quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cartas lidas por todos

Há algum tempo soube de um Juiz de Direito que usava adesivos no carro de infratores como forma de encorajar a boa conduta ao volante. Ele dava duas opções às pessoas acusadas de dirigirem alcoolizadas.

A primeira opção era colocar a seguinte mensagem nos pára-choques dos veículos: "Este carro pertence a um motorista bêbado já condenado". E qual era a segunda, a qual quase todos os infratores preferiam? Ora, esta consistia em inscrever-se no programa de tratamento para alcoólatras.

E por que a escolha dessa opção era tão óbvia? Porque a maioria das pessoas preocupava-se com o que os outros pensariam e queria manter uma boa imagem. Obviamente, ninguém gostaria de ser pego no contrapé de seu próprio mau comportamento, em vendo isto se tornar "publicidade". Em sã consciência, ninguém gostaria de ter publicamente exposta a deformidade de seu caráter e ser motivo de chacota dos outros.

Ah, com certeza, nenhuma pessoa de bom senso, ao ser flagrada num comportamento abjeto, gostaria de ser constrangida publicamente. Esse receio de constrangimentos se aplica também a muitos comportamentos inaceitáveis. Por exemplo, ninguém gostaria de andar por aí com uma placa nas costas com mensagens como:

"Fique atento: eu gosto de trapacear e de levar vantagem."

"Tenha cuidado: sou dominado pela luxúria e não pelo amor."

"Perigo: sou um cristão que não gosta de oração e de ler a Bíblia."

"Cuidado: sou um filho de Deus que adora fofocar e criar intrigas."

"Atenção: não costumo cumprir a minha palavra."

"Cautela: não preciso de eleitores; eu vou fraudar as eleições mesmo!"

"Preste atenção: sou um cristão de fachada, sou pior do que o descrente."

Pense se o Juiz fosse o próprio Deus, e Ele lhe designasse uma placa dessas! Há, portanto, uma pergunta que teima em não calar: se Deus nos designasse uma placa assim, nosso interesse pessoal pelo respeito dos outros poderia de algum modo evitar que revelássemos a nossa verdadeira condição espiritual?

A forma como respondemos a essa pergunta diz muito a respeito de nosso senso de dignidade diante de Deus e dos homens.

O problema é que dignidade é um artigo raríssimo numa terra acostumada a ver tanta injustiça do poderoso contra o fraco; tanta frouxidão moral em nome do politicamente correto; tamanha apatia espiritual diante da banalização da vida.

Dignidade é decência, é decoro. É isso que gera a autoridade moral que se recusa a dobrar-se diante da injustiça. É isso que produz a honestidade banhada de honra e respeitabilidade e, por fim, faz nascer a autoridade que enfrenta a desonra e a mentira.

Dignidade é também respeitar a si mesmo; é ter amor-próprio, é agir pelo brio do caráter, não pelo brilho do aplauso.

Nem sempre as pessoas julgam corretamente, pois geralmente se baseiam nas aparências. Mas uma coisa é certa: Deus sempre nos julga corretamente. Por isso, o apóstolo Pedro ensina: "Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação" (1 Pe 1.17).

O que as pessoas veem em nossas vidas são muito mais que "placas". Na verdade, somos como "cartas" lidas por todos. É isso que o apóstolo Paulo ensina a respeito dos discípulos de Jesus: "Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens" (2 Co 3.2).

A mensagem que levamos às pessoas são as nossas atitudes e ações, efetivadas na vida pública ou privada que levamos. O que fazemos na intimidade de nosso lar ou em algum recôndito da nossa discrição importa tanto a Deus como o que fazemos publicamente.

Diante disso, temos de responder a essa pergunta incômoda: como cartas lidas por todos, é possível que temamos a opinião de Deus menos do que temeríamos a opinião dos outros?

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
Confira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" - http://www.oliberal.com.br/

quinta-feira, 23 de abril de 2009

É chegada a hora!

