sábado, 25 de fevereiro de 2012

As dificuldades nossas de todos os dias

Geralmente, parece não custar nada fazer parte do grupo que costumeiramente se mostra queixosa das dificuldades, uma vez que reclamar de obstáculos é parte intrínseca de algumas culturas. Mas se alguém lhe dissesse para jamais se queixar, pois as dificuldades seriam responsáveis por grande parte de seu sucesso profissional ou de suas rendas, o que você diria?

Há inúmeras tarefas na vida que não envolvem nenhuma responsabilidade, apenas rotina, e não apresentam dificuldade alguma. Nessa esteira, há milhões de empregos que são até seguros, mas apenas modestamente remunerados. Em contrapartida, os empregos que dão “dores de cabeça” justificam os grandes salários. Por quê?

Ora, todos descobrimos, no decorrer da vida, um pouquinho de cada vez, que cada etapa da vida tem que ser plenamente vencida, não importando o tipo de desafio enfrentado. Aprendemos, igualmente, que não existe o caso de estarmos totalmente prontos para a vida, pois ela mesma nos ensina que viver é uma competição que jamais acaba, que é preciso ter coragem para vivê-la integralmente e fazer frente a todos os desafios.

Com o tempo, é necessário adquirir alguma capacidade de enfrentar com bravura os problemas da vida, ou graças ao acúmulo de experiências, ou decorrente dos conselhos sábios de verdadeiros amigos.

O enfrentamento de um problema depende muitas vezes da perspectiva com que olhamos o desafio. Por exemplo, se você é jovem e a empresa em que trabalha repentinamente abre falência, alguém inexperiente achará que você é um desempregado derrotado.

Alguém experiente, porém, dirá que você é uma pessoa de sorte. Talvez você esbraveje: “De sorte? Ora, eu acabo de perder vários anos da minha vida, talvez nem mesmo receba algum dinheiro, e você diz que eu tenho sorte?”

Então eu lhe direi que você tem sorte! Pois é sempre sorte quando alguém se desaponta cedo, porque logo aprende o caminho da coragem de perseverar e recomeçar. Digno de pena é aquele que, só aos 50 ou 60 anos, tendo vivido uma vida mansa e serena, de repente se acha diante de um desastre, ou envolto em uma grande e inescapável adversidade. Como sua alma não está enrijecida, não estando intimamente fortalecido por batalhas e provações anteriores, nunca aprendeu a recomeçar, e agora, “velho” demais para aprender, vem a sentir-se imobilizado pela apatia e autocomiseração.

Decerto, quando chegamos à meia-idade, geralmente estamos prontos para fazer a grande descoberta de conhecermos efetivamente que as dificuldades da vida não são intermitentes, são crônicas; não são uma interrupção caprichosa do processo normal da vida, elas constituem a própria vida!

O poeta Gonçalves Dias preconizou essa maravilhosa descoberta na famosa Canção do Tamoio: “Não chores da vida, meu filho, viver é lutar. A vida é combate que aos fracos abate, que aos fortes e aos bravos só pode exaltar”.

Com efeito, para enfrentar a vida e suas agruras é preciso ter coragem. Como disse Winston Churchill: “A coragem é a primeira das qualidades humanas, pois é a que garante as demais”. Muitos, porém, param nesse ponto; diante das dificuldades, ficam acuados e receosos de prosseguir. O magnífico conselho do missionário cristão David Livingstone, o grande desbravador da África, aponta o caminho a ser seguido: “Eu irei não importa aonde, contanto que seja para frente”.

Sem dúvida, assim como entendemos que todos os caminhos fáceis são de descida, sabemos também que a vida plenamente vivida é aquela cheia de riscos e dificuldades. Aqueles que querem erigir um “muro existencial” para evitar riscos, acabam se alijando da própria vida. Desse modo, muitos talentos se perdem por falta de alguma coragem. Todos os dias descem ao túmulo muitas pessoas obscuras de quem a timidez tolheu a iniciativa ou paralisou.

Uma parábola conta que um velho sábio perguntou aos jovens discípulos qual seria o lugar mais rico da terra. Os jovens falaram de muitos lugares: as minas de ouro, os campos petrolíferos, as minas de diamante. Falaram também das bolsas de valores, circulando trilhões de dólares diuturnamente, entre outras coisas. O velho sábio, porém, respondeu: “O lugar mais rico da terra são os cemitérios”.

