sábado, 21 de maio de 2011

Temos muito a celebrar

Algumas pessoas nos indagam, enquanto outros nos criticam, a respeito das polêmicas e discussões sobre a realização do Centenário da Assembleia de Deus no Brasil em Belém, onde tudo começou. Para alguns, as relações eclesiásticas estão deterioradas a tal ponto, que não há o que comemorar. Para outros, deveríamos ficar calados, permitir a Igreja-mãe sofrer todo tipo de “bullying eclesiástico”, num dístico de alienação típico do “deixa como está para ver como é que fica”.

Porém, enquanto indagações e críticas perpassam as mentes e tentam nos atingir para minorar a nossa inspiração e abater o nosso ânimo, nossa principal resposta não pode ser outra senão a que, fazendo parte da Geração do Centenário, temos de continuar avançando e marcando posição entre os grandes da nossa gloriosa história, enquanto os homenzinhos de alma pequena se medem por si mesmos e vivem a sua própria ignomínia.

Com certeza, temos muito o que comemorar. O Centenário da Assembleia de Deus nos permite a expressão de fé de ainda podermos acreditar que Deus realiza grandes obras, tanto materiais como espirituais. Isto porque o Senhor nos deu essa oportunidade, para que tivéssemos uma causa em comum, algo que nos unisse num só propósito.

Aquilo que o Senhor nos deu para constituirmos como Desafios do Centenário parecia uma grande loucura. Alguns reagiram com fé. Outros, com dúvidas e críticas. O primeiro hino que cantamos como celebração dessa nova fase veio para nos animar: “Eu vou rumo ao Centenário, eu chego lá”. Alguém ainda duvida?

Dentre os desafios que chamamos de “materiais”, temos o Centro de Convenções da Assembleia de Deus, cujas obras estão em processo de acabamento. Vamos inaugurá-lo brevemente, com a bênção do Senhor Jesus. O Museu Nacional da Assembleia de Deus está sendo finalizado, cujo local o Senhor nos surpreendeu em ser uma réplica da casa de Henrique e Celina Albuquerque, onde os primeiros cultos de nossa igreja aconteceram. A avenida Centenário da Assembleia de Deus também já é uma realidade, uma vez que, no último dia 17, foi sancionada a Lei nº 8.808, que lhe dá existência legal. Essas coisas estão no rol daquelas que nós, como servos de Deus, podemos realizar com o nosso trabalho, oração e ofertas.

Quanto aos desafios que chamamos de “espirituais”, temos obtido expressivas vitórias. Já estamos perto de alcançar as 20 mil decisões, já estamos próximos de alcançar os 10 mil batizados nas águas e 10 mil batizados no Espírito Santo. Essas coisas estão no rol daquelas que só o Senhor pode realizar. Em ambas, porém, tanto cooperamos com o Senhor como Ele coopera conosco.

A vitória, portanto, é daqueles que crerem antes de terem visto qualquer indício de que o Senhor estava a nos conduzir para essa apoteose pentecostal que nos está reservada por ocasião da celebração do Centenário da Assembleia de Deus em junho próximo.

Temos muito a celebrar. A presente geração pode celebrar o crescimento da Assembleia de Deus, que nesta época atingiu o maior patamar da nossa história. Os motivos essenciais do crescimento assembleiano continuam os mesmos: Jesus salva, cura e batiza com o Espírito Santo.

Crescemos porque contamos com fatores espirituais, quando a liberdade de ação do Espírito Santo nos permitiu conquistar muitas almas e realizar grandes coisas para o reino de Deus. Há também as razões antropológicas, cujo anseio por Deus das inúmeras almas famintas encontrou uma mensagem cheia de vida e poder.

Nossa igreja contou também com elementos sociológicos, pois em nosso meio as pessoas encontraram a sensação de abrigo, segurança, identidade e comunhão nesse mundo hostil. Nossa metodologia pastoral permitiu em larga escala a participação leiga, constituindo-se num amplo e maravilhoso exemplo de inclusão social. Os fatores psicológicos e culturais também cooperaram, no sentido de que esta obra permitiu a liberdade de adoração e emoção, com música popular e instrumentos musicais, numa abençoada simbiose de comunhão e adoração.

Chegamos ao Centenário e temos muito a comemorar. Não vamos nos intimidar por nenhum tipo de “bullying”, mas agradecemos a Deus pela gloriosa oportunidade de estarmos vivos e ativos, crendo que Deus ainda conta conosco nessa luta e que também nós todos podemos contar com Ele.

Aqueles que pretendem participar conosco da celebração do Centenário, parafraseando os pastores, podem dizer: “Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer”.

Avante! Temos muito a celebrar! Nós somos a Geração do Centenário.


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br/



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