Ninguém ficaria surpreso diante da afirmação de que os problemas fazem parte da vida. De algum modo, todos nós conhecemos muitos problemas de forma íntima e pessoal: saúde debilitada, falta de dinheiro, conflitos conjugais, tristeza, violência, desemprego, perseguições, abandonos, entre muitos outros. Mas quando enfrentamos alguma situação difícil, nos sentimos tentados a perguntar: ‘Deus se importa comigo?’ E se alguém afirmar que sim, ainda restará dizer: Será?
Essa questão normalmente é fruto das armadilhas de se viver neste mundo conturbado. Ao expô-la, podemos dar uma impressão de que estamos interessados no que Deus pensa, mas isso é apenas impressão. De fato, acabamos nos concentrando demasiadamente nos problemas e colocamos neles o foco da nossa atenção, não em Deus.
Gradualmente, nossos problemas começam a parecer enormes, maiores do que realmente são, e acabam ofuscando a nossa fé. O resultado óbvio para a alma aflita é que, diante dos obstáculos, a fé no Deus Todo-poderoso migra da certeza para uma vaga lembrança. Assim, em vez de movermos montanhas pela fé simples no Deus que tudo pode, tornamo-nos constantemente preocupados, criando sobre nós mesmos montanhas de pressões desnecessárias. A pergunta que vaza de nossa alma conturbada, se Deus se importa, acontece quando perdemos a perspectiva correta: quem é realmente grande, os nossos problemas ou Deus?
Jesus foi confrontado com esse tipo de pergunta, em duas ocasiões distintas, por pessoas que o amavam profundamente. Numa ocasião, quando uma forte tempestade ameaçava afundar o barco no Mar da Galileia, os discípulos perguntaram: “Mestre, não te importa que pereçamos?”. Noutra, enquanto Maria ouvia calmamente Jesus ensinar, quedada aos Seus pés, a tensa Marta veio da cozinha dizendo: “Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha?”.
O que há de comum nos dois casos é que ambas as perguntas foram feitas por pessoas que tinham visto o poder de Jesus e esperavam que Ele, de algum modo, as livrasse de suas ansiedades. Quando pareceu que o Senhor estava ignorando a situação, foi acrescentado esse elemento de exasperação: “Não te importas?”
Nas duas ocasiões, porém, as respostas de Jesus foram amáveis, demonstrando o Seu cuidado e amizade. No barco, depois de ter sido acordado de Seu tranquilo sono em meio à tempestade crescente, Ele não somente repreende o vento e acalma o mar, mas acrescenta: “Por que sois tímidos? Como é que não tendes fé?”. Na casa dos amigos, disse: “Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.
Podemos tirar uma preciosa lição desses dois episódios. Quando nos sentimos sozinhos ou subjugados pelas adversidades, muitas vezes clamamos: “Senhor, não te importas?”. Entretanto, quando Jesus acalma nossas tempestades ou nos chama pelo nome, percebemos que temos muito a aprender sobre Sua graça e misericórdia e, assim, podemos exercer confiança Nele a despeito dos sobressaltos.
O fato inconteste é que sempre enfrentaremos problemas. Eles estão para a vida assim como os obstáculos para os esportes. Os esportes são uma lição para vida, de como devemos enfrentar as adversidades. Numa corrida com obstáculos, eles estão lá para serem superados. No golfe, os campos com o maior número de obstáculos são os mais desafiadores. Assim, em qualquer competição, sempre haverá obstáculos a serem transpostos, pois eles fazem parte do jogo e estão lá para serem vencidos.
Jesus disse: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. Esse “bom ânimo” só pode ser produzido por uma nova perspectiva de fé simples no Senhor que tudo venceu e pode nos ajudar a vencer também. Portanto, não estranhemos quando os problemas surgirem, pois eles servirão para revelar a fibra de nossa estrutura espiritual e testar a nossa resistência moral. Uma forma eficaz de lidar com eles é continuar confiando em Deus enquanto persistimos em fazer o bem.
Deus não somente nos oferece essa nova perspectiva; Ele também nos concede algo que nos habilitará a viver nessa perspectiva. Se dependermos de Deus, e não nos apegarmos aos problemas, Ele renovará a nossa força e as “asas da fé” levantarão a nossa alma acima das circunstâncias, pois “os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”.