Diante da perplexidade dos discípulos, ele acrescentou: “É nos cemitérios que estão enterrados grandes tesouros perdidos para sempre: as músicas que nunca foram cantadas, os livros que não foram escritos, as poesias jamais declamadas. Lá estão enterrados os sonhos não vividos e os projetos não realizados, de quem apenas passou pela vida, mas não viveu”.

Se você se sente abatido pelas dificuldades da vida, lembre-se que Jesus Cristo enfrentou o maior de todos os sacrifícios, pois morreu pelos nossos pecados e ressuscitou. Ele nos deu exemplo para termos uma vida abundante aqui na terra e a vida eterna no Céu. Entrega, pois, o teu caminho ao Senhor, confia Nele e o mais Ele fará!

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Ainda resta um fio de esperança

O que fazer quando a esperança se esvai? Esta será a indagação básica de muitas almas aflitas e esgotadas, principalmente após a folia de Momo, quando os excessos de todo tipo cobrarem o seu implacável preço.

O escritor John Castleberry conta o que aconteceu com um desalentado homem, que buscou todos os tipos de prazeres em inúmeros Pubs londrinos, mas que, por fim, cansado e exaurido, dirigiu-se a uma elevada torre a fim de suicidar-se. Contudo, um pouco antes, deteve-se em uma praça para observar uma exposição de quadros de pintores célebres.

A atenção daquele homem foi providencialmente despertada para o famoso quadro do pintor Watt, denominado “A esperança”, que mostrava uma jovem com os olhos vendados sentada numa esfera escura, que representava o universo, a dedilhar uma harpa que continha apenas uma corda inteira, ou seja, “um fio de esperança”; as demais tinham arrebentado. Tal observação foi suficiente para que ele refletisse que ainda lhe restava um lar e um inocente filhinho por quem lutar. Mudando de ideia e com um novo ânimo de viver, sentia que agora tinha o seu fio de esperança.

Isso ilustra que toda pessoa precisa de esperança, mesmo que seja “um fio”, senão entra fatalmente numa espiral de depressão e desespero. Principalmente num mundo marcado por encantos fúteis e desencantos escarnecedores, a esperança é um artigo não somente valioso mas também imprescindível.

Há desencantos de toda ordem na vida. Desencanto com a economia, quando esta é embalada pela busca desenfreada do lucro, pela mais valia da especulação do capital, mas em detrimento do valor do trabalhador e do seu trabalho. Desencanto com as artes, que em geral beiram a fronteira da loucura e se inspiram na fonte da futilidade. Desencanto com o mau uso da ciência, quando é transformada no grande vilão da deterioração ambiental. Desencanto com as lideranças, principalmente a política, com suas infindáveis e não cumpridas promessas. Desencanto com a religião, quando não oferece respostas e, em vez disso, gera escândalos e guerras. Enfim, sobra o desencanto com a própria vida, pela inexistência de um fio de esperança.

Há pessoas com problemas antigos, alguns peculiarmente difíceis; outros têm sido enganados no tocante aos seus verdadeiros problemas, gastando a poupança de uma vida toda e recebendo em troca apenas paliativos.

Alguns tiveram a esperança repetidamente despedaçada, vivendo assaltados pelo medo; porque tentaram e falharam, vivem deprimidos e derrotados. Outros desistiram de tentar, acalentando tendências suicidas, pois sofreram experiências abaladoras e deixaram de crer na possibilidade da esperança.

Mas de que esperança precisamos e o que devemos fazer para obtê-la? Ou será que existe algum fio de esperança, algo no qual possamos colocar a nossa confiança?

A esperança de que precisamos tem que abranger uma dimensão que não somente aponte soluções para o futuro mas também apresente respostas à vida presente. Por isso ela não deve encerrar o sentido de incerteza que se aderiu ao nosso vocábulo português, quando dizemos cautelosamente: “Espero que assim seja”.

Esperança, no conceito bíblico, não tem esse sentido, pois, ao contrário, sempre significa uma expectação confiante. Quando Paulo escreveu a Tito acerca da “bendita esperança” do evangelho, por exemplo, ele o exortava a que dirigisse o olhar para adiante, para a “feliz expectativa” da “manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13).

O apóstolo não embalava a menor ideia de incerteza no tocante a esse fato, mas falava com absoluta convicção do poder de Jesus de mudar a nossa vida, perdoar os nossos pecados e nos fazer participantes dessa mesma esperança.

