Imagine alguém que estivesse resolvido a melhorar uma obra-prima. Imagine-o visitando o Museu do Louvre, em Paris, decidido a melhorar Mona Lisa, a célebre pintura de Leonardo da Vinci. Ao aproximar-se do quadro, tem na sua mão uma paleta e pincéis para alterar a imponente figura. Pensa em acrescentar um pouco mais de cor ao rosto, ressaltar o sorriso, ou mudar um pouquinho o nariz.
Qualquer pessoa sensata diria: Isso é ridículo! Em seus quase quinhentos anos de existência, Mona Lisa tem sido considerada um dos maiores trabalhos artísticos de todos os tempos! Não seria totalmente absurdo alguém pensar em acrescentar algo a essa obra-prima? Tendo em vista que uma obra-prima é uma obra perfeita ou considerada como tal, logo ninguém deveria sequer pensar em alterá-la minimamente.
No entanto, não é estranho que seja exatamente isso que alguns tentem fazer com a obra de Cristo, a Salvação? Não é absurdo que, no decorrer da História, muitos tenham tentado melhorar, com alguns trabalhos seus, uma obra que já é perfeita?
São criadas regras e mais regras, são exigidas obras e mais obras: faça isso, não faça aquilo; coma isso, não coma aquilo; pague promessa, dê dinheiro, participe disso e daquilo. Tudo para alcançar a Salvação, mas são apenas tentativas fracassadas de tentar melhorar o que não pode e não precisa ser aperfeiçoado.
Convém ressaltar que Jesus, o Autor da Salvação, fez uma declaração de irretocabilidade de Sua Obra-prima, quando, na cruz do Calvário, bradou: “Está consumado!” Este era o “selo” de qualidade de uma obra perfeita!
O profeta Isaías indica o que ocorreu naquela cruz: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.4-5).
O apóstolo Paulo acrescenta que Jesus foi aceito como nosso substituto “perfeito” diante de Deus: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21).
Antes de Cristo, na antiga aliança, os sacerdotes faziam sacrifícios de animais pelos pecados, seus e do povo. Mas Jesus se tornou o Sacerdote perfeito, o “fiador de superior aliança”. Desse modo, Ele, e só Ele, “pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu” (Hb 7.22-27).
“Uma vez por todas” quer dizer: Perfeito!
Perfeito vem do Latim perfectu, feito até o fim, acabado, terminado. Per é um prefixo que traz a ideia de intensidade e totalidade, além de ampliar o alcance de uma palavra. Quando uma coisa pode durar mais do que seria de esperar, ela é perdurável. Uma das particularidades das palavras formadas com o prefixo per é que mostram algo que vai além das expectativas: perene, permanente, persuasão, perseverança etc. A palavra fectu é simplesmente “feito”.
Portanto, uma “obra perfeita” não é aquela que apenas existe; é completa, sem nenhuma falha.
É por isso que o apóstolo Pedro afirma que Jesus é o único Salvador: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12).
Quando alguém ouve que Jesus pagou o preço por seus pecados e que não precisa fazer nada para merecer a graça de Deus, pensa que isso é bom demais para ser verdade? Acha, porventura, que existe algo que ainda precisa fazer para merecê-la?
Paulo afirma: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).
Na verdade, não se pode acrescentar nada à obra de Salvação; ela é uma dádiva de Deus. O preço foi pago por Jesus na cruz! A Obra-prima está completa! Tudo o que podemos dizer é: “Eu quero!”, ou: “Eu não quero!”
Tudo o que devemos fazer é recebê-la gratuitamente e, como uma “obra de arte” perfeita e eterna, apreciá-la e vivê-la.
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br/
Qualquer pessoa sensata diria: Isso é ridículo! Em seus quase quinhentos anos de existência, Mona Lisa tem sido considerada um dos maiores trabalhos artísticos de todos os tempos! Não seria totalmente absurdo alguém pensar em acrescentar algo a essa obra-prima? Tendo em vista que uma obra-prima é uma obra perfeita ou considerada como tal, logo ninguém deveria sequer pensar em alterá-la minimamente.
No entanto, não é estranho que seja exatamente isso que alguns tentem fazer com a obra de Cristo, a Salvação? Não é absurdo que, no decorrer da História, muitos tenham tentado melhorar, com alguns trabalhos seus, uma obra que já é perfeita?
São criadas regras e mais regras, são exigidas obras e mais obras: faça isso, não faça aquilo; coma isso, não coma aquilo; pague promessa, dê dinheiro, participe disso e daquilo. Tudo para alcançar a Salvação, mas são apenas tentativas fracassadas de tentar melhorar o que não pode e não precisa ser aperfeiçoado.
Convém ressaltar que Jesus, o Autor da Salvação, fez uma declaração de irretocabilidade de Sua Obra-prima, quando, na cruz do Calvário, bradou: “Está consumado!” Este era o “selo” de qualidade de uma obra perfeita!
O profeta Isaías indica o que ocorreu naquela cruz: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.4-5).
O apóstolo Paulo acrescenta que Jesus foi aceito como nosso substituto “perfeito” diante de Deus: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21).
Antes de Cristo, na antiga aliança, os sacerdotes faziam sacrifícios de animais pelos pecados, seus e do povo. Mas Jesus se tornou o Sacerdote perfeito, o “fiador de superior aliança”. Desse modo, Ele, e só Ele, “pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu” (Hb 7.22-27).
“Uma vez por todas” quer dizer: Perfeito!
Perfeito vem do Latim perfectu, feito até o fim, acabado, terminado. Per é um prefixo que traz a ideia de intensidade e totalidade, além de ampliar o alcance de uma palavra. Quando uma coisa pode durar mais do que seria de esperar, ela é perdurável. Uma das particularidades das palavras formadas com o prefixo per é que mostram algo que vai além das expectativas: perene, permanente, persuasão, perseverança etc. A palavra fectu é simplesmente “feito”.
Portanto, uma “obra perfeita” não é aquela que apenas existe; é completa, sem nenhuma falha.
É por isso que o apóstolo Pedro afirma que Jesus é o único Salvador: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12).
Quando alguém ouve que Jesus pagou o preço por seus pecados e que não precisa fazer nada para merecer a graça de Deus, pensa que isso é bom demais para ser verdade? Acha, porventura, que existe algo que ainda precisa fazer para merecê-la?
Paulo afirma: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).
Na verdade, não se pode acrescentar nada à obra de Salvação; ela é uma dádiva de Deus. O preço foi pago por Jesus na cruz! A Obra-prima está completa! Tudo o que podemos dizer é: “Eu quero!”, ou: “Eu não quero!”
Tudo o que devemos fazer é recebê-la gratuitamente e, como uma “obra de arte” perfeita e eterna, apreciá-la e vivê-la.
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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