sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Os Evangelásticos

Evangelástico é um neologismo que serve para identificar o “evangelista” do exagero. Ele não se preocupa com exatidão, embora busque reconhecimento científico; se utiliza de ferramentas e métodos científicos, mas só lhe interessa a doutrina da hipérbole e seu fruto mais pujante: os dados esticados.


Enquanto o evangelista de verdade (aquele que serve ao Evangelho de Jesus Cristo) tem a missão de proclamar tão somente a verdade, nada menos que isso, o evangelástico só precisa da verdade enquanto esta lhe beneficia. Todavia, não hesita em criar a sua própria “verdade”, forjando seus próprios dados e estabelecendo sua própria metodologia, para poder justificar suas pretensões.


Sendo uma mistura da sofisticação de um “outro evangelho” com a simplicidade do elástico, seu maior trunfo é fazer os incautos acreditarem no que tencionam estabelecer como verdade, mesmo que para isso se utilizem de um verniz científico de mentirinha.


Deixando de lado as definições, passemos às práticas. Um comício, um show musical, uma cruzada evangelística, entre outros, são eventos que precisam sempre ter o respaldo da assistência de grandes públicos para justificar não somente seus custos, mas também, e principalmente, sua continuidade.


A tentação de inflar os números é tremenda. São poucos os que resistem. É preciso publicar “evangelasticamente” os números, pois o que fica para a história é o que se registra. Mas, quem participou do evento e se depara depois com a publicação, sequer consegue identificar que se trata da mesma coisa.


Um desfile, uma passeata, de caráter religioso ou não, mas que precisa de patrocínio para sobreviver, tem de dar uma satisfação aos que pagam a conta. E precisa também massagear o ego dos que participam. Geralmente, o maior ganho para quem participa é poder se achar parte de algo “grande”, pois o seu psiquismo individual é ajudado na perspectiva de grandiosidade do psiquismo coletivo.


Vez por outra, alguns desses movimentos são pegos na mentira. Quando alguém “de fora” fala, é tido por reacionário, intransigente, metido. Mas se alguém “de dentro”, personagem do próprio grupo, acaba tendo um arroubo de integridade e se permite desafiar as metodologias de contagem, então a turma do “deixa disso” exerce o seu “ministério” de conciliação, para que todos os números continuem evangelasticamente garantidos.


Há casos escabrosos. Uma cidade com cerca de um milhão e meio de habitantes, dificilmente conseguirá colocar mais de dois milhões de pessoas nas ruas. Uma cidade com menos de quarenta mil quartos de hotéis, dificilmente conseguirá receber mais de seiscentos mil visitantes. Mas se tudo for evangelasticamente preparado para dar sustentação econômico-financeira ou sócio-religiosa, ou os dois, fica mais fácil.


Há técnicas de mensuração populacional para eventos estáticos (shows, comícios) e para eventos móveis (passeatas, marchas). E é sempre espantosamente embaraçoso comparar o que dizem as autoridades públicas que procederam a mensuração com o que os organizadores dos eventos alardeiam na mídia em geral.

Há outros casos igualmente indecentes. A técnica de medir popularidade pelo instrumento “científico” da pesquisa de opinião, por exemplo. Um líder é dado como extremamente popular, infla-se o número de sua popularidade para estratosféricos 84%, quando os outros 16% são tidos como andando “na contramão” da história.


Essas “pesquisas” de opinião são consideradas instrumentos científicos ou evangelásticos? Ora, ser justo, inflar ou minguar dados não depende só da seriedade ou malandragem de quem administra a pesquisa, mas principalmente do controle de todas as variáveis manipuláveis (e na pesquisa de opinião são muitas).


Eu posso tornar-me o pastor mais popular na história das Assembleias de Deus, bastando para isso manipular os dados de acordo com os meus interesses. Ou alguém pode me tornar o pior pastor de todos os tempos, mas pelo propósito inverso.


Desse modo, por que hesitariam os aliados de um “grande” líder? Basta aparelhar a máquina do estado, manipular os meios de comunicação, subjugar os agentes econômicos, e tudo concorrerá para justificar evangelasticamente qualquer numerologia de popularidade.


