quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Preparados para o fim da história

Quando pensam no fim da história, muitos migram do profetismo eclético de Nostradamus ao catastrofismo estreito do Calendário Maia, cujo fim do mundo está previsto para 2012. Ou então, no caminho oposto, buscam respostas no intelectualismo teórico de Francis Fukuyama, autor da teoria do fim da história, na qual sustenta que a evolução política da humanidade foi concluída com o desaparecimento do comunismo e a vitória da democracia, cuja estabilidade social e política mundial resultará na tão sonhada paz mundial.

Quando 2012 passar, o Calendário Maia estará definitivamente desacreditado ou necessitando de novas interpretações, assim como acontece costumeiramente com as profecias de Nostradamus. Quanto ao professor Fukuyama, sua teoria tem sofrido um enorme e irreversível descrédito.

Se lermos o que a Bíblia diz sobre o fim da história, porém, entenderemos que geralmente os investigadores proféticos cometem um erro duplo: de tempo e de modo. De tempo, porque os eventos que determinarão o fim da história ainda estão por vir, e todos estão preditos nas Sagradas Escrituras. De modo, porque o fim virá, não com uma democracia mundial, mas quando o totalitarismo político com viés religioso centrado na adoração estatal estiver instalado em escala global.

Mas todos estão certos num ponto: o fim da história virá! Antes do fim, porém, existirá paz e prosperidade como nunca vistos no mundo, embora por pouco tempo. O ditador será de outra estirpe, pois não tomará nada à força, como os ditadores comuns costumam fazer; antes, todo o poder lhe será entregue pacificamente pelos próprios líderes das nações. Quando, porém, o ditador manifestar sua real personalidade e aquilo que pretende fazer, o mundo virará um verdadeiro caos.

A Bíblia o chama de Anticristo, o homem da iniquidade, o filho da perdição, a besta. Ele será um homem notável e poderoso, responsável pela construção de um sistema econômico global, uma verdadeira teia, da qual ninguém poderá escapar. Perto disso, a Internet, como hoje a conhecemos, será fichinha. Só poderá comprar ou vender quem portar “a marca da besta”. Esse sistema, contudo, desabará inexplicavelmente de uma hora para outra, causando perplexidade e espanto (Ap 13.17; 18.10).

O Anticristo requererá adoração como se fosse Deus. Isto servirá de ponto de partida para uma perseguição sem precedentes a cristãos e judeus, coisa que fará Hitler parecer um monge.

A esse tempo Jesus chamou de “grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais”. Ao final desses dias “os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles” (Ap 9.6).

Mais uma vez os judeus serão culpados pelos males do mundo, agora como vilões da derrocada do sistema econômico mundial. Então, o Anticristo reunirá as nações para atacar Israel e riscá-lo definitivamente do mapa. É o velho espírito de Arafat em ação. Contudo, é neste ponto que a tese do fim da história será redefinida.

Israel estará em grande aperto, sem nenhuma chance diante de forças tão poderosas. Será esmagado, caso não ocorra um milagre. Nesse ponto, os céus se abrirão, e aparecerá o Rei dos reis, Jesus Cristo, com seu poderoso exército. Ele vem para pelejar e vencer. Nada menos. Mas a besta e os reis da terra se voltarão para guerrear contra Jesus. Resultado: eles serão destruídos! “A besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta... e foram lançados vivos dentro do lago de fogo” (Ap 19.20).

Em seguida, Satanás será preso por mil anos. Nesse período, Jesus reinará na terra, a partir de Jerusalém, quando haverá paz e justiça. “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações... a fim de reuni-las para a peleja. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu” (Ap 20.7-10). Satanás será então lançado no lago de fogo.

Um dia, ouvir-se-á o brado: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos”.

O fim da história, portanto, não virá com catastrofismo barato nem com a vitória da democracia, mas com a instalação de um governo teocrático. Não do tipo que conhecemos, com velhinhos de turbante ou sacerdotes falando asneiras e cometendo atrocidades em nome de Deus. Antes, o próprio Jesus Cristo, que é Deus, Senhor e Rei, finalmente governará o mundo com justiça e equidade.

Como todos os sinais preditos por Jesus (Mateus 24) apontam que o fim está próximo, o que mais importa agora não é saber quando isto acontecerá, mas se estamos realmente preparados. Você está?


Samuel Câmara

Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" -http://www.oliberal.com.br


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