Uma atleta do salto com vara desiste
de saltar e é eliminada, mas culpa o vento. Outra é desclassificada e
desculpa-se dizendo ter sentido uma “coisa ruim”. Um corredor tropeça na
barreira e cai na pista. Outro sente um estiramento muscular e desiste da prova.
Ginastas erram em movimentos costumeiros e deixam de fazer a performance
perfeita. Embora cotados ao ouro olímpico, foram vencidos e ficaram pelo
caminho. Outras oportunidades certamente virão, mas eles estarão prontos para
seguir em frente? Só o tempo dirá.
Nos esportes, assim como na vida,
depois de um tropeço numa prova, muitas vezes é preciso coragem para seguir em
frente. Foi o que aconteceu com o patinador Paul Wylie nas Olimpíadas de
Inverno de Calgary, em 1988. Ele estava muito nervoso quando começou sua
apresentação diante de 20 mil pessoas e de uma audiência de milhões de
telespectadores. Então, em seu primeiro salto, algo deu errado. Ele escreveu:
“Um segundo depois minha mão toca o gelo; a lâmina do patim não segura. Começo
a escorregar e agora percebo: estou caindo. Tudo o que ouço, ao cair no gelo, é
o murmúrio empático do que parece ser um milhão de vozes”.
Por uma fração de segundo, Wylie
ficou diante de uma escolha: podia concentrar-se no erro e desistir, ou podia
continuar patinando e fazer o melhor que pudesse. Naquele momento, este Salmo
veio à sua mente: “O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se
compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão” (Sl
37.24). Ele continuou sua apresentação e decidiu patinar “de todo o coração,
como para o Senhor” (Cl 3.23). Quando terminou, a plateia irrompeu num aplauso
entusiasmado, reconhecendo sua coragem e determinação.
O esporte serve como espelho para a
vida. Podemos ser derribados por conta de um mero acidente ou por um ataque
poderoso. Um ente querido pode morrer, podemos perder o emprego, ou ser
ignorados numa promoção. Podemos desanimar devido à queda em alguma tentação.
Mas precisamos ter isto em mente:
cair é uma coisa; desistir é outra. Se nos levantarmos novamente, reafirmarmos
nossa fé na vida e continuarmos, com a ajuda de Deus, não seremos totalmente
derrotados. Pode ser apenas uma batalha perdida, mas de uma guerra a ser
vencida, se tivermos coragem para seguir em frente e fazer a coisa certa.
A vida teima em desfilar diante de
nossos olhos pelas lembranças que evoca. Celebramos quando lembramos dos
sucessos, mas nos entristecemos ou ficamos frustramos quando relembramos dos
insucessos. A reação varia de pessoa para pessoa, mas alguns se deixam ficar
prisioneiros das próprias lembranças amargas. Para esses a vida estanca e perde
o sentido. Não querem planejar mais, deixam de sonhar, procuram deixar as
coisas como estão para ver como ficarão. Elas se questionam se vale a pena
continuar, se vale a pena viver. Para elas tanto faz, tudo é a mesma coisa:
dor, frustração, perdas, lembranças amargas. Ficam estacionadas na amargura.
De qualquer modo, não poucas vezes a
vida proporciona excelentes oportunidade para limparmos a poeira dos insucessos
e curarmos as marcas dos infortúnios, fazendo dessas oportunidades um vetor de
um novo começo. No afã de seguir em frente, precisamos corajosamente
estabelecer novos alvos. Não basta fazer novas promessas fora da realidade,
aquelas que não necessariamente precisam ser cumpridas, mas que servem somente
como desencargo de consciência. Nossos alvos precisam funcionar como um
referencial seguro, como um Norte na vida agitada que levamos hoje.
Não sei de suas
metas e nem conheço os seus sonhos, mas sei de alguém que pode ajudar você a
alcançá-los. Entre o início e o fim de cada batalha da vida, em cujo caminho
você certamente passará por situações difíceis, apertadas ou dolorosas, você
poderá contar com a ajuda de Jesus.
Se quisermos
seguir em frente para conquistamos terrenos nunca antes pisados, teremos de ter
coragem, determinação e esforço, mas precisamos da ajuda de Jesus.
Se você confiar
em Jesus, Ele lhe mostrará que nem o infortúnio, nem a dor, nem a tragédia, nem
o mal, nada disso se constituirá na última palavra na sua vida; antes, sendo
Jesus “o primeiro e o último”, o Senhor da história, Ele dará a última palavra
a seu respeito e estará sempre ao seu lado para lhe fazer saber o quanto será
importante todo o bem que Deus lhe dará.
Para termos vida
plena e vitoriosa não podemos prescindir da ajuda do Senhor Jesus. Uma pessoa
sábia não ignorará a importância de Cristo na sua vida, nem fingirá que está
tudo bem, quando não está. A melhor atitude para quem quer seguir em frente e
alcançar plena vitória na vida é confiar em Jesus. Faça como o salmista: “Entrega o teu caminho ao Senhor,
confia nele, e o mais ele fará.” Coragem!
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