Hoje é dia de marcarmos a história de nossa Igreja e escrevermos um novo momento na CGADB!

É a oportunidade de mostrarmos, com nosso voto, que queremos uma Convenção marcada pela transparência, pelo respeito, pela obra missionária! Uma convenção que avance e faça o Brasil ver que somos a maior igreja do país e devemos ser reconhecidos como tal!

No discurso feito ontem ficou claro o respeito que temos por todos aqueles que escreveram a história de nossa Igreja desde o início dela até hoje! Ao longo de minha vida aprendi lições fundamentais com pastores experientes e sei que devemos respeitar e honrar estes homens de Deus!

Mas nós também devemos estar atentos ao tempo de Deus! A continuidade traz diversas consequencias negativas. Quem permanece muito tempo no poder acaba perdendo sensibilidade para tratar com liderados e atenção com alguns dos deveres existentes. Prova disso é que nesta AGO percebemos várias áreas em que nossa Convenção precisa melhorar.

Com muita humildade, oração e coragem nos colocamos à disposição dos convencionais para enfrentar o desafio de presidir a CGADB. Você tem hoje liberdade para ir às urnas e votar segundo sua consciência! Através do seu voto podemos construir juntos uma Convenção que glorifique a Deus e eleve o nome da Assembléia de Deus à posição que merece.

Sigamos firmes rumo à vitória, certos de que “Deus não nos tem dado espírito de medo, mas de coragem, de amor e de moração!”

Samuel Câmara


Propostas e Oração marcam discurso

O discurso do Pastor Samuel Câmara impactou os convencionais presentes na plenária de ontem (22/04) à tarde. Uma oração de joelhos com milhares de pastores encerrou a participação do Pastor Samuel no tempo reservado para a fala dos candidatos à presidência da CGADB.

No início do discurso, o Pr. Samuel homenageou pastores experientes que influenciaram seu ministério, como seu sogro e fundador do IBAD, Pr. João Kolenda Lemos, seu pai, Pr. Severo Câmara, o Pr. Alcebíades Vasconcelos, a quem sucedeu na presidên-cia da Igreja em Manaus, e o Pr. Firmino Gouveia, de quem recebeu o pastorado da Igreja em Belém.

Após reconhecer e elogiar o trabalho dos pastores que construíram a história da Igreja, o Pastor Samuel falou aos presentes sobre a necessidade de uma liderança com força para assumir a grande responsabilidade de continuar escrevendo a história da denominação. No discurso o Pastor Samuel também afir-mou ter DNA assembleia-no e compromisso com a identidade da Igreja, negan-do toda e qualquer insinuação contrária.

Além de afirmar não querer ficar além do tempo regimental na presidência da CGADB, o Pastor Samuel lembrou que a geração da qual faz parte tem sido submissa aos resultados das eleições, sem movimentos de divisão como os que aconteceram em décadas passadas.

Ao concluir o discurso, o pastor Samuel Câmara disse ter o sonho de construir uma “Assembléia de Deus forte, transparente, com a Convenção a serviço da evangelização e do trabalho missionário”, além dos pontos propostos da equipe “CGADB pra todos” .

Na conclusão dos 15 minutos permitidos para o discurso, o Pastor Samuel Câmara convocou a todos os pastores presentes para uma oração de joelhos pela Assembléia de Deus no Brasil e pelo resultado da eleição desta quinta, sendo acompanhado pelos milhares de pastores que estavam na plenária.


terça-feira, 21 de abril de 2009

A verdade sobre as urnas do Anhembi 2007

Processo Judicial demonstra que líderes cometeram injustiça!

“Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido” (Lc 12.2)

Logo após a Eleição da CGADB, em São Paulo (19/Abril/2007), para justificar o tumulto que ocorreu no Anhembi, com a falência do sistema eletrônico de votação e a utilização do voto manual com cédulas, o órgão oficial da Assembléia de Deus no Brasil, o jornal Mensageiro da Paz (Edições: Maio/2007 e Junho/2007), trouxe várias matérias assinadas por diferentes autores apontando o responsável por aquele incidente lamentável.

