sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O final feliz dos vencedores

O compositor Giuseppe Verdi, filho de pai taberneiro e mãe fiadora, enfrentou muitas adversidades até ser reconhecido como mestre da composição dramática. Embora tenha começado a compor aos nove anos de idade, sua carreira não começou com tanto sucesso. Foi somente no fim da vida que esse reconhecimento lhe foi conferido. Quando jovem, foi rejeitado pelo Conservatório de Milão porque não possuía conhecimento e cultura necessários.


Com a morte súbita da esposa e, posteriormente, de seus dois filhos, Verdi entra em profunda depressão e decide abandonar a música para sempre. Após dois anos, emerge das sombras e recomeça a compor. Ele obteve tanto sucesso que a sua fama se espalhou pelo mundo. A escola que outrora o rejeitara teve o nome mudado para Conservatório Verdi de Música.


A história de Verdi reflete, em maior ou menor grau, a experiência de muitas pessoas que não se dobraram diante das adversidades, não abandonaram os seus sonhos e perseguiram tenazmente a sua meta de vida.

Não é incomum que enganos sejam cometidos a respeito de uma pessoa, achando que não vencerá na vida. Algumas vezes isso ocorre por ignorância, ou por puro ceticismo ou mera inveja.


Alguns, por causa da crítica ácida ou da rejeição temporária, são “abatidos em pelo vôo” e, por fim, desistem dos seus sonhos. Outros, por acreditarem que não poderiam viver sem “isso” ou fazendo algo diferente, insistem e vencem. O que de fato diferencia essas pessoas?


Penso que o que faz a diferença é a nossa resposta, se agimos ou reagimos. Quando reagimos, partimos dos estímulos, e não das nossas convicções interiores. Somos levados na enxurrada de emoções que esses estímulos facultam e a nossa estrutura interior é alterada para responder a esses estímulos.


Porém, quando agimos, partimos do que somos e não do que esses estímulos instam para que sejamos, e mantemos o senso de equilíbrio interior. Em função de sabermos o que somos e quais convicções próprias temos, recusamo-nos a retribuir injustiça com injustiça, incivilidade com incivilidade; vencemos, assim, o mal com o bem e nos mantemos senhores de nossa própria conduta.


Fico a pensar: o que aconteceria se Jesus tivesse assimilado passivamente a rejeição e dado ouvidos às críticas injustas que recebeu? Onde estaríamos e para onde andaria a humanidade?


Jesus foi rejeitado por Seus compatriotas porque estes não achavam que Ele tivesse instrução adequada ou que fosse de “boa família” (Mt 13.54-58). Mesmo tendo falado a verdade de forma poderosa e irrefutável, mesmo Suas obras maravilhosas tendo falado por si mesmas, Ele não recebeu o devido reconhecimento.


Pedro pediu que Ele desistisse, os fariseus tentaram pará-lo, os romanos o prenderam e o mataram. Mas Ele ressuscitou, Ele venceu! Por isso, os que colocam a fé em Cristo como Senhor e Salvador pessoal, participarão do grande dia em que todos o reconhecerão e se curvarão diante Dele e darão a devida honra ao Seu nome (Fp 2.9-11).


Porque Jesus não desistiu e venceu, nós podemos ser participantes de Sua vida, da salvação que Ele conquistou e também da Sua vitória para sempre (Ap 22.5). Mesmo que no começo pareçamos insignificantes, podemos olhar adiante para o glorioso final feliz dos vencedores.


Viva os seus sonhos, lute por eles! Nunca desista, faça a sua parte e seja um vencedor! E que Deus o abençoe!


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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