Para que serve um símbolo? Por que nos valemos deles para expressar os pontos fundamentais da nossa fé? Por exemplo, no início da Igreja, os discípulos se utilizavam do símbolo de um peixe para expressar a sua identidade cristã. Desde o ano de 325 d.C., porém, a cruz passou a ser considerada o símbolo oficial do cristianismo.
A importância de um símbolo dá-se em razão de sua forma (ou sua natureza) servir para evocar, representar ou substituir, num determinado contexto, algo abstrato ou ausente.
Desse modo, quando pensamos na Páscoa, que símbolos nos vêm à mente? A resposta é óbvia demais para muitos, pois dirão com certeza que a Páscoa lhes remete à lembrança de coelhinhos e ovos de chocolate.
Mas o que coelhinhos e ovos de chocolate têm a ver com a Páscoa? Por que razão a cristandade alterou substancialmente a sua simbologia para comemorar a data mais marcante de sua própria existência com uma simbologia que nada lhe diz respeito? O que mudou no coração do cristianismo?
Será que os marqueteiros da religiosidade cristã queriam maquiar os fundamentos da fé para tornarem a mensagem cristã mais agradável aos povos pagãos?
O ovo, cujo símbolo indica "o nascimento, a vida", é de chocolate, que vem do cacau, cujo nome científico em grego é Teobroma Cacau, quer dizer: o néctar dos deuses.
Os coelhinhos surgiram como símbolos da Páscoa importados da mitologia pagã egípcia, pois lá representavam a fecundidade e a reprodução constante da vida.
A associação entre coelhinhos e ovos de chocolate é mera peça de marketing religioso copiada da Idade Média, quando os antigos povos pagãos europeus, nesta época do ano, homenageavam Ostera, a deusa da primavera. Ostera segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés, cuja simbologia significa o surgimento de uma nova vida.
Assim, ao considerarmos a simbologia envolvida nas comemorações da Páscoa, de uma coisa podemos ter certeza: os símbolos atuais, além do fato de possuírem poderosos atrativos comerciais, de certa forma conspiram para ocultar o verdadeiro sentido dessa festa judaico-cristã.
A verdadeira Páscoa nada fala sobre coelhinhos saltitantes, mas de cordeiros mortos e sangue derramado para perdão de pecados; nada diz sobre ovos de chocolate, mas de ervas amargosas como sinal de arrependimento.
Claro, cordeiros mortos e sangue espalhado evocam lembranças extremamente asquerosas e não ajudariam a vender sequer desinfetante para ajudar a limpar a sujeira. Mas Páscoa fala mesmo de sujeira moral, de decadência espiritual, de escravidão e morte, pois esta era a condição do povo.
Porém, a Páscoa transcende esse ponto. Ela também fala da limpeza do pecado e da culpa. Fala também de libertação da escravidão, de ressurreição para uma nova vida e também de vida eterna.
Páscoa é o rompimento das velhas estruturas do pecado, simbolizado pelo Egito, para receber a nova aliança de Deus, simbolizado pelo cordeiro que foi morto. A Páscoa fala do abandono da condição de escravo, da libertação do jugo das trevas, cuja bênção está acessível a todo aquele que crê.
A Páscoa fala também de restituição. A libertação do Egito e a posse de uma nova terra representam a restituição de Deus, pois a vida que deveríamos viver, mas o pecado nos roubou, Deus nos restitui gratuitamente pela Sua infinita misericórdia.
Páscoa fala de sacrifício. "Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós" (1 Co 5.7). E, na cruz, não tem doçura, tem o amargor de Jesus em ser o nosso Substituto, em pagar o preço que nós deveríamos pagar pelos nossos pecados.
Não, na Páscoa não há "néctar dos deuses", há o próprio Deus que se fez homem e derramou o Seu sangue inocente para nos salvar do pecado e da morte.
Enfim, não é da Bíblia que tiraram essa idéia romântica de coelhinhos e ovos de chocolate na Páscoa, foi do paganismo.
