A história está repleta de exemplos de servos de Deus que foram confrontados com situações emergenciais que os colocavam, ou na situação de serem adorados, ou na de se exigir que adorassem a outro deus que não o Criador. Veja como eles procederam:
Quando o apóstolo Pedro, avisado por divina revelação, foi pregar o evangelho ao centurião romano Cornélio, este quis adorá-lo. A Bíblia assim narra o episódio: “E aconteceu que, indo Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem” (Atos 10.25).
Três jovens hebreus, Sadraque, Mesaque e Abede-nego, foram confrontados pelo rei Nabucodonozor para que adorassem a uma grande estátua de ouro do deus babilônico. Se eles não o fizessem, seriam lançados dentro de uma fornalha ardente. Assim eles responderam: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste” (Daniel 3.17).
Quando o apóstolo João recebeu a revelação do Apocalipse, teve o encontro com um anjo majestoso e quis adorá-lo. O anjo assim lhe disse: “Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantém o testemunho de Jesus; adora a Deus” (Apocalipse 19.10).
Quando Satanás tentou Jesus no deserto, propôs dar-lhe todos os reinos do mundo e a glória destes, se tão somente Jesus o adorasse. “Então Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele darás culto” (Mateus 4.10).
Destes quatro exemplos podemos depreender que nem homens, nem imagens de escultura, nem anjos, nem Satanás, ou qualquer outro ser, por mais importante ou majestoso que seja, pode ser merecedor de adoração. Isso está de acordo com o primeiro Mandamento: “Não farás para ti imagem de escultura... Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus” (Êxodo 20.4,5).
Essa questão da adoração verdadeira entrou na conversa de Jesus com uma mulher samaritana junto ao poço de Jacó. Depois de falar da água da vida e dar uma nova esperança àquela mulher, ouve dela uma indagação sobre a verdadeira adoração. Sua dúvida era quanto ao lugar onde Deus deveria ser adorado, se em Jerusalém ou em Samaria.
Nesse ponto, depois de afirmar que o lugar da adoração deixara de ser importante, Jesus adiciona um elemento a mais na revelação, e diz: “Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4.23).
Jesus ensina principalmente duas coisas nesta sentença. Primeiro, quando diz “em espírito”, Ele está indicando o nível em que deve ocorrer a verdadeira adoração. Ou seja, devemos comparecer diante de Deus com total sinceridade e num espírito (ou disposição de ânimo) dirigido pela atividade do Espírito Santo em nossa vida.
Segundo, quando diz que a adoração deve ser “em verdade”, Ele está afirmando que a adoração tem que ser prestada de conformidade com a verdade da revelação que Deus fez de si mesmo no seu Filho Jesus.
É por isso que os que propõem um tipo de adoração que ignora a verdade e as doutrinas da Palavra de Deus estão de fato desprezando, no seu todo, o único alicerce da verdadeira adoração.
A adoração, para ser levada em conta, tem que consistir em atitudes e atos que reverenciem e honrem a majestade do único Deus do universo. Sendo assim, a adoração concentra-se em Deus, e não em falsos deuses, nem no ser humano, nem em qualquer imagem de escultura, quer de anjos ou de santos. Só Deus merece ser adorado, ninguém mais.
A Palavra de Deus ensina que qualquer adoração que não seja centrada em Deus é falsa e ineficaz. Seja, portanto, um verdadeiro adorador. Adore somente a Deus. Essa é a única adoração que realmente conta.
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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