O evangelho exibe uma dupla esperança: no futuro, vinculado ao retorno de Cristo, à ressurreição do corpo e ao aniquilamento do pecado, da dor e de todos os outros tipos de males do mundo. Isso inclui a esperança da perfeição final por causa da presença gloriosa de Cristo. Mas não promete que só comeremos do “bolo” quando esse tempo chegar; na verdade, podemos começar a “cortar as fatias” aqui e agora.
Há a esperança de uma vida nova e abundante, agora mesmo, como disse Jesus: “Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância” (Jo 10.10). Uma vida plena metaforizada na imagem de uma fonte jorrando eternamente: “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14).

Quem beber das águas barrentas do Carnaval e seus prazeres carnais jamais satisfará a sua sede de sentido de vida. Porém, ainda resta um inquebrantável “fio de esperança”, ele está em Jesus, que ama você, morreu e ressuscitou para lhe dar, aqui e agora, a verdadeira alegria e a vida eterna.

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Feitos para brilhar

Conta a lenda que uma serpente começou a perseguir um vaga-lume, que fugia apavorado da feroz predadora. A serpente o perseguiu por dois dias inteiros sem, contudo, conseguir o seu intento. No terceiro dia, já cansado, o vaga-lume parou e bradou à serpente:

— Posso lhe fazer três perguntas?
— Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar.
— Pertenço à sua cadeia alimentar? — Não!
— Eu te fiz algum mal? — Não!
— Então, por que você quer acabar comigo?
— Porque não suporto ver você brilhar!

Essa lenda ilustra bem o incômodo que uma vida iluminada pode causar, principalmente a oponentes gratuitos. Portanto, aqueles que andam na luz em uma sociedade que vive o seu próprio “apagão espiritual” e não se dá conta disso, certamente sofrerão críticas e perseguições. “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3.12).

A luz é, certamente, o bem mais importante do mundo. A vida viceja com ela. Não foi sem propósito que Deus a criou antes de todas as outras coisas: “Haja luz!”

No relato da Criação, quando então Deus fez separação entre luz e trevas, não seria mais possível viver sem a presença reveladora da luz. Da mesma forma que isto é uma verdade inalienável no âmbito natural, assim também ocorre em todas as esferas da vida. Ainda lembramos, sem saudade alguma, de como a vida se tornou difícil nos tempos do apagão.

A ideia subjacente ao conceito da luz permeia muitas áreas da vida. Quando a crítica empresta luz a uma obra artística ou literária, está se falando de esclarecimento, elucidação. Quando falamos de luzes da fé, estamos nos referindo àquilo que esclarece, que ilumina ou guia o espírito. Quando procuramos evidência, certeza e verdade, é porque sabemos que da discussão nasce a luz do conhecimento. Uma pessoa é dita de muita luz quando é sábia.

O mesmo conceito foi utilizado por Jesus, quando se referiu a seus discípulos desse modo: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.14,16).

O que Jesus estava dizendo, de fato, é que seus seguidores não teriam apenas de falar a verdade, mas também vivê-la de modo concreto, sendo exemplos de retidão e amor, pois assim serviriam ao propósito similar da ação da luz no meio das trevas. Mas antes de dizer que devemos ser luz, Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo: quem me segue não andará em trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12).

Isso quer dizer que não temos luz própria, apenas refletimos a luz que Dele emana, tal como a lua reflete a luz do sol, pois Jesus é a “luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo” (Jo 1.9). Quando nasceu, Dele foi dito: “O povo que estava assentando em trevas, viu uma grande luz... na região e sombra da morte, a luz raiou” (Mt 4.16).

O mundo vive um conturbado “apagão espiritual”, a violência campeia nas cidades. As nações não se entendem e os conflitos de toda ordem surgem, superando a capacidade de seus líderes de resolvê-los. Isso porque o mundo não anda na luz de Jesus, a única e verdadeira luz para alumiar as nações (Lc 2.32).

Viver na luz é viver em comunhão com Deus na prática da justiça e do amor que Dele emanam. Não basta ortodoxia, é preciso também ortopraxia, quando se vive a Palavra de Deus, cuja verdade se credencia na prática. Não podemos dizer que estamos na luz se praticamos o mal, “pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3.20,21).

Quem reflete a luz de Jesus pode cuidar dos que sofrem, mesmo que não haja aplausos humanos ou recompensa pecuniária. Como lembra o diálogo entre uma missionária cristã que cuidava de leprosos no Pacífico e um milionário texano. Este, vendo-a tratar amorosamente daqueles leprosos, disse:

— Irmã, eu não faria isso por dinheiro nenhum do mundo!
— Eu também não, meu filho! — respondeu a missionária.

