sábado, 28 de abril de 2012

A grande tarefa inacabada

Na Segunda Guerra Mundial, um submarino afundou com 72 tripulantes. Navios de socorro e homens-rãs foram enviados para resgatá-los. Eles trabalharam rápido, sabendo que o oxigênio no interior do submarino duraria pouco tempo. Finalmente, um mergulhador localizou o submarino e bateu uma mensagem em Código Morse no casco do mesmo: “Vocês estão bem?”. A resposta veio de pronto: “Sim, estamos”. O mergulhador rebateu: “Está chegando ajuda”. Os marinheiros do submarino, sabendo que o oxigênio logo acabaria, responderam: “Daqui a quanto tempo?”.

Em agosto de 2000, o submarino Kurz afundou no mar de Barents, mas seus 118 tripulantes não tiveram a sorte de serem achados a tempo. A equipe de salvamento não os alcançou com vida.

A situação espiritual em que o mundo se encontra hoje é semelhante. Pessoas vivem no pecado e, longes de Deus, estão em perigo de morte eterna. Resta pouco tempo, o fim está próximo, Jesus está voltando. A ajuda pode estar chegando, mas esta pergunta não quer calar: “Daqui a quanto tempo?” A resposta, obviamente, depende do compromisso da igreja com a evangelização. O que acontecerá se demorarmos um pouco mais?

Jesus nos deu uma ordem clara e específica: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. Evangelizar é pregar o Evangelho de Jesus Cristo, é anunciar as boas novas de salvação. A principal razão de ser da igreja de Jesus é tornar conhecido ao mundo todo o “conselho de Deus”. Isso significa, em suma, proclamar a palavra da salvação gratuita de Deus através de Jesus Cristo, que morreu por todos os pecadores.

Pedro ensinou: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”. Em outras palavras, devemos também compartilhar com os outros o maior dom recebido, a dádiva da salvação. Não evangelizar, portanto, é estar na contra-mão da vontade expressa de Deus, ou pelo menos, em contraposição à própria essência da nossa existência como igreja.

Jesus disse: “Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”. Essa é a boa notícia que temos de anunciar!

A salvação é gratuita, recebida pela fé gerada naquele que ouve a Palavra de Deus. A Bíblia diz: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Mas adverte: “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”. A tarefa de evangelizar não foi dada aos anjos; foi dada a homens e mulheres que conhecem a Deus.
Na estrada de Damasco, Jesus apareceu a Saulo e falou com ele. Jesus não explicou a Saulo o que deveria fazer para alcançar a salvação. Antes, o enviou para a cidade, dizendo: “Onde te dirão o que convém fazer”. Por quê? Porque Deus usa pessoas, tal como seu servo Ananias, para ensinar a Saulo o caminho da salvação. Saulo se arrependeu, creu em Jesus e foi salvo!

Quando o anjo apareceu ao centurião Cornélio, em Cesareia, também não lhe explicou o que deveria fazer para ser salvo. Decerto, Cornélio obedeceria ao anjo sem vacilar. Mas não era tarefa do anjo falar sobre a salvação. O anjo disse simplesmente para ele mandar chamar Simão Pedro, “o qual te dirá palavras mediante as quais serás salvo, tu e toda a tua casa”.

Evangelho quer dizer boas novas, boas notícias. É disso que o mundo precisa desesperadamente; e temos de agir rápido, antes que seja tarde! Infelizmente, quando se quer dizer que algo aconteceu rapidamente, cita-se o jargão: “Depressa como notícia ruim”. Notícia ruim ajuda a vender jornal, aumenta audiência televisiva, desperta o interesse das pessoas. Isso revela uma tendência humana pelo grotesco. Por essa razão, o mexerico prospera mais que o elogio sincero. Lembro-me que o jornal britânico The Times inaugurou um caderno só contendo boas notícias. Um ano depois, numa pesquisa de opinião, descobriu que era o menos lido. Foi cancelado.

Porém, como a igreja vive numa perspectiva diferente, precisa se dispor a cumprir a missão para a qual foi chamada, a de sempre anunciar as boas notícias da salvação. Aliás, o significado literal de igreja (ekklesia) é “chamados para fora”, enviados aonde os pecadores estão, para proclamar as boas novas de que Jesus é o único e suficiente Salvador.

A igreja não é nenhum tipo de instituição ou objeto impessoal; antes, é um corpo, um organismo vivo constituído por todos aqueles que são convertidos verdadeiramente a Cristo e são chamados para serem santos e anunciarem o evangelho aos pecadores.
A grande tarefa inacabada da evangelização é urgente. Cabe a cada crente responder a Deus: “Eis-me aqui, envia-me a mim!”