Mas basta comparar. Tome um filme biográfico sobre qualquer líder que se achar “predestinado” com a hiperbolização da sua deificação, antecipada ou póstuma, compare sua audiência e popularidade, para saber se pelo menos na decência científica da aritmética os números batem.


Isso vale também para comícios, paradas, shows, passeatas, marchas, círios, cultos, pesquisas eleitorais, enfim, para todo o propósito de não sermos enganados pela falácia dos evangelásticos de plantão.



Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe

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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Segredos do coração

O escritor russo Fiodor Dostoievski, em Notas do Submundo, escreveu o que todos sabem, embora nem sempre gostem de admitir: “Há certas coisas no passado de um homem que ele não conta a todos; conta, talvez, a alguns amigos. Há outras coisas que ele não conta nem mesmo para os amigos; contaria, talvez, para si mesmo e, ainda assim, em segredo. E, finalmente, há coisas que ele teme falar até para si mesmo, e todo homem decente acumula coisas como essas no coração”.


Havia um rei em Israel, cujo nome era Davi, que teve de se defrontar com essa “intocável” realidade dos seus segredos mais íntimos. Ele sabia que havia coisas que todo mundo em Israel conhecia: suas vitórias e derrotas, suas virtudes e defeitos, sua retidão e pecados. Mas havia outras coisas que só ele sabia. E teve de admitir que essas coisas, mesmo encobertas nas fronhas de sua alma, Deus também as conhecia.


Davi então escreveu o Salmo 139. A diferença entre o que Dostoievski retrata e a maneira como Davi enfrentou essa questão é absolutamente interessante. Ele escreveu:

Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda. (...) Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?”

Davi primeiro reconhece que Deus é Onisciente, Ele sabe tudo. Nada pode ser encoberto diante dos Seus olhos, que a tudo perscrutam. Mas Davi, em vez de tentar fugir de Deus, acha-se incapaz de fazê-lo. Ele sabe também que Deus é Onipresente, está em todo lugar. Assim, ele continua:

“Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa”.


Davi sabia que até mesmo no quarto mais escuro, nos momentos de agonizantes trevas emocionais, nas ocasiões quando a alma está sucumbindo porque não tem mais luz, quando todas as esperanças já se apagaram, ali mesmo a mão do Senhor estava disponível para guiá-lo. Ele sabia que “Deus é luz e não há Nele treva alguma”. E a luz de Deus, em vez de subjugá-lo, vem para libertá-lo da dor da solidão escurecida da alma que sofrera um apagão espiritual.


Quando Davi sai de sua escuridão existencial, começa a reconhecer a grandeza de Deus em outra dimensão. Ele reconhece que Deus não só sabe tudo e está em todo lugar, mas também é Onipotente, Ele pode tudo. E escreve:

“Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra”.


O mais interessante é que Davi não pensa na Onipotência de Deus como a expressão de uma estrondosa força cósmica intergaláctica; antes, pensa no seu interior e no modo assombroso como Deus o formou. O cosmos exterior não era mais notável que as complexidades do seu interior.

Ele crê que seu futuro estava nas mãos de Deus: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”.


Diante disso, irrompe em louvores, reconhece os pensamentos de Deus a seu respeito como “preciosos”, longe da mesquinhez da religiosidade esmagadora. Então, Davi escancara o coração e pede a Deus:

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”.

Agora, sabendo você que Deus conhece os segredos do seu coração, ainda vai fugir Dele?


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sua Dívida: Impagável ou Quitada?

Há muitos anos, um jornal americano relatou que um empresário do estado de Utah tinha declarado falência, informando que suas dívidas somavam a quantia de 613 bilhões de dólares. Que dívida! Ao mesmo tempo absurda e inacreditável! Ele também declarou que todos os seus bens somavam apenas um pouco mais de 7 mil dólares. Ele estava num “beco sem saída”.

Em outras palavras, seus credores receberiam apenas uma porcentagem ínfima da dívida declarada. Não havia nenhum meio de ele escalonar o pagamento das suas contas, nem extinguir as suas dívidas. Uma situação desesperadora, tal como Jesus retratou em uma de suas parábolas há dois mil anos.

