segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A HORA DA DECISÃO

As eleições municipais que se avizinham ajudarão a decidir os rumos que cada cidade deste imenso país seguirá nos próximos quatro anos. De algum modo, cada eleitor certamente terá de pensar sobre o seu voto, sobre qual candidato escolher.

Talvez você esteja frustrado com a escolha que fez nas últimas eleições. Talvez seja um daqueles que nem se lembra em quem votou. Ou talvez seja uma das pessoas que ache eleição uma coisa chatíssima.

Mas pense! Uma pessoa que comece a votar aos 16 anos e viva até aos 80 anos, poderá participar de 17 eleições municipais, no máximo. Quantas coisas na vida você pode fazer para mudar ou melhorar algo e, por fim, acaba desprezando?

Lembre-se: cerca de metade da população do mundo não sabe sequer o que quer dizer votar e escolher os seus próprios governantes. Nós podemos. Somos privilegiados por fazer parte da escolha da vida política da nossa cidade.

A maneira como cada eleitor trata o seu voto fornece uma pista segura para sabermos se o mesmo tem consciência política e exerce plenamente o seu direito de cidadão, ou não. Desse modo, a estatura de cada cidadão é medida pela valoração que dá ao seu voto, pelo modo como expressa a sua vontade política.

Por isso, o voto é não somente intransferível e inegociável, mas também precisa refletir a compreensão que o eleitor tem de sua cidade. Em função disso, ele não deve, em hipótese alguma, violar a sua consciência política, principalmente no que diz respeito à sua maneira de ver a realidade social.

Cada eleitor deve discernir se o candidato que pede o seu voto é uma pessoa lúcida e comprometida com as causas da Justiça e da Verdade, e não um oportunista de plantão, que só aparece em época de eleição.

Se o eleitor quer ter compromissos éticos na política, deve lembrar-se de que os fins não justificam os meios. Por isso, nunca deve aceitar promessas de qualquer candidato que possam implicar na violação de sua consciência, mesmo que a “recompensa” propalada seja aparentemente boa para si ou para a sua comunidade.

O eleitor não deve aceitar de forma alguma ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios que lhe roubem a glória de ser um cidadão responsável e útil à sociedade com o seu voto.

Devemos ter em mente que o nosso voto é, de algum modo, um instrumento pacífico de transformação social. Por isso o voto é revolucionário.

A idéia que permeia a mente das pessoas, quando se fala em revolução, nada tem de agradável. Ao contrário, pensa-se em revolta, violência, luta armada, sublevação da ordem pública etc.

Nisso também concordam os dicionários, cuja definição diz que revolução é a “transformação radical e, por via de regra, violenta, de uma estrutura política, econômica e social”. Mas, a despeito disso, há sim a possibilidade de ser realizada uma “revolução pacífica” por meio do voto.

A “revolução pacífica” de que estamos falando tem data marcada: 5 de outubro. Assim, quer queiramos admitir ou não, estaremos caminhando em sua direção, o que pode melhorar ou piorar a nossa cidade, dependendo da nossa atitude. Se formos omissos, ajudaremos a piorá-la; se interessados, diligentes, solidários e participativos, daremos um grande passo para melhorá-la.

Se não dá para mudar tudo de uma só vez, podemos ao menos tentar evitar que o mal prospere, ao votarmos e elegermos os candidatos sérios e de melhores propostas.

Se os eleitos não puderem mudar o que precisa ser mudado, na pior das hipóteses evitarão que pessoas nocivas sejam eleitas e ocupem o lugar que nos é devido, exerçam autoridade sobre nós, persigam nossa fé e blasfemem contra o nosso Deus.

Quero congratular-me com o Brasil e com você, que vai votar, por este momento de festa democrática. Em votando com seriedade, cada um de nós mostrará a sua relevância para a nossa cidade, nosso País e nossa gente.

Nesta hora de decisão, que Deus ajude cada eleitor a fazer a melhor escolha!