Alguns problemas podem ser enormes, mas pela fé podemos vê-los menores do que Deus, na certeza de que Ele realmente se importa e dá a última palavra a nosso respeito. É isso que faz toda a diferença!
Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br
Essa questão normalmente é fruto das armadilhas de se viver neste mundo conturbado. Ao expô-la, podemos dar uma impressão de que estamos interessados no que Deus pensa, mas isso é apenas impressão. De fato, acabamos nos concentrando demasiadamente nos problemas e colocamos neles o foco da nossa atenção, não em Deus.
Gradualmente, nossos problemas começam a parecer enormes, maiores do que realmente são, e acabam ofuscando a nossa fé. O resultado óbvio para a alma aflita é que, diante dos obstáculos, a fé no Deus Todo-poderoso migra da certeza para uma vaga lembrança. Assim, em vez de movermos montanhas pela fé simples no Deus que tudo pode, tornamo-nos constantemente preocupados, criando sobre nós mesmos montanhas de pressões desnecessárias. A pergunta que vaza de nossa alma conturbada, se Deus se importa, acontece quando perdemos a perspectiva correta: quem é realmente grande, os nossos problemas ou Deus?
Jesus foi confrontado com esse tipo de pergunta, em duas ocasiões distintas, por pessoas que o amavam profundamente. Numa ocasião, quando uma forte tempestade ameaçava afundar o barco no Mar da Galileia, os discípulos perguntaram: “Mestre, não te importa que pereçamos?”. Noutra, enquanto Maria ouvia calmamente Jesus ensinar, quedada aos Seus pés, a tensa Marta veio da cozinha dizendo: “Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha?”.
O que há de comum nos dois casos é que ambas as perguntas foram feitas por pessoas que tinham visto o poder de Jesus e esperavam que Ele, de algum modo, as livrasse de suas ansiedades. Quando pareceu que o Senhor estava ignorando a situação, foi acrescentado esse elemento de exasperação: “Não te importas?”
Nas duas ocasiões, porém, as respostas de Jesus foram amáveis, demonstrando o Seu cuidado e amizade. No barco, depois de ter sido acordado de Seu tranquilo sono em meio à tempestade crescente, Ele não somente repreende o vento e acalma o mar, mas acrescenta: “Por que sois tímidos? Como é que não tendes fé?”. Na casa dos amigos, disse: “Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.
Podemos tirar uma preciosa lição desses dois episódios. Quando nos sentimos sozinhos ou subjugados pelas adversidades, muitas vezes clamamos: “Senhor, não te importas?”. Entretanto, quando Jesus acalma nossas tempestades ou nos chama pelo nome, percebemos que temos muito a aprender sobre Sua graça e misericórdia e, assim, podemos exercer confiança Nele a despeito dos sobressaltos.
O fato inconteste é que sempre enfrentaremos problemas. Eles estão para a vida assim como os obstáculos para os esportes. Os esportes são uma lição para vida, de como devemos enfrentar as adversidades. Numa corrida com obstáculos, eles estão lá para serem superados. No golfe, os campos com o maior número de obstáculos são os mais desafiadores. Assim, em qualquer competição, sempre haverá obstáculos a serem transpostos, pois eles fazem parte do jogo e estão lá para serem vencidos.
Jesus disse: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. Esse “bom ânimo” só pode ser produzido por uma nova perspectiva de fé simples no Senhor que tudo venceu e pode nos ajudar a vencer também. Portanto, não estranhemos quando os problemas surgirem, pois eles servirão para revelar a fibra de nossa estrutura espiritual e testar a nossa resistência moral. Uma forma eficaz de lidar com eles é continuar confiando em Deus enquanto persistimos em fazer o bem.
Deus não somente nos oferece essa nova perspectiva; Ele também nos concede algo que nos habilitará a viver nessa perspectiva. Se dependermos de Deus, e não nos apegarmos aos problemas, Ele renovará a nossa força e as “asas da fé” levantarão a nossa alma acima das circunstâncias, pois “os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”.
Alguns problemas podem ser enormes, mas pela fé podemos vê-los menores do que Deus, na certeza de que Ele realmente se importa e dá a última palavra a nosso respeito. É isso que faz toda a diferença!
Samuel Câmara
Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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