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

sábado, 21 de abril de 2012

Fé e União

Conta uma parábola que os dedos da mão estavam a discutir sobre qual seria o maior de todos. O Polegar disse: “Eu sou o maior, pois se a vida está boa ou ruim, enquanto vocês se fecham, eu me movo para cima ou para baixo e indico isso com precisão”. Então os outros pediram que ele levantasse sozinho uma bola de tênis, mas ele não pôde fazê-lo. O Indicador falou: “Eu sou o maior, pois sempre aponto o caminho ao viajante, para frente ou para trás, para a direita ou para a esquerda”. Desafiado a levantar a mesma bola sozinho, também não conseguiu.

O Maior-de-todos pediu que os demais ficassem em pé e, depois de se medir com estes, afirmou: “Vejam como eu sou, de fato, o maior de todos... sem comentários”. Mas instado a levantar a bola, também não conseguiu. O dedo Anular sorriu e bradou: “Ora, se é em mim que todos colocam suas alianças e anéis, então eu sou o maior”. Desafiado a levantar a bola, também não conseguiu. Por último, o Mindinho, desdenhando dos demais, inquiriu se eles não sabiam que as aparências enganam. E continuou: “Quando os grandes líderes discutem o futuro do mundo e tomam decisões difíceis, eles esmurram a mesa... e quem sofre as dores sou eu. Então, eu sou o maior”. Mas ele também não pôde levantar a bola sozinho.

Depois de discutirem a tolice de sua desavença, os dedos chegaram à conclusão de que só fariam alguma diferença se tivessem duas coisas: fé e união. Desse modo, juntos, finalmente conseguiram levantar a bola de tênis.

Quando o binômio fé e união está presente, então há respeito às diferenças individuais, a comunhão é mantida e busca-se o cumprimento de um propósito comum. Como membros da Igreja de Jesus Cristo, somos um só corpo e temos de fazer, com fé e união, aquilo que Deus nos ordenou. Jesus se utilizou dessa ideia de corpo numa metáfora oriunda da viticultura: “Eu sou a videira, vós, os ramos”. O apóstolo Paulo, semelhantemente, usou a mesma ideia: “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”.

Desse modo, na Igreja, nenhum membro é mais importante que o outro. Como na parábola, temos necessidade de uma caminhada sob a égide da fé comum que opera na interdependência e ajuda mútua. Pois é nesse ambiente de espiritualidade latente do corpo que se cumpre a oração profética e sacerdotal de Jesus ao Pai: “Que todos sejam um... para que o mundo creia que tu me enviaste”.

Quando Deus nos manda realizar a Sua obra, temos a garantia de que nada nos faltará, pois o próprio Deus supre todas as coisas de que precisamos. Se somos fracos, Deus nos dá poder; se tímidos, nos dá ousadia. Se falta sabedoria, Deus a concede, pois é a fonte da sabedoria. Se falta dinheiro, Deus supre, pois é dono do ouro e da prata. Se portas se fecham, Deus abre e ninguém fecha. Podemos deduzir que, tendo tudo isso e não fazendo o que Deus manda, então o problema está em nós. E o problema começa quando somos tardios em entender que Deus requer basicamente duas coisas de Sua igreja: fé e união.

Numa ocasião, perguntaram a Jesus: “Que faremos para executarmos as obras de Deus?”. Ele respondeu: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que Ele enviou”. É isso que Deus requer em primeiro plano: crer, acreditar. Por isso a Bíblia declara: “Sem fé é impossível agradar a Deus”. A Palavra também afirma a necessidade de união: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”. Sabemos que o pecado que Deus mais abomina é a semeadura de contenda entre os irmãos.

Quando Deus olha para a Igreja, Ele procura encontrar fé e união. Mas, lamentavelmente, a fé pode ser um instrumento de desunião. Por exemplo, quando alguém tem fé para si só, mas não tem fé para andar com os outros irmãos, apesar das diferenças, esta mesma fé, em vez de unir, separa.

Se a nossa fé não nos unir, não seremos de forma alguma úteis ao nosso Deus. A fé que une é a que diz assim: “Deus nos mandou fazer, não nos importaremos com os que questionam, mas faremos juntos aquilo que Deus ordena”. Esse é o sentido de corpo, de Igreja.

Se o crente afirma ter fé, então duas coisas são esperadas dele: que ore muito por isso; e que faça algo, que contribua com seu esforço e recursos. Se ele não corresponde nesses dois níveis, então a sua fé não tem obras, é morta.

A fé que remove montanhas, que realmente funciona, é a que opera na união do corpo de Cristo. Foi por isso que Jesus disse aos discípulos: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. Fé e união, Jesus aprova!


Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

sábado, 14 de abril de 2012

Isso me diz respeito

Um dia um rato estava passeando pela fazenda onde morava, quando viu uma ratoeira armada no celeiro. Preocupado com os outros animais da fazenda, saiu a espalhar a notícia. A galinha, primeira a ser abordada, foi logo dizendo: “Seu rato, este tipo de problema não me diz respeito, não me aflige, mas se acontecer algo a você, rezarei por sua alma”. A mesma postura teve o porco. Quando avisado da ratoeira, riu e disse: “Amigo rato, você acha que isto é um problema meu? Já viu algum porco preso numa ratoeira? E saiu a rir da preocupação do rato. A vaca, mais atenciosa, quando procurada pelo rato, procurou até fingir o máximo de preocupação, mas logo que o mesmo se afastou, ela disse: “Coitado do rato, será que ele acha que uma ratoeira me causa algum perigo?” E continuou a pastar tranquilamente.

Nessa noite todos acordaram com um baque alto. A ratoeira havia disparado. A mulher do fazendeiro, primeira a chegar ao local, no escuro, não notou que a ratoeira havia pego o rabo de uma cobra venenosa e, ao chegar mais perto, foi picada. Muito doente e com febre alta, devido a ação do veneno, nada conseguia comer. O fazendeiro decidiu então que uma boa canja ajudaria a alimentar a mulher. E deu cabo da galinha.

Como a mulher permanecia doente, seus filhos vieram da cidade para assisti-la. Então o fazendeiro teve que sacrificar o porco para alimentá-los. Não tendo como ser curada, a mulher piorou de saúde e terminou morrendo. Veio então todo o povo das redondezas para o velório. O fazendeiro resolveu matar a vaca, para servir um churrasco depois do funeral.

Moral da estória: na próxima vez que alguém estiver diante de um problema e você acreditar que o mesmo não lhe diz respeito, lembre-se: quando há uma “ratoeira” no terraço, todos correm perigo! Quando estamos na mesma “fazenda”, o problema de um deve ser de todos!

Para quais pessoas a Parábola da Ratoeira serviria de lição? Para pessoas que não esboçam nenhum sentimento diante da violência urbana. Para aqueles que observam passivamente o aumento da criminalidade, o desrespeito às leis e a opressão do forte contra o fraco, mas nada dizem, nem mesmo oram a respeito. Para os que veem a vida ser banalizada e os frágeis serem imolados, mas não se importam. Para aqueles que ficam impassíveis quando alguém sofre, uma bomba explode e destrói casas, mata ou mutila pessoas, como se isso não passasse de um filme de ação.

E por que, na maioria das vezes, não nos importamos com o que acontece à nossa volta? Talvez porque a maioria dessas coisas aconteça fora do nosso campo de interesse imediato, é bem provável que as vejamos como mero espetáculo televisivo. Talvez pelo simples fato de aparentemente nada terem a ver com isso, ao menos de um modo direto, alguns no máximo se sintam chocados e confusos. Outros, descrentes de quaisquer possibilidades de mudanças no mundo e sem nenhuma confiança no futuro, talvez apenas digam: Isso não me diz respeito.

Quanto mais o mundo encolhe e se transforma numa “aldeia global”, por causa dos avanços na comunicação, fica mais fácil ver de tudo um pouco. Mas se importar com o próximo parece estar na contramão desse processo de “encolhimento do mundo”. Em vez de as pessoas se tornarem mais próximas, a marca do nosso tempo é a corrente de intenso individualismo do ser humano, o egocentrismo. Esse sentimento excessivo da própria personalidade faz com que alguém se importe apenas no trato consigo mesmo, com pouca ou nenhuma consideração pelos interesses alheios.

Não precisamos ir longe. Basta ver o ambiente de trabalho. Quantos deixam de se importar com alguma coisa errada, sem nada fazer para mudar, somente porque parece não lhes dizer respeito? E dentro da própria casa, quantos deixam de somar na busca de melhorias, apenas porque é obrigação de outro? E nas comunidades, quantos deixam de interagir, de buscar mudanças, de fazer diferença, apenas porque algo não lhes atinge de modo direto ou não lhes interessa?

Há muitas maneiras de nos envolvermos com os problemas à nossa volta, quer seja a nossa casa, a igreja, o ambiente de trabalho, ou o mundo. Podemos fazer o que está ao nosso alcance, às vezes denunciando, outras exigindo mudanças, ou arregaçando as mangas quando a situação o exigir.

Podemos também nos utilizar do poder da oração e suplicar a Deus por cada situação, pois “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. A Bíblia nos ensina a usar “a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos”, pois “isto é bom e aceitável diante de Deus”.

Ore e coloque-se à disposição para ser usado por Deus. Pois quem ora e serve a Deus vai sempre poder dizer: Isso me diz respeito!


Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

sábado, 7 de abril de 2012

Zizao pergunta: O que é Páscoa?