Como se sabe, os autores dessas matérias apontaram Samuel Câmara como o único responsável. Mas estariam eles dizendo a verdade?

Qual é a verdade? Para responder a esta pergunta, vamos aos fatos ocorridos depois desse evento.

A MICROBASE, empresa contratada para efetuar a eleição eletrônica, entrou com uma ação judicial de Cobrança contra a CGADB (Processo: 583.00.2007.208900-2, 27ª Vara Cível do Foro Central, São Paulo) alegando não ter recebido a quantia acordada.

Em sua defesa, a CGADB fez uma série de ponderações (alegações do que, a seu ver, é a verdade dos fatos). A Justiça, então, constituiu um perito, o Engº Eletrônico Lupercio Rodrigues Haro Junior, para examinar os serviços prestados durante a eleição e emitir o competente Laudo Pericial.

Baseado no que ambas as partes alegam como “verdade de justiça”, assim como o que consta no Laudo Pericial, vamos contrapor o que foi publicado no Mensageiro da Paz e deixar que a VERDADE venha à tona e, finalmente, seja estabelecido o verdadeiro responsável por aquela lamentável bagunça.

Note que na contestação da CGADB a MICROBASE é chamada de AUTORA, e a CGADB, de RÉ ou REQUERIDA. O Pastor José Wellington Bezerra da Costa é o presidente da CGADB. O Pastor Flauzilino dos Santos era o Coordenador da Comissão responsável pela votação eletrônica. O Pastor Wagner Gaby era o Presidente da Comissão Eleitoral.

Vamos, então, às perguntas e respostas, a seguir:

PERGUNTA 1

Por que as urnas do Anhembi não foram totalmente usadas?


Veja o que dizem:


PASTOR FLAUZILINO DOS SANTOS, NO MENSAGEIRO DA PAZ:

Foi um erro de programação (...) que poderia ter sido solucionado em 30 segundos em cada uma das sessões. Porém, houve uma consulta aos candidatos e um deles, o pastor Samuel Câmara...

Para ler a notícia completa acesse:

http://www.adbelem.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=79:a-verdade-sobre-as-urnas-no-anhembi&catid=89:noticias-de-vitoria

Jornal Voz da Assembleia de Deus 01

Jornal Voz da Assembleia de Deus

domingo, 19 de abril de 2009

sábado, 18 de abril de 2009

Coragem, Amor e Moderação

A próxima semana será histórica para os líderes da maior igreja evangélica do Brasil! Cerca de 17 mil ministros estão inscritos para participar da 39ª Assembléia Geral Ordinária da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil - CGADB, no Centro de Exposições de Carapina, Serra (ES), de 20 a 24 de abril de 2009.

O número recorde de participantes expressa não somente a importância do evento, mas também o poder de Deus em fazer prosperar uma obra espiritual iniciada na cidade de Belém do Pará através dos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, há quase um século, e expandindo-a por todos os rincões de nossa Pátria.

Além dos trabalhos convencionais ordinários, nesta Assembleia Geral também acontecerá a eleição da Mesa Diretora que presidirá as iniciativas relacionadas aos pastores da Assembléia de Deus no Brasil nos próximos quatro anos. Como líderes preparados são fundamentais para as iniciativas de qualquer grupamento humano e, consequentemente, para o seu sucesso,
este é um momento de oração e ação em prol do avanço da obra de Deus no nosso País.

Quando o apóstolo Paulo pensou em animar um jovem pastor chamado Timóteo, ele afirmou que CORAGEM, AMOR e MODERAÇÃO são virtudes que Deus nos concede para trazesmos à existência os propósitos e planos que Ele tem determinado a nosso respeito como povo de Sua exclusiva propriedade (2 Tm 1.7). Sem dúvida, essas características precisam estar presentes naqueles que forem eleitos para presidir a CGADB nos próximos quatro anos.

