Certa vez, um pai ouviu de seu filho de quatro anos a seguinte colocação: “Papai, quando eu crescer, quero ser como o senhor”. Naquele momento, estremecido, ele se pôs a meditar sobre seu exemplo de pai e que lições estava passando ao filho. Ele acrescentou: “Desde então fiquei mais atento, para não viver de aparência, mas dar bom exemplo para ser seguido pelo meu filho”.
Um garoto de doze anos era uma testemunha chave num processo judicial. Um dos advogados, depois de interrogá-lo longamente, perguntou: “Seu pai lhe disse o que responder, não foi?”. O garoto respondeu: “Sim!” “Então nos diga, quais foram essas instruções?” – insistiu o advogado. O menino replicou: “Bem, papai me disse que os advogados iriam tentar me embaraçar; mas se eu fosse cuidadoso e falasse apenas a verdade, não iria cair em contradição”.
Certo pai viajava de carro com seu filho. Ao ver uma plantação de melancia ao lado da estrada, o pai disse ao menino: “Fique de olho aqui, enquanto vou apanhar uma melancia”. Ele entrou na plantação, escolheu uma, e então disse: “Vem vindo alguém? Olhe para os lados”. O menino observou sabiamente: “Papai, não deveríamos olhar para cima também?”
Nessas três histórias, podemos tentar localizar onde gostaríamos de estar em relação aos nossos filhos, pois nelas, invariavelmente, serviremos potencialmente como exemplo, para o bem ou para o mal.
Os filhos vão sempre querer imitar os pais. Um pai que mente está a ensinar seu filho a mentir também. Um pai desonesto, do mesmo modo, ensina a desonestidade. O pai que vive e ensina a seu filho o caminho da verdade e da justiça, igualmente, servirá de bom exemplo a ser imitado. E não tem volta, pois os exemplos são “sementes” que um dia brotarão e darão seus respectivos frutos.
Além do moral dessas histórias – uma pessoa que fala e vive a verdade não tem nada a esconder – há o indefectível exemplo dos pais que optaram por viver corretamente e, assim, fazer valer os seus exemplos como poderosos aliados no ensino aos filhos, para que sempre andem no caminho da verdade e do bem.
Sou grato a meus pais, que me ensinaram a falar sempre a verdade, a nunca mentir, a despeito de quão doloroso ou difícil pudesse ser. Esse é o mesmo modelo que passei aos meus filhos. E espero que, a seu tempo, meus netos sejam ensinados da mesma forma.
Tenho por certo que a resposta à indagação sobre que modelo de pai somos vai determinar o legado que deixaremos aos nossos filhos, além de dizer também que tipos de filhos teremos. O bom exemplo – falar a verdade, ser fiel, andar em integridade – é um dos maiores legados que um pai pode deixar aos filhos.
A Bíblia oferece a seguinte orientação: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6). Ou seja, não basta ensinar “o caminho”, tem de andar com o filho “no caminho”, em toda a sua extensão, dando bom exemplo em tudo. Infelizmente, não poucos pais têm transferido exclusivamente a estranhos (por exemplo: ao estado, à igreja, à escola) a formação moral e ética de seus filhos. Mas isto é um engano de custo altíssimo e de resultado duvidoso.
Uma boa referência para ajudar nessa avaliação é lembrar de seu próprio pai, do exemplo que foi, da influência que deixou. Bem ou mal, cada um de nós traz as marcas do pai e muitas vezes as reflete na vida.
Diante do atual cenário político nacional, com membros do governo envolto em graves denúncias de corrupção, vejo-me às vezes bastante preocupado com o futuro dos filhos das pessoas envolvidas nesses escândalos.
Quem não se lembra dos filhos de PC Farias, da vergonha que sentiam e das lágrimas que vertiam? Como não lembrar do ex-ministro Alceni Guerra sentado na calçada ao lado de seu filho, tentando explicar-lhe, em lágrimas, que não era corrupto? Que dizem agora os filhos do “mensaleiro” Marcos Valério? E os filhos (ou netos) dos ministros e parlamentares agora envolvidos em escândalos de corrupção, como enfrentarão a verdade sobre seus progenitores?
Cumpre-se o adágio popular que diz: “Os pais comem as uvas verdes e os dentes dos filhos é que se embotaram”. Cada pai tem que pensar no valor de um bom ou mau exemplo, pois são seus filhos que conviverão com as consequências.