Embora na Páscoa pouco ou nada se fale sobre Jesus, tome a atitude de colocar o Senhor Jesus no centro da sua vida, pois Ele veio para que tenhamos vida, e vida em abundância!
Feliz Páscoa!
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" - http://www.oliberal.com.br/
A importância de um símbolo dá-se em razão de sua forma (ou sua natureza) servir para evocar, representar ou substituir, num determinado contexto, algo abstrato ou ausente.
Desse modo, quando pensamos na Páscoa, que símbolos nos vêm à mente? A resposta é óbvia demais para muitos, pois dirão com certeza que a Páscoa lhes remete à lembrança de coelhinhos e ovos de chocolate.
Mas o que coelhinhos e ovos de chocolate têm a ver com a Páscoa? Por que razão a cristandade alterou substancialmente a sua simbologia para comemorar a data mais marcante de sua própria existência com uma simbologia que nada lhe diz respeito? O que mudou no coração do cristianismo?
Será que os marqueteiros da religiosidade cristã queriam maquiar os fundamentos da fé para tornarem a mensagem cristã mais agradável aos povos pagãos?
O ovo, cujo símbolo indica "o nascimento, a vida", é de chocolate, que vem do cacau, cujo nome científico em grego é Teobroma Cacau, quer dizer: o néctar dos deuses.
Os coelhinhos surgiram como símbolos da Páscoa importados da mitologia pagã egípcia, pois lá representavam a fecundidade e a reprodução constante da vida.
A associação entre coelhinhos e ovos de chocolate é mera peça de marketing religioso copiada da Idade Média, quando os antigos povos pagãos europeus, nesta época do ano, homenageavam Ostera, a deusa da primavera. Ostera segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés, cuja simbologia significa o surgimento de uma nova vida.
Assim, ao considerarmos a simbologia envolvida nas comemorações da Páscoa, de uma coisa podemos ter certeza: os símbolos atuais, além do fato de possuírem poderosos atrativos comerciais, de certa forma conspiram para ocultar o verdadeiro sentido dessa festa judaico-cristã.
A verdadeira Páscoa nada fala sobre coelhinhos saltitantes, mas de cordeiros mortos e sangue derramado para perdão de pecados; nada diz sobre ovos de chocolate, mas de ervas amargosas como sinal de arrependimento.
Claro, cordeiros mortos e sangue espalhado evocam lembranças extremamente asquerosas e não ajudariam a vender sequer desinfetante para ajudar a limpar a sujeira. Mas Páscoa fala mesmo de sujeira moral, de decadência espiritual, de escravidão e morte, pois esta era a condição do povo.
Porém, a Páscoa transcende esse ponto. Ela também fala da limpeza do pecado e da culpa. Fala também de libertação da escravidão, de ressurreição para uma nova vida e também de vida eterna.
Páscoa é o rompimento das velhas estruturas do pecado, simbolizado pelo Egito, para receber a nova aliança de Deus, simbolizado pelo cordeiro que foi morto. A Páscoa fala do abandono da condição de escravo, da libertação do jugo das trevas, cuja bênção está acessível a todo aquele que crê.
A Páscoa fala também de restituição. A libertação do Egito e a posse de uma nova terra representam a restituição de Deus, pois a vida que deveríamos viver, mas o pecado nos roubou, Deus nos restitui gratuitamente pela Sua infinita misericórdia.
Páscoa fala de sacrifício. "Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós" (1 Co 5.7). E, na cruz, não tem doçura, tem o amargor de Jesus em ser o nosso Substituto, em pagar o preço que nós deveríamos pagar pelos nossos pecados.
Não, na Páscoa não há "néctar dos deuses", há o próprio Deus que se fez homem e derramou o Seu sangue inocente para nos salvar do pecado e da morte.
Enfim, não é da Bíblia que tiraram essa idéia romântica de coelhinhos e ovos de chocolate na Páscoa, foi do paganismo.
Embora na Páscoa pouco ou nada se fale sobre Jesus, tome a atitude de colocar o Senhor Jesus no centro da sua vida, pois Ele veio para que tenhamos vida, e vida em abundância!
Feliz Páscoa!
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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