Falar de CORAGEM é afirmar que Deus deseja um líder que não esteja acomodado com a mesmisse ou a burocracia, sem visão ou ânimo para enfrentar os novos desafios que a história nos impõe. A coragem é necessária para prosseguir nos momentos em que as contrariedades aparecem, nos instantes em que é preciso avançar para novas conquistas e tomar decisões inspiradas por Deus para o crescimento de Sua obra.

Sem dúvida, Deus deseja um líder de coragem à frente da nossa Convenção Geral, alguém que esteja disposto a crer no Senhor para grandes e pequenas coisas e, ao mesmo tempo, compromissado com os princípios da Santa Palavra para a realização de todo o conselho de Deus.

Mas Paulo também menciona a importância do AMOR. Esta virtude capacita um líder a valorizar seus liderados, respeitar a diversidade e o ministério de todos aqueles que são amados e chamados por Deus. Um líder de sucesso tem no amor um ingrediente fundamental para envolver e motivar aqueles que estão ao seu lado para construir uma história de conquista. Assim como Deus é amor, os pastores eleitos para a Mesa Diretora de nossa Convenção Geral devem também ser homens de amor e, assim, superarem todas as dificuldades que se apresentem, mas sempre com um espírito excelente e não revanchista.

A última virtude apresentada por Paulo, a MODERAÇÃO, diz respeito à capacidade de alguém ser estável e constante no seu padrão de liderança, livre de repentes motivados por emoções descontroladas ou ímpetos humanos e carnais. Um líder sensato, conciliador e empático não somente é usado por Deus para produzir Seus propósitos, mas também se torna uma referência espiritual e moral para aqueles com quem convive.
Que esta assembleia convencional entre para a história da Assembléia de Deus no Brasil como um momento em que líderes marcados pelas virtudes mencionadas acima possam levar a nossa Igreja a um patamar jamais visto antes, a fim de que cumpramos integralmente a nossa missão diante de Deus e dos homens.

Que a coragem, o amor e a moderação sejam a marca de cada pastor assembleiano e, desse modo, Deus encontre em nós a motivação correta para nos usar poderosamente, como nunca antes, para a glória do Seu Santo Nome.

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Debate entre candidatos à Presidência

Pr. Samuel Câmara e Pr. Martinho Monteiro

O Pastor Samuel Câmara foi o único candidato presente nos estúdios da Rádio Melodia FM para participar do debate marcado para a última quinta (16/04) sobre as eleições para a presidência da CGADB. Devido à ausência do Pr. José Wellington, que estaria numa viagem e não aceitou a possibilidade de participar por telefone, o tempo do programa serviu para o Pr. Samuel Câmara responder a perguntas feitas pelos apresentadores da rádio carioca, por pastores presentes no estúdio e ouvintes de mais de 110 rádios afiliadas espalhadas pelo Brasil.


A primeira pergunta do programa foi sobre as qualificações que o Pastor Samuel Câmara possuía para presidir a Convenção Geral. Em resposta, ele afirmou ser quarta geração de assembleianos, vivendo a realidade da Igreja desde criança, e também como adolescente, jovem e adulto. Samuel Câmara lembrou que há mais de 10 anos pastoreia a primeira Assembléia de Deus no Brasil, a Igreja-mãe, fundada por Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém do Pará. Ao longo de sua vida ministerial foi indicado por pastores de renome como Alcebíades Pereira de Vasconcelos e Firmino da Anunciação Gouveia para substituí-los nas igrejas de Manaus e Belém, respectivamente.


Além disto, Samuel Câmara informou já ter servido a Convenção Geral da Assembléia de Deus no Brasil como secretário e 1º vice-presidente, afirmando “ser natural querer seguir servindo à Convenção, colocando a confiança no Senhor Jesus”.