Ela o fazia tão somente por viver na luz de Jesus. Desse modo, se queremos andar na luz, voltemo-nos para Jesus, pois Ele veio “como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que [Nele] crê não permaneça nas trevas”. Lembre-se: você foi feito para brilhar e refletir a verdadeira luz!


Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Existe uma fé verdadeira?

Quem gosta de observar o caminho da religiosidade humana, frequentemente encontra pessoas que se dizem cheias de fé. “Eu tenho muita fé” — é uma expressão que funciona como referendo para o tipo de vida que levam ou, em última instância, como um “passaporte” para a solução de todos os problemas ou uma forma de não encará-los. A julgar pelas evidências dos arroubos dessas declarações, penso que a fé é, geralmente, uma doutrina incompreendida.

Normalmente, não devemos julgar questões de natureza subjetiva, aquelas passadas no íntimo das pessoas. Mas, em questão de fé, convém manter-nos bem informados a respeito, e não mal informados ou desinformados. É preciso saber sobre esse assunto demasiado importante, que abrange o certo e o errado, o bem e o mal, que na verdade decide o destino eterno de cada um.

Há pelo menos um princípio fundamental que circunscreve este assunto a uma esfera plenamente mensurável e, portanto, de fácil compreensão. É o seguinte: se uma pessoa diz ter fé, essa mesma fé deve desembocar em atitudes correspondentes. Por exemplo, se alguém diz ter fé em Deus, a sua vida deve espelhar, principalmente na esfera do caráter, uma excelência que demonstre esse relacionamento. Como pode alguém afirmar crer em Deus, se sua fé em nada o transforma, e continua vivendo a mesma vidinha pecaminosa de sempre?

Sendo assim, por que em muitos faltam os frutos espirituais que lhes remetam à fé que dizem possuir? Onde está a transformação radical na conduta e perspectiva geral nas suas vidas?

Parece, geralmente, que muitos “fiéis”, por mais sinceros que sejam, fracassam completamente em tirar o mínimo proveito da doutrina da fé, ou receber a partir dela qualquer experiência satisfatória. Isso acaba por tornar-se uma negação da própria fé que julgam professar.

Após anos a fio ouvindo e aconselhando muitas pessoas, tirei preciosas conclusões a respeito dos mais diversos tipos de fé. Alguns utilizam a fé como um substituto à obediência. Apegam-se a textos bíblicos isolados, tomados muitas vezes fora do contexto, ou então baseiam-se em suas fugazes experiências (ou pretextos), para deixar de obedecer aos mandamentos de Deus. Quem crê obedece. A falha em obedecer é uma prova irrefutável e convincente de que não há verdadeira fé.

Há os que usam a fé como um refúgio da exigência de raciocinar, pois vivem como se a fé fosse um “salto no escuro”. Outros, usam-na como uma fuga da realidade, tentando fazer desaparecer o infortúnio “mediante a fé”. Outros há que a utilizam como um esconderijo para um caráter fraco, dando ao mundo um mau exemplo de que pessoas de fé são desprezíveis, quando a Bíblia mostra exatamente o oposto.

Tenho visto também pessoas muito sinceras que confundem fé com otimismo, circunscrevendo-a à dimensão das suas próprias emoções e tiques nervosos. E ainda há os que pensam ser a fé uma força ou uma influência.

Desse modo, a mudança da falta de fé para uma vida de fé não faz uma real diferença nas vidas dessas pessoas. Não creio, portanto, que a fé que não transforma quem a professa faça também alguma diferença para Deus.

Fé é confiança em Deus e em Seu Filho Jesus Cristo. Fé é a certeza que vem da revelação da Palavra de Deus, assim definida: “A fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hb 11.1). A doutrina da fé é essencial no plano divino da salvação. Ela é vital às nossas expectativas e extremamente essencial ao cumprimento das aspirações do nosso coração. Está escrito: “A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus” (Rm 10.17). Isso quer dizer que onde não há fé não há uma verdadeira revelação.

A verdadeira fé se apoia no caráter de Deus e não exige outras provas além da perfeição moral do Deus Justo e Verdadeiro. Ou seja, ainda que as evidências sejam aparentemente intransponíveis, a fé continua a ver a ação transformadora de Deus e Nele coloca a sua confiança. Como disse o profeta Habacuque: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza” (Hc 3.17-19).

Portanto, a fé é assim: “Se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé”.

Se você quer agradar a Deus, é preciso que saiba de mais uma coisa: “Sem fé é impossível agradar a Deus”.


Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém