terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A Equação da Felicidade

Todo início de ano, muitas pessoas estabelecem novos alvos, fazem novas promessas, aceitam novos desafios, tudo em busca da tão sonhada felicidade. Talvez não exista uma única pessoa normal neste mundo que não queira ser feliz. Embora muitos nem saibam definir felicidade, buscam-na com avidez, como num jogo de “vale tudo”. Desse modo, outros tantos fazem simpatias, buscam orientações em horóscopos, procuram o conselho de gurus, seguem terapias as mais exóticas (cristais, pirâmides, águas coloridas, cromoterapias, metais magnetizados etc.), além de buscarem orientação espiritual numa multidão de religiões para todos os gostos.

Cedo ou tarde, algum cientista vai querer descobrir a existência de um gene responsável pela felicidade. Alguns psicólogos britânicos, contudo, alegam ter descoberto a fórmula da felicidade, que consistiria numa simples equação: “P + (5xE) + (3xA)”.

Definindo os termos: P corresponde a Pessoal (características da visão da vida, adaptabilidade e flexibilidade); E mede o que é Essencial ou Existencial (saúde, estabilidade financeira, amizades); e A representa as coisas que o entrevistado considera como “em Alta” em sua vida (autoestima, ambições, expectativas). É bem provável que muitos cheguem à conclusão, ao fazerem as contas, que felicidade é algo complicado e que não dá mesmo para ser feliz.

Inúmeras pessoas pensam que ser feliz é não ter problemas ou dificuldades na vida. Mais ou menos como uma vida boa, com muito dinheiro e prazeres, não tendo de dar duro, com os dias livres a se balançar numa rede à beira-mar. Se assim fosse, isto seria algo para bem poucos afortunados. Outros acham que a vida é só tristeza e que a felicidade é composta apenas de momentos escassos e fugidios, como diz a canção popular: “Tristeza não tem fim; felicidade, sim”.

Desse modo, se é possível ser feliz, em que consiste a felicidade?
Existe mesmo uma equação da felicidade que funcione?

Jesus não apontou, definitivamente, uma fórmula da felicidade. Mas o que Ele ensinou pode nos tornar felizes e de bem com a vida, a despeito de quaisquer problemas e dificuldades. Os princípios consistem em verdades simples e inteiramente aplicáveis. Ele nos fez saber a razão de sua vinda: “Eu vim buscar e salvar o que se havia perdido”. Isso inclui a todos: pobres e ricos, sábios e ignorantes.
Jesus morreu na cruz e carregou sobre Si mesmo os nossos pecados e também as nossas dores e enfermidades.

Essa é a garantia de que podemos nascer de novo (“nascer da água e do Espírito”), para termos plena comunhão com o único Deus e Criador dos céus e da terra, reatando os laços outrora quebrados pelo pecado. Na esplêndida vida que viveu, Jesus nos ensinou a ser fortes o bastante para sabermos o quanto somos fracos; ensinou-nos também a coragem para sabermos enfrentar a nós mesmos quando temos medo; a termos dignidade na derrota inevitável e humildade na vitória; a conhecer a Deus para que saibamos conhecer a nós mesmos.

Com Jesus aprendemos a viver de cabeça erguida sob a pressão e o aguilhão das dificuldades e dos obstáculos; a nos mantermos em pé durante as tempestades da vida; a ter compaixão dos fragilizados, dos sem-vez e sem-nome, dos sem-história e sem-dignidade. Ele nos ensinou a ter o coração puro e os ideais elevados; a dominar‑nos a nós mesmos em vez de procurar dominar os outros; a rir e a chorar, sem que uma coisa anule a outra.

Jesus nos ensinou a colocar os olhos no futuro, sem a necessidade de esquecer o passado, que também está em suas mãos; a ter compreensão para além das coisas meramente terrenas e passageiras, o bastante para que sejamos sérios, sem contudo nos levarmos demasiado a sério. Ele ensinou a virtude da humildade, pois assim podemos ter sempre em mente a simplicidade da verdadeira grandeza, a tolerância da verdadeira sabedoria e a humildade da verdadeira força. Enfim, nos ensinou que a nossa vida e o trabalho de nossas mãos, com Ele, jamais serão em vão, mas darão fruto para a vida eterna.

Um dos mais belos hinos cristãos foi fruto de uma tragédia pessoal na vida de dois devotados e piedosos missionários. Eles haviam acabado de perder duas filhas pequenas em um naufrágio. Ao retornarem para sua terra natal, de passagem pelo mesmo local do acidente, o saudoso pai compôs essa joia preciosa: “Se paz a mais doce me deres viver, se dor a mais forte sofrer; / Oh! Seja o que for, tu me fazes saber, que feliz com Jesus sempre sou. / Sou feliz com Jesus; sou feliz com Jesus, meu Senhor!”

Para quem tem Jesus na vida, a felicidade aqui é apenas o começo.
Felizes mesmo seremos quando estivermos para sempre com o Senhor Jesus no Céu.

Samuel Câmara

Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br

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