Há alguns anos, nas Para-Olimpíadas de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida de cem metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, exceto um garoto, que tropeçou no piso, caiu e começou a chorar.
Os outros oito competidores ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Eles viram o menino no chão, pararam e voltaram. Todos eles! Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e disse: “Pronto, agora vai sarar”. E todas as nove crianças deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e aplaudiu por um longo tempo. E não havia um único par de olhos secos.
Essa história nos ensina que, lá no fundo, nós sabemos o que importa nesta vida: mais do que ganhar sozinho, é ajudar os outros a vencer; é servir, mesmo que isso signifique diminuir o passo e oferecer socorro.
Quando entendermos que amar e servir são partes de um mesmo processo, seremos capazes de agir de modo semelhante para socorrer quem, em algum momento de sua vida, tropeçou e precisa de nossa ajuda para continuar.
Mas, no mundo em que vivemos, a palavra servir é vista com um minimalismo que a coloca num patamar de inferioridade, como algo extremamente negativo, cuja ação correspondente é destinada apenas aos fracos. Aliado ao egoísmo latente da natureza humana decaída, talvez seja esse o motivo por que tão poucos se dignem a servir ao próximo. O oposto, sim, é que geralmente é buscado. O pequeno serve; o grande é servido.
Penso que a razão de ser dessa inversão de valores é que o mundo define grandeza em termos de poder, prestígio, fama, posses e posição social. Desse modo, se alguém consegue que outros o sirvam, esse é o sinal inequívoco de que conseguiu chegar lá.
Jesus, obviamente, não pensava assim. Quando os discípulos Tiago e João lhe pediram posição de destaque, Jesus chamou-os e disse-lhes: “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos”. (Mc 10.43).
Para Jesus, a verdadeira grandeza se expressava essencialmente pela atitude de amar e servir. Certamente por isso Ele ensinou que o maior de todos os mandamentos é o amor: “Amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo, excede a todos os holocaustos e sacrifícios” (Mc 12.30-33).
Pelos ensinamentos de Jesus, o amor que não desembocasse em uma ação concreta de serviço abnegado não mereceria ser chamado por esse nome. Não bastava ser religioso. Ser cumpridor dos ditames estritos da lei tinha o seu valor, mas isoladamente pouco contava para sensibilizar o coração de Deus. Na conhecida parábola do “Bom Samaritano”, foi exatamente isso que Ele procurou ensinar.
Jesus conta que um homem fora assaltado e apanhara muito, sendo deixado semimorto. Dois graduados líderes religiosos passaram por perto, mas nada fizeram. Então passou um samaritano, um pecador comum, que tomou aquele homem moribundo e cuidou de suas feridas; levou-o a um hotel, pagou a conta e, em seguida, disse ao hospedeiro que se mais fosse gasto pagaria quando voltasse.
Nesse ponto, Jesus pergunta a um intérprete da Lei: “Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?” Este respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele”. Jesus, então, lhe disse: “Vai e procede tu de igual modo” (Lc 10.25-37).
Podemos, sim, demonstrar amor de muitos modos: dar uma palavra amiga, fazer um elogio sincero, prestar uma ajuda, oferecer o amparo do ombro amigo, ouvir com o coração, socorrer ao necessitado, enfim, todas essas são formas autênticas de amar e servir a Deus e ao próximo.
E Jesus diz a cada um de nós: “Vai e procede tu de igual modo”.
Os outros oito competidores ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Eles viram o menino no chão, pararam e voltaram. Todos eles! Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e disse: “Pronto, agora vai sarar”. E todas as nove crianças deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e aplaudiu por um longo tempo. E não havia um único par de olhos secos.
Essa história nos ensina que, lá no fundo, nós sabemos o que importa nesta vida: mais do que ganhar sozinho, é ajudar os outros a vencer; é servir, mesmo que isso signifique diminuir o passo e oferecer socorro.
Quando entendermos que amar e servir são partes de um mesmo processo, seremos capazes de agir de modo semelhante para socorrer quem, em algum momento de sua vida, tropeçou e precisa de nossa ajuda para continuar.
Mas, no mundo em que vivemos, a palavra servir é vista com um minimalismo que a coloca num patamar de inferioridade, como algo extremamente negativo, cuja ação correspondente é destinada apenas aos fracos. Aliado ao egoísmo latente da natureza humana decaída, talvez seja esse o motivo por que tão poucos se dignem a servir ao próximo. O oposto, sim, é que geralmente é buscado. O pequeno serve; o grande é servido.
Penso que a razão de ser dessa inversão de valores é que o mundo define grandeza em termos de poder, prestígio, fama, posses e posição social. Desse modo, se alguém consegue que outros o sirvam, esse é o sinal inequívoco de que conseguiu chegar lá.
Jesus, obviamente, não pensava assim. Quando os discípulos Tiago e João lhe pediram posição de destaque, Jesus chamou-os e disse-lhes: “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos”. (Mc 10.43).
Para Jesus, a verdadeira grandeza se expressava essencialmente pela atitude de amar e servir. Certamente por isso Ele ensinou que o maior de todos os mandamentos é o amor: “Amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo, excede a todos os holocaustos e sacrifícios” (Mc 12.30-33).
Pelos ensinamentos de Jesus, o amor que não desembocasse em uma ação concreta de serviço abnegado não mereceria ser chamado por esse nome. Não bastava ser religioso. Ser cumpridor dos ditames estritos da lei tinha o seu valor, mas isoladamente pouco contava para sensibilizar o coração de Deus. Na conhecida parábola do “Bom Samaritano”, foi exatamente isso que Ele procurou ensinar.
Jesus conta que um homem fora assaltado e apanhara muito, sendo deixado semimorto. Dois graduados líderes religiosos passaram por perto, mas nada fizeram. Então passou um samaritano, um pecador comum, que tomou aquele homem moribundo e cuidou de suas feridas; levou-o a um hotel, pagou a conta e, em seguida, disse ao hospedeiro que se mais fosse gasto pagaria quando voltasse.
Nesse ponto, Jesus pergunta a um intérprete da Lei: “Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?” Este respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele”. Jesus, então, lhe disse: “Vai e procede tu de igual modo” (Lc 10.25-37).
Podemos, sim, demonstrar amor de muitos modos: dar uma palavra amiga, fazer um elogio sincero, prestar uma ajuda, oferecer o amparo do ombro amigo, ouvir com o coração, socorrer ao necessitado, enfim, todas essas são formas autênticas de amar e servir a Deus e ao próximo.
E Jesus diz a cada um de nós: “Vai e procede tu de igual modo”.
Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" - http://www.oliberal.com.br/
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