Sempre ouvimos dizer que “o tempo de Deus não é o nosso tempo”. Essa afirmação popular tem fundamento bíblico. Na Bíblia, há dois conceitos de tempo: chronos e kairos. O chronos (do qual derivam cronologia e cronômetro) é o tempo marcado pela divisibilidade do relógio: minutos, dias, décadas, séculos; compreende passado, presente e futuro. O kairos é o tempo como substância, é indivisível e não-sequencial; é a existência pura e simples; é a categoria de tempo segundo Deus, assim como chronos é a categoria humana.
Chronos (com seu “gerente” relógio) dita o nosso ritmo de vida e, geralmente, faz-nos viver confinados em agendas e prazos impostos. Para vivermos os planos divinos, temos de mudar o nosso “fuso horário” para o kairos de Deus. Isso significa sincronizar o nosso relógio diante da sala do Trono, orando e esperando que a vontade de Deus seja feita no Seu tempo e do Seu modo.
Quando Jesus estava com seus discípulos no pátio do Templo, em Jerusalém, estes teceram rasgados elogios àquela majestosa construção. Mas Jesus, surpreendentemente, lhes disse que daquele edifício não ficaria pedra sobre pedra. Momentos depois, vencidos pela curiosidade, estavam interessados em saber detalhes sobre o desenrolar dos acontecimentos. E perguntaram a Jesus: “Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?” (Mt 24.3).
Jesus lhes deu diversas instruções sobre o fim dos tempos e acrescentou que isto estava circunscrito à exclusiva autoridade do Pai. Ou seja, tudo dependia do kairos de Deus.
Não devemos estranhar, portanto, que a Bíblia ensine que Deus também tem um “relógio”. Está escrito que Ele fixou “tempos previamente estabelecidos” (At 17.26). Por exemplo, Jesus nasceu em Belém da Judeia no tempo determinado por Deus: “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu filho” (Gl 4.4).
Não é de admirar que Jesus tenha começado o seu ministério somente aos trinta anos de idade, não antes. Ele disse: “O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15). Ele o fez de acordo com o relógio de Deus.
Até mesmo a Sua morte na cruz se deu “a seu tempo”, ou seja, no tempo de Deus (Rm 5.6). Desse mesmo modo, Deus também estabeleceu o tempo para o retorno do Seu Filho e fixou uma época para o acerto de contas com a humanidade.
O kairos de Deus não falha. Embora aconteça dentro do chronos humano, não se atrasa, a despeito da tortuosidade da história humana.
Quanto ao retorno de Jesus, há quem pense que Deus está atrasado, pois já se passaram cerca de dois mil anos, desde Sua ascensão aos céus. Porém, o apóstolo Pedro responde: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”. O tempo de Deus não é como o nosso, pois “para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pe 3.8,9). Assim, para Deus, relativamente falando, só se passaram dois dias.
O tempo estabelecido por Deus será integralmente cumprido. Embora não saibamos o chronos (dia e hora) do regresso do Senhor, Deus não nos deixou à mercê da incerteza. Pelo contrário, nos indicou vários sinais.
Jesus falou da incidência de guerras, de filhos se voltando contra os pais e vice-versa, do surgimento de enganadores se fazendo de “Cristos”, de fomes e terremotos em vários lugares. Disse que muitos destilariam ódio sem causa, que a traição estaria na ordem do dia, que a iniquidade se multiplicaria e o amor se esfriaria, que muitos perderiam a fé, entre outros sinais. Mas acrescentou que isso ainda não seria o fim, mas apenas “o princípio das dores”. (Leia Mateus 24)
O apóstolo Paulo disse: “Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (2 Tm 3.1-5).
Em nossos dias, o declínio da moral tornou quase comum essas coisas acima. Estamos completamente cercados por uma onda crescente de imoralidade e sua influência danosa na vida social.
