A imprensa noticiou recentemente que o meia-atacante corintiano, o chinês Zizao, atração de um evento de Páscoa para crianças carentes na sede do clube, não entendendo o significado da festa, perguntou: “O que é Páscoa?”. Ora, a pergunta de Zizao é compreensível, pois a maioria dos chineses, inseridos num contexto social de orientação política ateísta, desconhecem a Bíblia e também não possuem o hábito dessa comemoração.
Não ficou claro se a pergunta teve resposta. Mas o que lhe diriam os brasileiros, muitos dos quais também desconhecem o correto significado da Páscoa? Podemos vislumbrar algumas respostas possíveis.
Há os que diriam que a Páscoa significa apenas uma festa em que se celebra a vida e a fertilidade (daí os coelhinhos e os ovos de chocolate) e uma oportunidade para se presentear os amigos com ovos de chocolate, uma chance festiva para escapar do regime e engordar uns quilinhos com a bênção do feriadão religioso.
Outros responderiam que a Páscoa é economicamente importante pela oportunidade de negócios que oferece, pela possibilidade de bons lucros decorrentes da venda de artigos religiosos e guloseimas. Não poucos religiosos afirmariam que a importância da Páscoa é circunscrita ao rigor devocional da proibição de comer carne vermelha e à obrigação de frequentar uma igreja, buscando um momento de realinhamento religioso para confessar e purgar alguns pecadinhos da vida e seguir em frente com algum alívio.
Uma resposta mais acurada afirmaria, porém, que a Páscoa tem um significado essencialmente espiritual. Páscoa é uma palavra que vem do hebraico “pesah”, que significa literalmente “passar por cima”, “poupar”. Quando Deus libertou o povo de Israel da escravidão do Egito, no evento chamado Êxodo, antes ordenou que cada família se reunisse e tomasse um cordeiro de um ano e sem defeito, sacrificando-o e comendo-o assado, acompanhado de ervas amargosas e pão sem fermento.
Os israelitas deveriam passar o sangue do cordeiro nas laterais e vigas superiores da portas das casas, pois quando o anjo da morte percorresse a terra, passaria “por cima” das residências que tivessem o sinal do sangue para “poupar” os seus primogênitos (Êxodo 12). Daí o termo Páscoa e a ordem de Deus para que fosse celebrada continuamente como um memorial dessa libertação.
Embora a mensagem da Páscoa se reporte a um acontecimento tão distante na História, ela nos traz importantes lições, contidas nos seus próprios símbolos. O cordeiro “sem defeito” prefigurava Jesus, o Homem que “não cometeu pecado” e o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O cordeiro morto e o seu sangue passado nas portas eram uma antecipação simbólica do sacrifício de Cristo na cruz pelos nossos pecados.
As ervas amargosas sinalizavam a necessidade de humildade e arrependimento. Como o fermento geralmente simboliza o pecado e a corrupção, o pão sem fermento indicava a pureza requerida dos que servem a Deus. Cada família deveria estar reunida, cuja unidade representava a sacralidade da família aos olhos de Deus, que a abençoa e protege. O cordeiro sacrificado indicava substituição, prenunciando a morte de Cristo como nosso substituto, para não termos de morrer.
Cumprir todo esse ritual identificava a obediência que vem da fé e que resultaria na salvação. Se tão somente o povo israelita deixasse de cumprir a ordem de Deus, por descrença ou descuido, a morte fatalmente os atingiria. Era, portanto, preciso agir com obediência e fé, pois “sem fé é impossível agradar a Deus”.
Páscoa é libertação para toda a família. Portanto, caso sua família esteja com problemas, ou se desintegrando, clame a Deus, pois Ele quer livrar sua casa e torná-la uma bênção. Páscoa é livramento pessoal. Portanto, se sua vida está ilhada, vazia e sem sentido, Deus mostra uma direção segura para levá-lo a uma “terra prometida” de novas oportunidades.
Páscoa é liberdade. Portanto, se você está escravizado a vícios ou tem alguma deformação de caráter, lembre-se que Deus tem o poder de perdoar e libertar. Páscoa representa também contrição, arrependimento e gratidão pela obra redentora de Cristo, que propicia uma comunhão íntima com Deus. Portanto, aproveite esse momento para buscar a Deus “enquanto se pode achar” e invocá-lo “enquanto está perto”.
A Páscoa é uma festividade memorial, ajudando a lembrar que Jesus morreu e ressuscitou pelos nossos pecados, para sermos salvos e termos vida abundante. Feriado, coelhinhos, ovos de chocolate, nada disso pode ofuscar o que Cristo realizou, quando morreu na cruz para pagar o preço da nossa salvação eterna e ressuscitou para nos tornar inculpáveis diante de Deus.