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" - http://www.oliberal.com.br/

terça-feira, 23 de setembro de 2008

RESUMO - Programa Voz da Assembléia de Deus


Voz da Assembléia de Deus PGM 012 20/09/2008

Sábado 10:00h na RedeTV! e na Rede Boas Novas

Domingo 7:30h na RedeTV! Brasília

Quarta-feira 22:00h ao vivo na Boas Novas


Para adquirir o DVD deste programa na integra, acessse http://www.vozshop.com/ ou ligue (21) 2112-6300

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O Perigo da Negação

No início do Século XVII, alguns cristãos serviam fielmente ao Senhor numa ilha do Japão. Um líder provincial, chamado de Shogun, decidiu que os cristãos eram uma ameaça para a cultura tradicional. Então, ele elaborou uma armadilha perversa. Colocou uma figura de Jesus no chão em uma rua e ordenou que os cristãos da província pisassem em cima do quadro, como sinal de renúncia da fé cristã. Quando terminou o teste, 26 crentes em Jesus tinham se recusado. Estes foram crucificadas na praia, como exemplo, para que todos vissem.

Aqueles que “pisaram em Jesus” e negaram a fé escaparam da crucificação, mas tiveram de conviver com sua vergonhosa culpa. Alguns, a exemplo de Judas Iscariotes, consumidos pelo remorso, deram cabo da própria vida. Outros, a exemplo de Pedro, se arrependeram e voltaram a seguir a Jesus.

Lembremos que Pedro, quando questionado sobre sua lealdade, negou que era discípulo de Jesus. Mas depois, profundamente arrependido, voltou-se para o Senhor e dedicou o resto de sua vida ao testemunho ousado de Cristo. (Mt 26.69-75)

As pessoas podem pensar que negar a Cristo é um ato direto, resultado de uma provocação expressa, como nos exemplos acima. Reginald Heber, autor do conhecido hino “Santo, Santo, Santo”, expressou que podemos negar o nosso Salvador de maneiras mais sutis.

Reginald escreveu: “Negamos o nosso Senhor toda vez que, devido ao nosso amor por este mundo presente, abandonamos o dever que Cristo claramente nos deixou para fazermos. Nós negamos o nosso Senhor toda vez que damos o nosso louvor, ou mesmo o nosso silêncio, diante de coisas que cremos ser pecado. Negamos o nosso Senhor toda vez que abandonamos uma pessoa em aflição; ou quando nos recusamos a dar sustento, ânimo e apoio àqueles que, por amor a Deus e para fielmente darem conta de seu dever, são expostos a perseguições e calúnias”.

Quem é nova criatura em Cristo certamente procurará evitar qualquer negação aberta e deliberada do Senhor. Mas as maneiras sutis de negação estarão sempre à espreita a nos desafiar.

Por exemplo, amar o mundo e deixar de fazer aquilo que Deus ordena; ou ser tolerante com o pecado que tenazmente está destruindo as famílias e a sociedade; ou ainda, se recusar a apoiar outros servos do Senhor que estão se esforçando para cumprir cabalmente a vontade de Deus. Essas são maneiras sutis que, de fato, acabam se tornando uma negação Daquele que nos redimiu do pecado e da morte.

Todos os dias enfrentamos situações ou temos de tomar decisões que podem nos tentar a trair o Senhor Jesus. Se alguém escolher os valores do mundo – e não a obediência da Palavra de Deus – por fim negará a fé e cairá da graça.

O apóstolo João nos desafia: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele (...) Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1 Jo 2.15-17).

O apóstolo Paulo nos alerta: “Se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo” (2 Tm 2.12,13).

Oro para que a determinação do nosso coração seja de nunca trair o Senhor. Antes, que possamos estar prontos e dispostos a sermos testemunhas fiéis em quaisquer circunstâncias. Vivamos, pois, de tal maneira que ninguém possa nos acusar de “pisar em Jesus”.

Lembre-se: “É muito fácil levar Jesus no peito. Difícil é ter peito para andar com Ele”.

