“Rir é correr o risco de parecer tolo. Chorar é correr o risco de parecer sentimental. Estender a mão é correr o risco de se envolver. Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu. Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas. Amar é correr o risco de não ser correspondido. Viver é correr o risco de morrer. Confiar é correr o risco de se decepcionar. Tentar é correr o risco de fracassar. Mas devemos correr riscos, porque o maior perigo é não arriscar nada. Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada. Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem. Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade. Somente a pessoa que corre riscos é livre!”
O poema acima é atribuído ao orador romano Sêneca (55 a.C—39 d.C).
Para ele, viver é correr riscos. Mas enquanto alguns correm consideráveis riscos, em esportes radicais, por exemplo, pela busca de emoções fortes, de adrenalina, de desafiar os próprios limites, outros têm de fazê-lo pela simples necessidade de mudança.
A necessidade de avançar é que faz-nos correr riscos.
Foi assim com os grandes empreendedores. Tomaz Edson, por exemplo, quando Nova York viva iluminada por lampiões a gás, correu o risco de falir ao apostar todos os recursos de que dispunha na criação da lâmpada elétrica e, assim, iluminar gratuitamente quarteirões inteiros, para provar que sua invenção viria para mudar definitivamente o mundo.
Foi também assim com aqueles que lutaram contra a opressão.
William Wilberforce teve o seu projeto de Lei da Abolição do tráfico de escravos derrotado em 28 legislaturas no parlamento inglês, mas arriscou até vencer e vê-la aprovada.
Mahatma Ghandi, sem canhões e sem exército, só pelo exemplo de vida, arriscou-se anos a fio na luta para libertar o povo indiano das garras do Império Britânico.
A vida é, em si, o risco de enfrentar constantes mudanças. Mas alguns mudam para ficarem os mesmos de sempre. Como um rio. As águas passam, o rio não é mais o mesmo; mas é o mesmo rio de sempre.
Viver é correr riscos. Mas, paradoxalmente, correr riscos é algo inteiramente incongruente com o instinto humano de sobrevivência.
Congruência é coerência, é a harmonia duma coisa com o fim a que se destina. Desse modo, se alguém deseja rotina ou simplesmente a paz da acomodação, é inteiramente congruente que não queira, ou não precise, correr riscos. Basta apenas deixar as coisas como estão para ver como ficarão.
Não obstante, quando se desejam mudanças, então surge sempre a oportunidade de arriscar, de tentar algo diferente.
Foi assim com Deus. Por amor, Ele preferiu correr o risco de dotar o ser humano de livre arbítrio — para que pudéssemos fazer escolhas morais e optássemos por amá-lo ou não — do que não correr risco nenhum e vir a criar “robôs” programados apenas para acertar.
Foi assim com Jesus. Por amor, Ele correu o risco de enfrentar a cruz e a morte, para vencê-los e, assim, oferecer gratuitamente a salvação a todo aquele que crê.
Agora, se você deseja uma mudança real, entregue o seu coração a Jesus e corra os riscos de andar com Ele e construir a melhor história de sua vida.
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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