Um dos temas levantados durante o programa foi sobre quais mudanças seriam feitas na estrutura da CGADB. O Pastor Samuel Câmara respondeu que a prioridade será trabalhar no desenvolvimento dos pastores e motivar a Igreja no Brasil a fazer um trabalho unido voltado para o evangelismo e missões. Segundo ele, “a Assembléia de Deus precisa ser vista pela mídia desse país, por isso precisamos ocupar as praças, estádios e ruas para proclamar a Jesus”.


Além disto, Samuel Câmara ressaltou a necessidade de estabelecer uma maior transparência na condução dos trabalhos da CGADB, permitindo que os pastores e igrejas entendam como a convenção atua. Para facilitar esta interação, o Pr. Samuel planeja instalar escritórios em todos os estados para que a Convenção possa servir aos pastores onde eles trabalham.


Durante o programa, Samuel Câmara fez questão de ressaltar que o papel do presidente da Convenção não é de mudar as coisas nas Igrejas, mas liderar pastores em busca do crescimento da obra. “A Assembléia de Deus não tem o que mudar. Ela vai continuar sendo a beleza que é”, afirmou Câmara.

Para ouvir a entrevista do Pr Samuel na Rádio melodia acesse:

http://midia.redemelodia.net/debates/abr/deb1604.mp3



Equipe CGADB PRA TODOS

Campanha nacional de Oração




Resultado da Enquete

Ao invés de reeleições ou reformas de estatuto. A Assembleia de Deus tem assuntos mais importantes a serem discutidos nas AGOS?

Sim 336 (90%)
Não 36 (9%)

Participe da nossa nova Enquete.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Os símbolos ausentes da Páscoa

Para que serve um símbolo? Por que nos valemos deles para expressar os pontos fundamentais da nossa fé? Por exemplo, no início da Igreja, os discípulos se utilizavam do símbolo de um peixe para expressar a sua identidade cristã. Desde o ano de 325 d.C., porém, a cruz passou a ser considerada o símbolo oficial do cristianismo.

A importância de um símbolo dá-se em razão de sua forma (ou sua natureza) servir para evocar, representar ou substituir, num determinado contexto, algo abstrato ou ausente.

Desse modo, quando pensamos na Páscoa, que símbolos nos vêm à mente? A resposta é óbvia demais para muitos, pois dirão com certeza que a Páscoa lhes remete à lembrança de coelhinhos e ovos de chocolate.

Mas o que coelhinhos e ovos de chocolate têm a ver com a Páscoa? Por que razão a cristandade alterou substancialmente a sua simbologia para comemorar a data mais marcante de sua própria existência com uma simbologia que nada lhe diz respeito? O que mudou no coração do cristianismo?

Será que os marqueteiros da religiosidade cristã queriam maquiar os fundamentos da fé para tornarem a mensagem cristã mais agradável aos povos pagãos?

O ovo, cujo símbolo indica "o nascimento, a vida", é de chocolate, que vem do cacau, cujo nome científico em grego é Teobroma Cacau, quer dizer: o néctar dos deuses.

Os coelhinhos surgiram como símbolos da Páscoa importados da mitologia pagã egípcia, pois lá representavam a fecundidade e a reprodução constante da vida.

A associação entre coelhinhos e ovos de chocolate é mera peça de marketing religioso copiada da Idade Média, quando os antigos povos pagãos europeus, nesta época do ano, homenageavam Ostera, a deusa da primavera. Ostera segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés, cuja simbologia significa o surgimento de uma nova vida.

Assim, ao considerarmos a simbologia envolvida nas comemorações da Páscoa, de uma coisa podemos ter certeza: os símbolos atuais, além do fato de possuírem poderosos atrativos comerciais, de certa forma conspiram para ocultar o verdadeiro sentido dessa festa judaico-cristã.

A verdadeira Páscoa nada fala sobre coelhinhos saltitantes, mas de cordeiros mortos e sangue derramado para perdão de pecados; nada diz sobre ovos de chocolate, mas de ervas amargosas como sinal de arrependimento.

Claro, cordeiros mortos e sangue espalhado evocam lembranças extremamente asquerosas e não ajudariam a vender sequer desinfetante para ajudar a limpar a sujeira. Mas Páscoa fala mesmo de sujeira moral, de decadência espiritual, de escravidão e morte, pois esta era a condição do povo.

Porém, a Páscoa transcende esse ponto. Ela também fala da limpeza do pecado e da culpa. Fala também de libertação da escravidão, de ressurreição para uma nova vida e também de vida eterna.

Páscoa é o rompimento das velhas estruturas do pecado, simbolizado pelo Egito, para receber a nova aliança de Deus, simbolizado pelo cordeiro que foi morto. A Páscoa fala do abandono da condição de escravo, da libertação do jugo das trevas, cuja bênção está acessível a todo aquele que crê.

A Páscoa fala também de restituição. A libertação do Egito e a posse de uma nova terra representam a restituição de Deus, pois a vida que deveríamos viver, mas o pecado nos roubou, Deus nos restitui gratuitamente pela Sua infinita misericórdia.

Páscoa fala de sacrifício. "Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós" (1 Co 5.7). E, na cruz, não tem doçura, tem o amargor de Jesus em ser o nosso Substituto, em pagar o preço que nós deveríamos pagar pelos nossos pecados.

Não, na Páscoa não há "néctar dos deuses", há o próprio Deus que se fez homem e derramou o Seu sangue inocente para nos salvar do pecado e da morte.

Enfim, não é da Bíblia que tiraram essa idéia romântica de coelhinhos e ovos de chocolate na Páscoa, foi do paganismo.

Embora na Páscoa pouco ou nada se fale sobre Jesus, tome a atitude de colocar o Senhor Jesus no centro da sua vida, pois Ele veio para que tenhamos vida, e vida em abundância!

Feliz Páscoa!

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Resultado da Enquete

As Revistas da Escola Domincal poderiam ser mais baratas?

Sim 203 (89%)
Não
25 (10%)

Participe da nossa nova enquete.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Tirando a venda dos olhos

Conta-se que os índios Cherokees americanos têm um interessante rito de passagem. Ao final da tarde, o pai leva o filho adolescente para a floresta, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta sozinho no topo de uma montanha toda a noite, não podendo remover a venda, até que os raios do sol brilhem no dia seguinte.

Ele não pode pedir socorro, nem deve esperar que alguém o ajude. Se ele conseguir passar a noite toda ali, sozinho, será considerado um homem. Há uma proibição expressa: ele não pode, em hipótese alguma, contar a experiência aos outros meninos da tribo. A razão é que cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando bravamente o medo do desconhecido.

O menino está naturalmente amedrontado. Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e cobras podem vir picá-lo. Ele pode estar com frio, fome e sede. O vento sopra a relva e a terra sacode os galhos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda.

Segundo os Cherokees, este é o único modo do jovem se tornar um homem de verdade. Finalmente, após a horrível noite de solidão, o sol aparece e a venda lhe é removida. Então, ao abrir os olhos, ele descobre seu próprio pai sentado na montanha perto dele. Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo, embora este não tivesse consciência disso.

Que lição podemos apreender dessa simples lenda? Fiquei a pensar nas vezes em que nos sentimos sozinhos, como se Deus não se importasse, como se o fardo que carregamos fosse só nosso, e de mais ninguém, como se a solidão fosse a única certeza. Quem nunca passou por um momento assim?

Ao lermos a história de grandes homens de Deus, a maioria já carregou o peso de se sentir abandonado, exatamente nas horas em que mais precisava de apoio e incentivo. Abraão, Moisés, Jó, Daniel, Elias, Jesus, e muitos outros, já se sentiram "desamparados". Mas todos eles, ao terem a venda tirada dos olhos, viram o quanto Deus estava perto, embora por um tempo não o tivessem notado.