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

RESUMO - Programa Voz da Assembléia de Deus


Voz da Assembléia de Deus PGM 011 13/09/2008

Sábado 10:00h na RedeTV! e na Rede Boas Novas

Domingo 7:30h na RedeTV! Brasília

Quarta-feira 22:00h ao vivo na Boas Novas

Para adquirir o DVD deste programa na integra, acessse http://www.vozshop.com/ ou ligue (21) 2112-6300

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Uma obra de arte

Um renomado artista estava dando os últimos retoques numa escultura em bronze. À medida que o tempo passava, ele continuava lixando, raspando e polindo cada pequena parte de sua obra de arte. “Quando ficará pronta?” – alguém lhe perguntou. “Nunca!” – o artista respondeu. “Eu apenas continuo trabalhando e trabalhando, até que alguém venha e a leve embora”.


Leva tempo para uma obra de arte ser consumada. Isso também pode ser aplicado a cada filho de Deus. Embora tenhamos sido perdoados de todos os nossos pecados e “salvos pela graça”, quando se trata da semelhança com Cristo em nosso dia a dia, isso é algo que tem de ser trabalhado e trabalhado continuamente, até que Jesus venha e nos leve para estar com Ele.


O apóstolo Paulo ensina que Deus tem o objetivo de nos aperfeiçoar para o desempenho do Seu serviço, “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4.11-13).


Todos nós sabemos que a semente não se transforma em árvore em um dia. Há sempre um tempo considerável entre o plantar e o colher. Igualmente, não é um toque do pincel do artista que produz um retrato acabado. Do mesmo modo, como filhos de Deus, temos de crescer “em tudo até alcançarmos a estatura espiritual de Cristo”. E isso leva algum tempo.


Desse modo, temos o desafio constante de não deixarmos que contratempos, erros, provações, ou qualquer outra coisa, nos desanimem ou nos tornem imprestáveis. Precisamos ter sempre em mente que estamos sendo trabalhados pelas mãos do Artista Maior do universo, o Oleiro: “Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos” (Is 64.8).


É assim que Deus se apresenta. Ele falou ao profeta Jeremias que fosse à casa do oleiro. Ao chegar lá, ele observou que o vaso que estava sendo moldado se estragou. Então o oleiro “tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu”. Nesse momento, Deus lhe diz: “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? — diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão” (Jr 18.1-6).


Somos manufatura de Deus, moldados segundo a Sua vontade. Às vezes, Ele nos coloca em situações de prova que nos farão crescer. Somos colocados no “cadinho das aflições”, para que a nossa fé seja “apurada pelo fogo”. Somos provados continuamente na forma de “várias tribulações” destinadas a refinar a nossa fé, até que aprendamos a ser “mais que vencedores” (1 Pe 1.6-7; Rm 8.28-37).


Diz-se que as cores pintadas na porcelana chinesa são queimadas na argila, caso contrário elas facilmente se desbotariam. O dourado na peça finalizada é um líquido escuro antes de passar pelo fogo. As primeiras duas ou três aplicações de calor removem todo traço de cor, que precisa ser retocada várias vezes. Depois de um longo e repetido processo, quando a obra é finalizada, fica bonita e resistente.


Quando estamos sendo provados, ao mesmo tempo Deus está trabalhando em nossa vida a formação do caráter de Cristo. Assim, quando na fornalha da aflição, “depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” ( 1 Pe 5.10). A obra sagrada do Oleiro é fazer com que, através do fogo, a beleza de caráter seja permanentemente fixada em nós.


Às vezes, as provações pelas quais passamos são fruto de pecados ou decisões erradas. Outras vezes, não há nenhuma outra explicação; simplesmente as coisas acontecem, sem que sejamos responsáveis por elas.

Em ambos os casos, resta sempre a dependência de Deus; ou pela confissão de nossos pecados, se estamos errados; ou pela simples confiança de que Deus está no controle, se estamos debaixo de provação.


Quer entendamos ou não os caminhos de Deus, podemos confiar Nele e sermos gratos porque Ele nos ama. Se assim não fosse, Ele nos ignoraria. Como Ele se importa, está construindo em cada um de Seus filhos uma obra de arte única e inigualável.


Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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terça-feira, 9 de setembro de 2008

RESUMO - Programa Voz da Assembléia de Deus


Voz da Assembléia de Deus PGM 010 06/09/2008

Sábado 10:00h na RedeTV! e na Rede Boas Novas
Domingo 7:30h na RedeTV! Brasília
Quarta-feira 22:00h ao vivo na Boas Novas

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sábado, 6 de setembro de 2008

Livres e independentes

Eram 4 horas da tarde do dia 7 de setembro de 1822, quando o príncipe D. Pedro, às margens do Ipiranga, arrancou a insígnia portuguesa de seu uniforme, sacou a espada e gritou: “Por meu sangue, por minha honra e por Deus: farei do Brasil um país livre”. Em seguida, erguendo-se nos estribos e alçando a espada, bradou: “Brasileiros, de hoje em diante o nosso lema será: independência ou morte!”.


Depois de quase dois séculos do grito de independência, não é difícil concluir que o grande desafio à nossa frente é fazer da Independência uma conquista de todos os brasileiros.


Independência é a condição de quem tem liberdade ou autonomia. De fato, não há desenvolvimento sadio sem liberdade, assim como não há vida que valha a pena sem a liberdade a ela inerente. A independência é filha da liberdade; a liberdade é dom de Deus.


A verdadeira independência não vem antes, mas depois de estarmos livres – livres das amarras da injustiça, livres da correias das desigualdades sociais, livres dos grilhões do pecado, livres da corrupção.


Muitas pessoas, ainda hoje, têm uma idéia errada a respeito do que é ser independente. Eles pensam no conceito de independência de forma completamente invertida, para depois ficarem se perguntando por que não funciona, por que não dá certo.


Imagine que um carroceiro ponha a carroça na frente do cavalo e diga: “Eia, cavalo, vamos, empurre!”. Você sabe, ele jamais conseguirá fazer o cavalo empurrar a carroça. Então, você pensa com seus botões: “Como este carroceiro consegue ser tão tolo?”. E você teria razão.


Para não poucos, ter liberdade e ser independente é não precisar prestar contas a ninguém. Essa é, de fato, uma condição que a maioria das pessoas gostaria de viver. Quando pensam em independência, em geral, pensam em liberdade total, ou seja, poder fazer o que quiser, quando quiser e como quiser. Mas sabemos que a realidade não é bem assim.


Sempre dependemos de alguém – de alguém que nos sustente, de alguém que cuide de nós, principalmente quando a saúde fica debilitada, e assim por diante.


A mesma coisa acontece com instituições, cidades, estados e países: sempre há uma dependência de algo ou de alguém. Do contrário, seria libertinagem, desregramento, licenciosidade. Por isso a liberdade nunca é total, e na verdade nem é bom que seja, pois muitas coisas erradas são feitas quando prevalece que não é preciso prestação de contas.


Há aqueles que pensam que são livres porque acham que não dependem de Deus. Por se acharem independentes de Deus, querem ter a liberdade de fazer o que quiserem, sem se basear nas preciosas e sábias orientações que Deus deixou no Livro Sagrado, o Seu Manual de Orientações, a Bíblia.


Não é de estranhar que o mundo esteja nesse estado atual – famílias sendo destruídas, as pessoas se matando umas às outras, o respeito de um para com o outro acabando, medo e terror tomando conta das pessoas etc.


É por essa razão que usar a liberdade que temos, mas sem utilizar a sabedoria de Deus, é caminhar numa direção perigosa.


Muitos têm dedicado a sua vida para que tenhamos um País verdadeiramente livre. Mas reconheço que somente esforços humanos, sem a graça de Deus, pouco podem produzir. Precisamos da ajuda de Deus, precisamos buscá-lo. O salmista disse: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” (Sl 33.12). Precisamos embasar os nossos esforços cívicos com a força da oração, pois “muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16).


Na verdade, Deus quer o melhor para nós. Todos nós estamos sob o manto protetor de Deus e somos iguais perante Ele. A igualdade é a base da justiça. A justiça é o fundamento da paz. A paz é a fonte da liberdade. A liberdade é o alicerce da independência. Acima de tudo isso, Deus.


A minha oração é que Deus seja o Senhor do Brasil, para que sejamos felizes, livres e independentes!



Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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