Ao ensinar sobre o verdadeiro sentido do perdão, Jesus fala que o reino dos céus é “semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos”. Assim, trouxeram um que lhe devia dez mil talentos. Como um talento correspondia a 6 mil denários, o servo devia ao rei 60 milhões de denários. Um denário era o salário de um dia de trabalho. Atualizando as contas a partir do salário de uma diarista (R$ 30,00), a dívida correspondia, em valores de hoje, a R$ 1,8 bilhão de reais. Impagável!

Como ele não tinha com que pagar, o rei ordenou que fossem vendidos ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para saldar a dívida. O servo se prostrou reverente e rogou: “Sê paciente comigo, e tudo te pagarei”. O coração do rei encheu-se de compaixão e o mandou embora, perdoando-lhe a dívida.

Acontece que esse servo era mau e, na saída, encontrou um amigo que lhe devia cem denários (ou R$ 3 mil reais), o oprimiu e cobrou a dívida. Não tendo esse com que pagar, caiu-lhe aos pés e implorou: “Sê paciente comigo, e te pagarei”. Ele não lhe deu ouvidos; antes, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Ora, como podia alguém pagar a dívida estando preso?

Os seus companheiros viram o que se havia passado e, tristes, relataram ao rei o ocorrido. Então o rei mandou chamar o “servo malvado” e o repreendeu, dizendo: “Perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do outro, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida”.

Jesus concluiu: “Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão” (Mt 18.15-35). Para Jesus, se somos livres porque fomos perdoados, se alguém nos deve, também devemos perdoar.

A partir dessas duas histórias semelhantes, seria demais dizer que essa é sensação que nos atinge de cheio quanto à nossa situação em relação a Deus? Como posso ao menos tentar pagar a dívida que tenho para com Ele? Se eu pensar nos meus recursos pessoais, a situação fica totalmente fora de controle, sem nenhuma esperança. Se eu pensar na exigência da Justiça perfeita de Deus, o único sentimento que me resta é de quedar-me completamente aterrorizado; a única razão que me sobra é de achar-me totalmente falido.

É nesse ponto que entra a obra que Jesus realizou na cruz do Calvário, onde derramou o Seu sangue precioso e puro para pagar totalmente a minha dívida. Ele perdoou completamente os meus pecados, reverteu a minha insolvência, suspendeu a minha falência espiritual. E mais: concedeu-me um crédito eterno diante do Pai.
Agora, eu sou livre para buscar um relacionamento com Deus; perdoado, sou também livre para perdoar. Não preciso barganhar com Deus, só ser grato pela sua generosidade e graça concedidas através de Cristo.

Jesus, “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (Cl 2.14).

Ora, a lei de Deus nos declarou espiritualmente falidos. Mas a nossa dívida, impagável pelos nossos próprios recursos, foi completamente paga por Jesus. O escrito da dívida foi apagado. Agora estamos livres!
No Carnaval, duas coisas podem acontecer: você pode continuar pecando e aumentar mais ainda o seu saldo devedor; ou entrega a vida a Jesus, recebe o perdão de sua dívida e fica livre para sempre.

Qual a sua escolha?


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Como se o Vigário não soubesse

O monsenhor polonês Slawomir Oder acaba de lançar, na Itália, a biografia do Papa João Paulo II (Por que um Santo?), na qual defende a canonização de Karol Wojtyla. Segundo o conceituado autor, o papa possuía um cinto com o qual se açoitava quando estava só e costumava dormir no chão, com o intuito de penitencia-se.


Esse tipo de penitência é chamado ascese, corrente oriunda de uma vertente mística do catolicismo, que admite ser o sofrimento uma prova de aproximação do fiel ao martírio de Cristo, como uma forma radical de expurgar os pecados, especialmente aqueles inconfessáveis.


Ora, não tenho a intenção de criticar tão nobre intento, uma vez que o monsenhor Oder pretende honrar postumamente um homem que, em vida, teve o reconhecimento do mundo inteiro de ter sido uma pessoa bondosa e uma liderança forte e carismática, principalmente no meio católico. Também não pretendo fazer loas a quem certamente delas não precisa.