Jeremias mostra todo o sentimento de abandono em que se encontra. Ele sentia-se só, um verme ambulante, motivo de escárnio do povo, como se Deus estivesse muito distante.

Mas, então, ele se lembra de como o Senhor costuma tratá-lo, e afirma: "Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele" (Lm 3.20-24).

Mas quem poderia dizer que Jesus, o Filho de Deus, poderia se sentir desamparado? Ora, Ele passou por isso também.

Jesus havia sofrido terríveis dores na alma em sua oração no Jardim do Getsêmane. Agora, pregado na cruz, ao lado de dois ladrões, enfrentando o escárnio das pessoas, recebendo sobre si mesmo os pecados, as dores e enfermidades da humanidade, sentiu como se Deus o tivesse abandonado.

Em maio à escuridão das trevas, Jesus brada em completa agonia: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"

Depois, confiante, Jesus clamou em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!"

Como poderia Deus tê-lo abandonado, se Jesus se sente confiante em entregar-lhe o espírito? Era a venda nos olhos, pois ali estava Jesus, o Homem de dores e que sabe o que é padecer, expressando a Sua humanidade.

A lição que apreendemos é que, de igual modo, nunca estamos sozinhos! Mesmo quando as trevas nos impedem de perceber a presença de Deus, isso não significa que Ele não esteja conosco, logo ali, sentado ao nosso lado.

Deixe Deus tirar a venda dos seus olhos, e verá que Ele jamais deixou de estar ao seu lado, jamais abandona você.

Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja Mãe
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quinta-feira, 2 de abril de 2009

As Estratégias Assembleianas estão Corretas?

Em 05 de setembro de 1989, portanto há apenas 19 anos ou 231 meses, 1.656 convencionais (pastores e evangelistas) da Assembléia de Deus no Brasil se reuniam na primeira Assembléia Geral Extraordinária em Salvador na Bahia, exatamente para decidirem o destino de nossa denominação. Houve ali o primeiro ‘racha’. No texto do livro “História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil” na pág. 526 é citado com um certo ar de orgulho, que a “a maior delegação veio de São Paulo, sendo mais de 50% do plenário” (1) , mesmo local onde anteriormente (19 a 23 de janeiro de 1987) reuniram-se mais de 3.000 pastores na Assembléia Geral Ordinária realizada no Centro de Convenções em Salvador/BA (2).

16.736 é o número de convencionais inscritos para a eleição da mesa diretora da CGADB a ser realizada no mês de abril/2009 em Vitória/ES, número fechado conforme estatuto e regimento às 18:00 hs do dia 20 de janeiro de 2009 dos que estarão aptos a votar no dia vinte e três (3).

Crescimento de 910,62% sobre a quantidade dos que decidiram partir a Assembléia de Deus em duas naquela Convenção de 1989, diga-se de passagem, primeiro ano de administração do atual e constante Presidente desde então, apenas interrompida por uma estratégica eleição na AGO de Cuiabá/MT (4).

Curiosidades a parte, tais como: qual deverá ser a maior delegação? Precisamos mais do que nunca, fazer uma reflexão traçando um paralelo entre este assombroso e louvável crescimento de ceifeiros (caso realmente seja esse, o objetivo!) e o crescimento da IEADB neste mesmo período.

Bons tempos aqueles em que assembleianos alardeavam a quem quisesse ouvir, que de toda a população evangélica existente no Brasil ‘éramos pelo menos 50%’, com alguns mais afoitos, que diziam sermos 60 e até 65% do total dos evangélicos. Isso deve ter pouco mais de 20, talvez uns 25 anos no máximo.