O “relógio” de Deus, porém, continua com o seu inexorável tic-tac, marcando cada compasso de um tempo que está prestes a se consumar. Em sabendo disso, seremos sábios se acertarmos o nosso “fuso horário” com o kairos de Deus, para que não sejamos pegos desprevenidos.
O tempo de Deus está se cumprindo, a volta de Cristo se aproxima... Você já se preparou?
Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br
Chronos (com seu “gerente” relógio) dita o nosso ritmo de vida e, geralmente, faz-nos viver confinados em agendas e prazos impostos. Para vivermos os planos divinos, temos de mudar o nosso “fuso horário” para o kairos de Deus. Isso significa sincronizar o nosso relógio diante da sala do Trono, orando e esperando que a vontade de Deus seja feita no Seu tempo e do Seu modo.
Quando Jesus estava com seus discípulos no pátio do Templo, em Jerusalém, estes teceram rasgados elogios àquela majestosa construção. Mas Jesus, surpreendentemente, lhes disse que daquele edifício não ficaria pedra sobre pedra. Momentos depois, vencidos pela curiosidade, estavam interessados em saber detalhes sobre o desenrolar dos acontecimentos. E perguntaram a Jesus: “Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?” (Mt 24.3).
Jesus lhes deu diversas instruções sobre o fim dos tempos e acrescentou que isto estava circunscrito à exclusiva autoridade do Pai. Ou seja, tudo dependia do kairos de Deus.
Não devemos estranhar, portanto, que a Bíblia ensine que Deus também tem um “relógio”. Está escrito que Ele fixou “tempos previamente estabelecidos” (At 17.26). Por exemplo, Jesus nasceu em Belém da Judeia no tempo determinado por Deus: “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu filho” (Gl 4.4).
Não é de admirar que Jesus tenha começado o seu ministério somente aos trinta anos de idade, não antes. Ele disse: “O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15). Ele o fez de acordo com o relógio de Deus.
Até mesmo a Sua morte na cruz se deu “a seu tempo”, ou seja, no tempo de Deus (Rm 5.6). Desse mesmo modo, Deus também estabeleceu o tempo para o retorno do Seu Filho e fixou uma época para o acerto de contas com a humanidade.
O kairos de Deus não falha. Embora aconteça dentro do chronos humano, não se atrasa, a despeito da tortuosidade da história humana.
Quanto ao retorno de Jesus, há quem pense que Deus está atrasado, pois já se passaram cerca de dois mil anos, desde Sua ascensão aos céus. Porém, o apóstolo Pedro responde: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”. O tempo de Deus não é como o nosso, pois “para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pe 3.8,9). Assim, para Deus, relativamente falando, só se passaram dois dias.
O tempo estabelecido por Deus será integralmente cumprido. Embora não saibamos o chronos (dia e hora) do regresso do Senhor, Deus não nos deixou à mercê da incerteza. Pelo contrário, nos indicou vários sinais.
Jesus falou da incidência de guerras, de filhos se voltando contra os pais e vice-versa, do surgimento de enganadores se fazendo de “Cristos”, de fomes e terremotos em vários lugares. Disse que muitos destilariam ódio sem causa, que a traição estaria na ordem do dia, que a iniquidade se multiplicaria e o amor se esfriaria, que muitos perderiam a fé, entre outros sinais. Mas acrescentou que isso ainda não seria o fim, mas apenas “o princípio das dores”. (Leia Mateus 24)
O apóstolo Paulo disse: “Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (2 Tm 3.1-5).
Em nossos dias, o declínio da moral tornou quase comum essas coisas acima. Estamos completamente cercados por uma onda crescente de imoralidade e sua influência danosa na vida social.
O “relógio” de Deus, porém, continua com o seu inexorável tic-tac, marcando cada compasso de um tempo que está prestes a se consumar. Em sabendo disso, seremos sábios se acertarmos o nosso “fuso horário” com o kairos de Deus, para que não sejamos pegos desprevenidos.
O tempo de Deus está se cumprindo, a volta de Cristo se aproxima... Você já se preparou?
Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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