segunda-feira, 21 de maio de 2007

O maior Mandamento

Ao ser perguntado por um intérprete da Lei sobre qual seria o grande mandamento, Jesus lhe respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. E acrescentou que “este é o grande e primeiro mandamento” e que “o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Por fim, Ele afirmou que “destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22.35-40).

Obviamente, em resumindo toda a Lei a dois únicos mandamentos e colocando-a circunscrita à esfera do amor, Jesus estava dizendo que o amor a Deus impediria que alguém adorasse a outro deus ou trocasse o Senhor por ídolos; que o amor faria os filhos honrarem pais e mães; que o amor faria as pessoas se respeitarem e cuidarem umas das outras, e assim por diante.

No Monte Sinai, Deus havia estabelecido: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura... Não as adorarás, nem lhes darás culto” (Ex 20.3-5).

Assim, quando alguém, em vez de adorar a Deus “em espírito e em verdade”, adora a ídolos, dirige suas orações a imagens de escultura, o que fica claro é que essa pessoa, por mais religiosa que seja, não ama a Deus, não o respeita e não o honra.

O que muitas pessoas não atinam é que dirigir oração a um “santo” ou se prostrar diante de um ídolo é pecado contra Deus. O apóstolo Pedro sabia disso. Quando de sua visita à casa do centurião romano Cornélio, por ordem de Jesus, ocorreu uma cena chocante. “Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem” (At 10.24-26).

Os apóstolos Paulo e Barnabé também o sabiam. Quando estiveram em Listra e se depararam com um paralítico de nascença, Paulo viu que o mesmo “possuía fé para ser curado”, ordenou que ele andasse, e assim aconteceu. “Quando as multidões viram o que Paulo fizera, gritaram em língua licaônica, dizendo: Os deuses, em forma de homens, baixaram até nós”.

Eles quiseram adorá-los. “Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando: Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo” (At 14.11-18).

Receber adoração é algo pertinente unicamente ao único Deus vivo e verdadeiro. O Senhor Jesus, o Verbo Divino, o Filho de Deus, enquanto homem recebeu adoração e a aceitou legitimamente. Pedro e Paulo, embora santos, não a aceitaram.

Eu amo Maria e respeito sua história, mas não consta em nenhum lugar nas Escrituras que ela tenha sequer pretendido ser cultuada. Quando o anjo do Senhor anunciou que dela nasceria o Salvador, ela disse: “Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra” (Lc 1.38). Ela se via como “serva”, não como “Senhora”.

Maria, a mãe de Jesus, a-maior-mãe, deu um único conselho – que, principalmente no Dia das Mães, deve ser lembrado a todas as mães e a todos os filhos – para que obedecessem a Jesus: “Fazei tudo o que ele [Jesus] vos disser” (Jo 2.5).

E Jesus nos diz que devemos a amar a Deus acima de tudo e amar ao próximo como a nós mesmos.


Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Igreja Mãe - Belém, Pará.
Presidente da Rede Boas Novas - CVC.