sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Hora de decisão

Quero congratular-me com o Brasil e com você, eleitor, que domingo vai votar, neste momento especial de festa democrática. Em votando, cada um de nós mostrará a sua relevância para o nosso País e nossa gente. Esta é uma hora de decisão!

Nesse exato momento, cerca de metade da população do mundo não sabe sequer o que quer dizer votar e escolher os seus próprios governantes, pois esse é um instrumento inexistente em não poucas culturas e países. Por esse prisma, podemos nos considerar privilegiados ao fazermos parte da escolha da vida política do nosso povo. Isto porque, bem ou mal, vivemos em uma democracia.

Abraham Lincoln definiu democracia assim: “É o governo do povo, pelo povo e para o povo”. Desse modo, quando o povo vota, escolhe o seu próprio destino. A maneira como cada eleitor trata o seu voto fornece uma pista segura para sabermos se o mesmo tem consciência política e exerce plenamente o seu direito de cidadão, ou não. Assim, a estatura de cada cidadão é medida pela valoração que dá ao seu voto, pelo modo como expressa a sua vontade política.

O voto precisa ser não somente intransferível e inegociável, mas também deve refletir a compreensão que o eleitor tem de seu País. Em função disso, o eleitor não deve, em hipótese alguma, violar a sua consciência política, principalmente no que diz respeito à sua maneira de ver a realidade social.

Cada eleitor deve discernir se o candidato que pede o seu voto é uma pessoa lúcida e comprometida com as causas da Justiça e da Verdade, e não um oportunista de plantão, que só aparece em época de eleição.

O eleitor deve ter compromissos éticos na política, jamais aceitando promessas de qualquer candidato que possam implicar na pros tituição da sua consciência, mesmo que a “recompensa” propalada seja aparentemente muito boa. O eleitor não deve aceitar de forma alguma que lhe roubem a glória de ser um cidadão responsável e útil à sociedade com o seu voto.

Devemos ter em mente que o nosso voto é um instrumento revolucionário de transformação social, mas de um modo pacífico. E essa é uma característica única e essencial de democracias sólidas e estáveis, cuja ação só pode ser realizada por um ato da vontade e da consciência de cada cidadão.

Quer admitamos ou não, neste 3 de outubro, estaremos caminhando para melhorar ou piorar o nosso País, dependendo da nossa atitude e da qualidade do nosso voto. Se formos omissos, ajudaremos a piorar a situação; se diligentes e éticos, solidários e participativos, daremos um grande passo para melhorá-lo.

Se não é possível mudar tudo e fazer o bem de uma só vez, podemos ao menos tentar evitar que o mal prospere, ao votarmos e elegermos os candidatos sérios e de melhores propostas. Se estes não puderem mudar o que precisa ser mudado, na pior das hipóteses evitarão que pessoas nocivas sejam eleitas e ocupem o lugar que nos é devido, exerçam autoridade sobre nós, persigam nossa fé e blasfemem contra o nosso Deus.

Talvez você esteja frustrado com a escolha que fez nas últimas eleições. Talvez seja um daqueles que nem se lembra em quem votou. Ou talvez você seja uma das pessoas que ache eleição uma coisa chatíssima.

Mas pense! Uma pessoa que comece a votar aos 16 anos e viva até aos 80 anos, poderá votar 17 vezes, no máximo. Quantas coisas na vida você pode fazer para mudar ou melhorar algo e, por fim, acaba desprezando? Isso ajuda a mostrar que importância e urgência o assunto eleições deve merecer de cada um de nós. Afinal, esta é a festa da democracia.

Nesta hora de decisão, que Deus nos ajude a fazer a melhor escolha. Oro para o nosso voto ser o instrumento de uma revolução silenciosa e pacífica que ajude a mudar para melhor o nosso País!



Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br/

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