A imprensa noticiou recentemente que o meia-atacante corintiano, o chinês Zizao, atração de um evento de Páscoa para crianças carentes na sede do clube, não entendendo o significado da festa, perguntou: “O que é Páscoa?”. Ora, a pergunta de Zizao é compreensível, pois a maioria dos chineses, inseridos num contexto social de orientação política ateísta, desconhecem a Bíblia e também não possuem o hábito dessa comemoração.

Não ficou claro se a pergunta teve resposta. Mas o que lhe diriam os brasileiros, muitos dos quais também desconhecem o correto significado da Páscoa? Podemos vislumbrar algumas respostas possíveis.

Há os que diriam que a Páscoa significa apenas uma festa em que se celebra a vida e a fertilidade (daí os coelhinhos e os ovos de chocolate) e uma oportunidade para se presentear os amigos com ovos de chocolate, uma chance festiva para escapar do regime e engordar uns quilinhos com a bênção do feriadão religioso.

Outros responderiam que a Páscoa é economicamente importante pela oportunidade de negócios que oferece, pela possibilidade de bons lucros decorrentes da venda de artigos religiosos e guloseimas. Não poucos religiosos afirmariam que a importância da Páscoa é circunscrita ao rigor devocional da proibição de comer carne vermelha e à obrigação de frequentar uma igreja, buscando um momento de realinhamento religioso para confessar e purgar alguns pecadinhos da vida e seguir em frente com algum alívio.

Uma resposta mais acurada afirmaria, porém, que a Páscoa tem um significado essencialmente espiritual. Páscoa é uma palavra que vem do hebraico “pesah”, que significa literalmente “passar por cima”, “poupar”. Quando Deus libertou o povo de Israel da escravidão do Egito, no evento chamado Êxodo, antes ordenou que cada família se reunisse e tomasse um cordeiro de um ano e sem defeito, sacrificando-o e comendo-o assado, acompanhado de ervas amargosas e pão sem fermento.

Os israelitas deveriam passar o sangue do cordeiro nas laterais e vigas superiores da portas das casas, pois quando o anjo da morte percorresse a terra, passaria “por cima” das residências que tivessem o sinal do sangue para “poupar” os seus primogênitos (Êxodo 12). Daí o termo Páscoa e a ordem de Deus para que fosse celebrada continuamente como um memorial dessa libertação.

Embora a mensagem da Páscoa se reporte a um acontecimento tão distante na História, ela nos traz importantes lições, contidas nos seus próprios símbolos. O cordeiro “sem defeito” prefigurava Jesus, o Homem que “não cometeu pecado” e o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O cordeiro morto e o seu sangue passado nas portas eram uma antecipação simbólica do sacrifício de Cristo na cruz pelos nossos pecados.

As ervas amargosas sinalizavam a necessidade de humildade e arrependimento. Como o fermento geralmente simboliza o pecado e a corrupção, o pão sem fermento indicava a pureza requerida dos que servem a Deus. Cada família deveria estar reunida, cuja unidade representava a sacralidade da família aos olhos de Deus, que a abençoa e protege. O cordeiro sacrificado indicava substituição, prenunciando a morte de Cristo como nosso substituto, para não termos de morrer.

Cumprir todo esse ritual identificava a obediência que vem da fé e que resultaria na salvação. Se tão somente o povo israelita deixasse de cumprir a ordem de Deus, por descrença ou descuido, a morte fatalmente os atingiria. Era, portanto, preciso agir com obediência e fé, pois “sem fé é impossível agradar a Deus”.

Páscoa é libertação para toda a família. Portanto, caso sua família esteja com problemas, ou se desintegrando, clame a Deus, pois Ele quer livrar sua casa e torná-la uma bênção. Páscoa é livramento pessoal. Portanto, se sua vida está ilhada, vazia e sem sentido, Deus mostra uma direção segura para levá-lo a uma “terra prometida” de novas oportunidades.

Páscoa é liberdade. Portanto, se você está escravizado a vícios ou tem alguma deformação de caráter, lembre-se que Deus tem o poder de perdoar e libertar. Páscoa representa também contrição, arrependimento e gratidão pela obra redentora de Cristo, que propicia uma comunhão íntima com Deus. Portanto, aproveite esse momento para buscar a Deus “enquanto se pode achar” e invocá-lo “enquanto está perto”.

A Páscoa é uma festividade memorial, ajudando a lembrar que Jesus morreu e ressuscitou pelos nossos pecados, para sermos salvos e termos vida abundante. Feriado, coelhinhos, ovos de chocolate, nada disso pode ofuscar o que Cristo realizou, quando morreu na cruz para pagar o preço da nossa salvação eterna e ressuscitou para nos tornar inculpáveis diante de Deus.

É por isso que a Páscoa deve ser comemorada com alegria, pois aponta para a libertação que Jesus propiciou aos que creem. Cristo está vivo e Sua palavra ainda ecoa: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.

Entendeu, Zizao? Tenha uma feliz Páscoa!


Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém