Um homem idoso estava internado no hospital, assistido de perto por sua esposa vinte anos mais nova, sentada ao lado da sua cama. “É você, Maria, ao meu lado novamente?” – ele sussurrou. “Sim, querido” – ela respondeu.
Então, ele falou calmamente: “Lembra-se quando estive no hospital após aquele grave acidente? Você ficou comigo. Você também ficou ao meu lado quando perdemos tudo naquela enchente. Quando o banco faliu e perdi o emprego, nós ficamos na pobreza; mas você continuou ao meu lado, não foi?” – então o homem suspirou – “Vou lhe dizer uma coisa, Maria: você não me trouxe sorte!”.
É apenas uma anedota, mas tem o condão de nos lembrar como os fatos podem ser torcidos, ao ponto de falharmos no reconhecimento do amor e lealdade de alguém que se importa conosco.
Agora, consideremos: se há alguém que sempre se importa conosco e nos ama incondicionalmente, esse Alguém é Deus. Mas será que temos dado o devido reconhecimento a esse cuidado e amor?
Israel, o povo escolhido de Deus, em diversas ocasiões de sua história, rejeitou o amor do Senhor. Isso fez com que Deus externasse o quão frustrante era esse tratamento recebido.
Ele disse: “Quando Israel era menino, eu o amei... Quanto mais eu os chamava, tanto mais se iam da minha presença... e queimavam incenso às imagens de escultura... Tomei-os nos meus braços, mas não atinaram que eu os curava. Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; fui para eles como quem alivia o jugo... e me inclinei para dar-lhes de comer” (Os 11.1-4).
Talvez você se indague: como Deus poderia continuar amando um povo que sempre lhe virava as costas? Ele simplesmente amava, e pronto! Tal como um pai amoroso, que continua a amar o filho, mesmo que este se desvie e faça coisas erradas.
O amor de Deus é incondicional, como está escrito: “De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” (Jr 31.3).
O amor é medido pelo que oferece, não pelo que recebe. O amor tem prazer em dar. Alguém afirmou: “Diga-me o quanto você dá de si mesmo e eu lhe direi o quanto você ama”. Isto porque “doar-se” é o teste maior do amor.
Desse modo, a grandeza do amor de Deus é demonstrada pelo presente inestimável que Ele nos deu.
O quanto Deus amou o mundo perdido? “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
O quanto Deus amou a Igreja? “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25).
O quanto Deus me ama? “Vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20).
Talvez você se encontre longe de Deus, talvez lhe tenha virado as costas, e agora está se perguntando: Como Deus poderia continuar me amando?
É que Deus não desiste de amar. Paulo expressou bem isto: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.38-39).
Volte-se para Deus. “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” (Sl 37.5). Reconheça o amor de Deus, prove do Seu amor enquanto é tempo, porque Deus não desiste de amar você.
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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