejo
para pensar no nascimento de Jesus, quando comemoramos o Natal. Embora Jesus
não seja lembrado por muitos, nem mesmo esteja presente em várias dessas festas
natalinas, o Seu nascimento incluiu uma variedade de pessoas, as quais tomaram
parte naquele maravilhoso evento: os trabalhadores nas pessoas dos pastores, os
aposentados nas pessoas dos idosos Simeão e Ana, as mulheres na pessoa de
Maria, e especialmente, as crianças na pessoa do próprio menino Jesus.
Dentre os que foram incluídos no
grande drama do Natal, gostaríamos de ressaltar especialmente as crianças. Jesus veio ao mundo como
uma criancinha: delicada, fraca e carente de cuidados. No tempo devido, começou
a falar e a andar, tendo também de aprender todas as coisas inerentes à vida. É
necessário, pois, que ensinemos nossas crianças acerca do nascimento de Jesus e
da Salvação que Ele realizou, para que compreendam com exatidão os fatos
relacionados ao Natal. Uma vez que Jesus mesmo falou que o Reino de Deus — com
tudo que lhe é inerente, inclusive Seu Rei — pertence a todas as crianças, o
Natal de Jesus também inclui as crianças!
Falemos
também dos pobres. Vale
ressaltar que Jesus não fez uma opção preferencial pelos pobres, nem tampouco
excluiu os ricos, como tem sido repetido por muitos; a sua opção foi pelos
pecadores, pois Ele veio “buscar e salvar o que se havia perdido”. Contudo, Ele
tinha um cuidado especial com os pobres, andava entre eles, cuidava deles e os
ajudava em suas necessidades. Não se pode negar, porém, que o Natal normalmente
exclui os pobres, devido à ostentação movida pela gana comercial que se
instalou na festividade.
Sabemos que o verdadeiro espírito natalino
não consiste no valor dos presentes que compramos e, sim, na possessão gratuita
das grandes e benditas dádivas de Deus, principalmente a bênção da Salvação. Todos
podem ter parte nesta festa, não importa sua condição social. Por isso, o Natal
de Jesus inclui também os pobres.
Todavia,
os ricos não foram
excluídos do Natal, como alguns poderiam pensar. Os magos do Oriente não eram somente
sábios, eram também ricos. “Prostrando-se, o
adoraram; e, abrindo os seus tesouros,
entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra” (Mt 2.11). As suas preciosas
ofertas foram aceitas, mas certamente não foram mais aceitáveis do que as de quaisquer
outros. A verdade implícita é que os ricos também devem se voltar para Cristo e
adorá-lo, pois o Natal de Jesus também os inclui.
O Natal de
Jesus inclui também os desafortunados.
Isso abrange os doentes e solitários, os esquecidos e infelizes, os sem vez e
sem história, os sem nome e sem identidade, os sem terra e os sem teto. A vinda
de Jesus mudou não somente a ordem das coisas, mas também a maneira de cuidar
das pessoas.
Se Jesus não tivesse nascido,
possivelmente não haveria tantos hospitais, embora com certeza haveria maior
número de doentes. Isto é resultado do amor e da “boa vontade de Deus para com
os homens” predita no Seu nascimento. Isto tem despertado em nossos corações o
cuidado pelos desafortunados e sofredores.
Não haveria, igualmente, orfanatos para
crianças e abrigos para velhos se Jesus não tivesse vindo. Essas ações
assistenciais surgiram com o advento missionário de levar o amor e a salvação
de Jesus Cristo aos povos desafortunados do mundo inteiro.
Em muitos lugares onde Jesus não é
conhecido, ainda hoje, as crianças são encontradas mortas nas ruas pelas manhãs,
as pessoas muito velhas são atiradas de cima dos despenhadeiros e morrem
despedaçadas, ou são enviadas às florestas para serem comidas pelas feras.
Jesus pode se identificar com os
desafortunados de todas as espécies porque era “amigo de publicanos e
pecadores”, viveu como refugiado quando criança, consolou os tristes, curou os
doentes, amou e serviu a todos os desafortunados, aos quais também o Natal de Jesus
inclui.
O Natal de
Jesus é inclusivo, pertence a todos. Isto
inclui todas as pessoas de todas as idades e condições sociais. Jesus Cristo
foi enviado para toda a humanidade, não apenas como benfeitor social, mas principalmente
como Salvador. Ele mesmo disse: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
A maior marca do Natal deve ser um
coração grato a Deus por tão grande e generoso presente que nos foi dado:
Jesus! Pense: mesmo tendo nascido há dois mil anos, Jesus pensou em você. Definitivamente,
o Natal de Jesus incluiu você!
Porém, o Natal pode ser muito mais
significativo, se Jesus nascer também no seu coração e mudar a sua vida,
dando-lhe de graça o perdão dos pecados e a salvação de sua alma. Feliz Natal!
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