A oração de cada pai, portanto, deveria ter este cerne: “Ajuda-me, Deus, a ser aquele homem que eu desejo que o meu filho um dia se transforme”.
Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br
Um garoto de doze anos era uma testemunha chave num processo judicial. Um dos advogados, depois de interrogá-lo longamente, perguntou: “Seu pai lhe disse o que responder, não foi?”. O garoto respondeu: “Sim!” “Então nos diga, quais foram essas instruções?” – insistiu o advogado. O menino replicou: “Bem, papai me disse que os advogados iriam tentar me embaraçar; mas se eu fosse cuidadoso e falasse apenas a verdade, não iria cair em contradição”.
Certo pai viajava de carro com seu filho. Ao ver uma plantação de melancia ao lado da estrada, o pai disse ao menino: “Fique de olho aqui, enquanto vou apanhar uma melancia”. Ele entrou na plantação, escolheu uma, e então disse: “Vem vindo alguém? Olhe para os lados”. O menino observou sabiamente: “Papai, não deveríamos olhar para cima também?”
Nessas três histórias, podemos tentar localizar onde gostaríamos de estar em relação aos nossos filhos, pois nelas, invariavelmente, serviremos potencialmente como exemplo, para o bem ou para o mal.
Os filhos vão sempre querer imitar os pais. Um pai que mente está a ensinar seu filho a mentir também. Um pai desonesto, do mesmo modo, ensina a desonestidade. O pai que vive e ensina a seu filho o caminho da verdade e da justiça, igualmente, servirá de bom exemplo a ser imitado. E não tem volta, pois os exemplos são “sementes” que um dia brotarão e darão seus respectivos frutos.
Além do moral dessas histórias – uma pessoa que fala e vive a verdade não tem nada a esconder – há o indefectível exemplo dos pais que optaram por viver corretamente e, assim, fazer valer os seus exemplos como poderosos aliados no ensino aos filhos, para que sempre andem no caminho da verdade e do bem.
Sou grato a meus pais, que me ensinaram a falar sempre a verdade, a nunca mentir, a despeito de quão doloroso ou difícil pudesse ser. Esse é o mesmo modelo que passei aos meus filhos. E espero que, a seu tempo, meus netos sejam ensinados da mesma forma.
Tenho por certo que a resposta à indagação sobre que modelo de pai somos vai determinar o legado que deixaremos aos nossos filhos, além de dizer também que tipos de filhos teremos. O bom exemplo – falar a verdade, ser fiel, andar em integridade – é um dos maiores legados que um pai pode deixar aos filhos.
A Bíblia oferece a seguinte orientação: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6). Ou seja, não basta ensinar “o caminho”, tem de andar com o filho “no caminho”, em toda a sua extensão, dando bom exemplo em tudo. Infelizmente, não poucos pais têm transferido exclusivamente a estranhos (por exemplo: ao estado, à igreja, à escola) a formação moral e ética de seus filhos. Mas isto é um engano de custo altíssimo e de resultado duvidoso.
Uma boa referência para ajudar nessa avaliação é lembrar de seu próprio pai, do exemplo que foi, da influência que deixou. Bem ou mal, cada um de nós traz as marcas do pai e muitas vezes as reflete na vida.
Diante do atual cenário político nacional, com membros do governo envolto em graves denúncias de corrupção, vejo-me às vezes bastante preocupado com o futuro dos filhos das pessoas envolvidas nesses escândalos.
Quem não se lembra dos filhos de PC Farias, da vergonha que sentiam e das lágrimas que vertiam? Como não lembrar do ex-ministro Alceni Guerra sentado na calçada ao lado de seu filho, tentando explicar-lhe, em lágrimas, que não era corrupto? Que dizem agora os filhos do “mensaleiro” Marcos Valério? E os filhos (ou netos) dos ministros e parlamentares agora envolvidos em escândalos de corrupção, como enfrentarão a verdade sobre seus progenitores?
Cumpre-se o adágio popular que diz: “Os pais comem as uvas verdes e os dentes dos filhos é que se embotaram”. Cada pai tem que pensar no valor de um bom ou mau exemplo, pois são seus filhos que conviverão com as consequências.
A oração de cada pai, portanto, deveria ter este cerne: “Ajuda-me, Deus, a ser aquele homem que eu desejo que o meu filho um dia se transforme”.
Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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