O que gostaria de externar é que a defesa de canonização por tal via de argumentação não deve fazer jus ao Papa João Paulo II, reconhecido e reverenciado pelo catolicismo (assim como os outros papas) como o “Vigário de Cristo” na terra. Porque Karol Wojtyla era um homem que, do alto de sua posição sacerdotal e do sobejo conhecimento teológico adquirido em longos anos de intenso estudo das Escrituras, tinha conhecimento pleno a respeito da obra expiatória de Cristo no Calvário.


Assim, o papa tanto conhecia a Bíblia que, em sua Encíclica “Fides et Ratio”, de 14/09/1998, endereçada aos Bispos da Igreja Católica sobre as relações entre Fé e Razão, escreveu:

“Na base de toda a reflexão feita pela Igreja, está a consciência de ser depositária duma mensagem, que tem a sua origem no próprio Deus (cf. 2 Cor4, 1-2). O conhecimento que ela propõe ao homem, não provém de uma reflexão sua, nem sequer da mais alta, mas de ter acolhido na fé a palavra de Deus (cf. 1 Tes 2, 13).”


Em sua primeira Encíclica, de 04/03/1979, cujo nome era “Redemptor Hominis”, que trata do mistério da Redenção em Cristo, ele escreve enfaticamente:

“A Igreja, que não cessa de contemplar o conjunto do mistério de Cristo, sabe com toda a certeza da fé, que a Redenção que se verificou por meio da Cruz, restituiu definitivamente ao homem a dignidade e o sentido da sua existência no mundo, sentido que ele havia perdido em considerável medida por causa do pecado. E por isso a Redenção realizou-se no mistério pascal, que, através da cruz e da morte, conduz à ressurreição.”


Desse modo, como poderia o próprio papa negar o que escrevera? Ele que afirmou crer na Palavra de Deus e na Redenção efetuada por Cristo, voltar-se-ía aos sacrifícios punitivos pelos seus próprios pecados? Não tem cabimento.


O papa, com certeza, sabia que Jesus havia efetuado um sacrifício único e suficiente, como está escrito: “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu” (Hebreus 7.26,27).


O papa sabia que não caberia mais nenhuma penitência, nem sacrifícios de animais, e que a redenção era eterna, como está escrito: “Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção” (Hebreus 9.12).


O papa sabia que Deus tinha nos santificado “mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas” (Hebreus 10.8-10). Sabia também que Jesus é o único Salvador, pois “não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12).


Tudo isso, e muito mais, Karol Wojtyla defende nas catorze Encíclicas que escreveu e publicou, cujos textos são conhecidos como documentos teológicos oficiais da Igreja Católica.

Não quero ofender a ninguém, mas prefiro acreditar na ortodoxia do papa, na coerência do que escreveu, e que, contrariamente ao dito na sua biografia, ele não se mutilava; antes, cria Naquele que foi “Mutilado por todos nós”.


E que me perdoe o monsenhor Slawomir Oder, embora a sua intenção seja nobre. Mas afirmar que Karol Wojtyla se mutilava, vai de encontro a um princípio basilar da teologia cristã, defendida pelo próprio papa: que “a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens (...) a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tito 2.11-14).


Desta vez darei razão ao papa, se é que não se mutilava. Como ele não está aqui para defender-se, prefiro acreditar, a seu respeito, a partir do que ele próprio escreveu ao longo da vida.


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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Prezado pastor e amigo Silas Malafaia,

O Pr. Samuel Câmara, assim como a Assembleia de Deus em Belém, enviam condolências sinceras em razão do falecimento do seu querido sogro, o Pr. José Santos, que agora está com o Senhor Jesus. Temos a certeza de que são "bem-aventurados os que choram, porque serão consolados", assim também como cremos que são "bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham".

Irmanamo-nos com toda a família, sabedores também que "É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus".

Desse modo, recebam a comunhão da nossa paz no Senhor, recebam o conforto do Espírito Santo, certos de que, um dia, todos nós "estaremos para sempre com o Senhor".
Com amor e oração,

Pr. Samuel Câmara
Assembleia de Deus em Belém