É por isso que a Páscoa deve ser comemorada com alegria, pois aponta para a libertação que Jesus propiciou aos que creem. Cristo está vivo e Sua palavra ainda ecoa: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.
Entendeu, Zizao? Tenha uma feliz Páscoa!
Não ficou claro se a pergunta teve resposta. Mas o que lhe diriam os brasileiros, muitos dos quais também desconhecem o correto significado da Páscoa? Podemos vislumbrar algumas respostas possíveis.
Há os que diriam que a Páscoa significa apenas uma festa em que se celebra a vida e a fertilidade (daí os coelhinhos e os ovos de chocolate) e uma oportunidade para se presentear os amigos com ovos de chocolate, uma chance festiva para escapar do regime e engordar uns quilinhos com a bênção do feriadão religioso.
Outros responderiam que a Páscoa é economicamente importante pela oportunidade de negócios que oferece, pela possibilidade de bons lucros decorrentes da venda de artigos religiosos e guloseimas. Não poucos religiosos afirmariam que a importância da Páscoa é circunscrita ao rigor devocional da proibição de comer carne vermelha e à obrigação de frequentar uma igreja, buscando um momento de realinhamento religioso para confessar e purgar alguns pecadinhos da vida e seguir em frente com algum alívio.
Uma resposta mais acurada afirmaria, porém, que a Páscoa tem um significado essencialmente espiritual. Páscoa é uma palavra que vem do hebraico “pesah”, que significa literalmente “passar por cima”, “poupar”. Quando Deus libertou o povo de Israel da escravidão do Egito, no evento chamado Êxodo, antes ordenou que cada família se reunisse e tomasse um cordeiro de um ano e sem defeito, sacrificando-o e comendo-o assado, acompanhado de ervas amargosas e pão sem fermento.
Os israelitas deveriam passar o sangue do cordeiro nas laterais e vigas superiores da portas das casas, pois quando o anjo da morte percorresse a terra, passaria “por cima” das residências que tivessem o sinal do sangue para “poupar” os seus primogênitos (Êxodo 12). Daí o termo Páscoa e a ordem de Deus para que fosse celebrada continuamente como um memorial dessa libertação.
Embora a mensagem da Páscoa se reporte a um acontecimento tão distante na História, ela nos traz importantes lições, contidas nos seus próprios símbolos. O cordeiro “sem defeito” prefigurava Jesus, o Homem que “não cometeu pecado” e o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O cordeiro morto e o seu sangue passado nas portas eram uma antecipação simbólica do sacrifício de Cristo na cruz pelos nossos pecados.
As ervas amargosas sinalizavam a necessidade de humildade e arrependimento. Como o fermento geralmente simboliza o pecado e a corrupção, o pão sem fermento indicava a pureza requerida dos que servem a Deus. Cada família deveria estar reunida, cuja unidade representava a sacralidade da família aos olhos de Deus, que a abençoa e protege. O cordeiro sacrificado indicava substituição, prenunciando a morte de Cristo como nosso substituto, para não termos de morrer.
Cumprir todo esse ritual identificava a obediência que vem da fé e que resultaria na salvação. Se tão somente o povo israelita deixasse de cumprir a ordem de Deus, por descrença ou descuido, a morte fatalmente os atingiria. Era, portanto, preciso agir com obediência e fé, pois “sem fé é impossível agradar a Deus”.
Páscoa é libertação para toda a família. Portanto, caso sua família esteja com problemas, ou se desintegrando, clame a Deus, pois Ele quer livrar sua casa e torná-la uma bênção. Páscoa é livramento pessoal. Portanto, se sua vida está ilhada, vazia e sem sentido, Deus mostra uma direção segura para levá-lo a uma “terra prometida” de novas oportunidades.
Páscoa é liberdade. Portanto, se você está escravizado a vícios ou tem alguma deformação de caráter, lembre-se que Deus tem o poder de perdoar e libertar. Páscoa representa também contrição, arrependimento e gratidão pela obra redentora de Cristo, que propicia uma comunhão íntima com Deus. Portanto, aproveite esse momento para buscar a Deus “enquanto se pode achar” e invocá-lo “enquanto está perto”.
A Páscoa é uma festividade memorial, ajudando a lembrar que Jesus morreu e ressuscitou pelos nossos pecados, para sermos salvos e termos vida abundante. Feriado, coelhinhos, ovos de chocolate, nada disso pode ofuscar o que Cristo realizou, quando morreu na cruz para pagar o preço da nossa salvação eterna e ressuscitou para nos tornar inculpáveis diante de Deus.
É por isso que a Páscoa deve ser comemorada com alegria, pois aponta para a libertação que Jesus propiciou aos que creem. Cristo está vivo e Sua palavra ainda ecoa: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.
Entendeu, Zizao? Tenha uma feliz Páscoa!
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
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