quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

ORAÇÃO SEM RESPOSTA, NUNCA MAIS

Não é difícil encontrar pessoas frustradas e entristecidas porque, mesmo tendo orado muitas vezes sobre determinado assunto, não obtiveram nenhuma resposta.

Embora oração seja um dos temas mais tratados na Bíblia, quer por ensinamentos diretos ou pelos exemplos na vida de vários servos de Deus, este ainda parece ser um dos assuntos mais controversos para não poucas pessoas.

A falta de resposta de oração pode ser resultado de vários fatores. Tiago indica que fazer um pedido com a motivação egoísta é uma das razões para não sermos atendidos: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tg 4.3).

A vida social em iniqüidade e também pecados pessoais não confessados são um sério empecilho à comunhão com Deus, cujo resultado é oração sem resposta: “Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço” (Is 1.15; Jr 14.12).

Um lar em desarmonia, o desrespeito do marido para com a esposa, o tratamento indigno entre ambos, tudo isto pode interromper as orações. É preciso viver em harmonia no lar “para que não se interrompam as vossas orações” (1 Pe 3.7).

Viver uma vida criteriosa (saber distinguir a verdade do erro, ter discernimento, circunspeção e prudência) e andar sobriamente (viver com moderação) coopera para o bem da oração: “Sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações” (1 Pe 4.7). Do contrário, o próprio “modus vivendi” do indivíduo trabalha contra suas orações.

Jesus ensinou que orar com hipocrisia no coração pode ter apenas a resposta de aplausos humanos: “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa” (Mt 6.5).

O apóstolo Paulo afirma que “não sabemos orar como convém” e que precisamos da assistência do Espírito Santo na oração (Rm 8.26).

Paulo também ensina que a dimensão da bênção de Deus em nossas vidas é total: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1.3).

O que ele está dizendo é que todas as bênçãos de Deus são nossas e estão à inteira disposição. Ele ensina também: “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele [em Jesus] o sim” (2 Co 1.20).

Então, por que nem sempre as orações são respondidas? Será que a oração está sendo feita de modo errado?

Uma razão para a falta de resposta é não sermos específicos na oração. Alguém pede a Deus: “Senhor, me abençoa”. Ou então: “Senhor, abençoa fulano”. Ora, Deus que saber: “Qual a bênção que você quer?”

Você dirá: “Qualquer uma”? De modo nenhum. No céu, todas as bênçãos têm nome. Por isso, seja sempre específico naquilo que pedir a Deus.

Por exemplo, quando Jesus estava saindo da cidade de Jericó, passou por um cego, que se pôs a clamar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”.

Jesus lhe faz uma pergunta: “Que queres que eu te faça?” O cego respondeu especificamente: “Mestre, que eu torne a ver”. Então Jesus o curou.

Repare bem que Jesus sabia claramente o que o cego precisava, mas este só recebeu a bênção quando foi específico, e não quando disse: “Tem compaixão de mim!”.

Jesus também ensinou que Deus tem prazer em suprir as nossas necessidades, embora tenha admitido que Deus, às vezes, “pareça demorado” em atender (Lc 18.7). Nesse caso, a aparente demora de Deus pode ser decorrente de ainda não estarmos prontos, ou que ainda não chegou o tempo.

Desse modo, se a sua oração continua sem resposta, mantenha a comunhão com o Senhor e fique firme na fé, pois no “tempo de Deus” a resposta virá.

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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