Surpreso, vi uma reportagem por ocasião da visita do atual papa ao Brasil em 2007, quando a imprensa nacional noticiou estatísticas do crescimento dos evangélicos em nosso país. Estudos da FGV e dados atualizados do censo do IBGE onde éramos 15,4% de evangélicos no ano 2000 (26,1 milhões de uma população à época de 169,8 milhões de pessoas). Daquele total de evangélicos (15,4%) já se tornava visível uma diminuição de patamar do chamado ‘rebanho assembleiano’. Somente 8.418.140 pessoas (32,14% do total de evangélicos) diziam-se freqüentadores da Assembléia de Deus. Já não éramos os tão propalados ‘mais de 50%!’ (5).
Pois bem! Em 2007, com a vinda do papa, novos números foram divulgados com algumas atualizações e outras projeções. A quantidade de evangélicos atualizada pela fundação Getúlio Vargas – FGV divulgada era de 17,88%, sendo 12,49% pentecostais e 5,39% tradicionais e, segundo a mesma FGV a segunda maior igreja com número de adeptos depois da Igreja Católica, figura a Assembléia de Deus com 4,49% (Jornal Valor, 03/05/2007) do total geral (6).
Onde queremos chegar nesta análise?

Os quatro ponto quarenta e nove por cento de Assembleianos representam somente 25,11% do total dos evangélicos, o que demonstra a queda livre que vem ocorrendo em relação a membresia da Assembléia de Deus (7).

Percebemos que, mesmo com a bela peça de marketing “A Década da Colheita” fazendo uma cortina de fumaça que desviou o foco do real problema enfrentado pela Assembléia de Deus na década de 90 – divisão – os números divulgados pelo IBGE e FGV são inversamente proporcionais ao crescimento do contingente de obreiros aptos ao voto na próxima AGO, ficando a triste e inevitável constatação: Enquanto a quantidade de evangélicos cresce no país, os assembleianos encolhem. Que colheita é esta?

A aritmética é simples: saímos de um patamar de, ‘pelo menos’ 50% de todo o povo evangélico no país, para um patamar atual de aproximadamente 25% dos evangélicos. Algo tem estado errado com a nossa Assembléia de Deus nessas últimas duas décadas e meia. Enquanto isso, os católicos tidos como mais de 70% (73,79%) da população brasileira constatam que lhes faltam padres. Segundo o mesmo estudos, eles não passavam de 18 mil em todo o Brasil, que forma em média, 400 padres por ano nos seminários e ainda depois disso passam por uma fase de estágio (8).
Lembremos: somente inscritos para votar, em nossa CGADB tivemos 16.736 pastores e evangelistas, fora os muitos que por algum motivo não se inscreveram – apenas assembleianos! – que, conforme a relação publicada no site oficial da CGADB no primeiro banner onde se lê ‘EDITAL DE PUBLICAÇÃO’ ou na lateral esquerda da home page ‘lista alfabética’, iremos encontrar exatos 34.603 pastores e evangelistas filiados àquela Convenção, aptos ao exercício do voto. (9)

Enquanto existe um padre para cada 10.000 habitantes no Brasil. A Itália tem 1 para cada 1.000 habitantes (O Globo on line de14/03/2007) (10).
Nós evangélicos temos 18 vezes mais pastores por fiel, no Brasil segundo a FGV. E como seria esta proporção somente entre os assembleianos? Façamos uma reflexão mais simples: são 18.685 padres para pastorear 73,79% da população e 16.736 pastores (somente os inscritos na CGADB aptos a votar) para pastorear 4,49% da população. Se tomarmos por base as projeções do IBGE, que estimou uma população em 2007 de 183.987.291 habitantes para o Brasil (11) e, aplicarmos os índices acima citados chegaremos a números mais atualizados, para 135,7 milhões de católicos pastoreados por 18.685 padres (1 padre para cada grupo de 7.265 fiéis), 8,2 milhões de evangélicos ASSEMBLEIANOS pastoreados por 16.736 pastores eleitores (1 pastor para cada grupo de 493 fiéis) ou ainda, 34.603 pastores filiados a CGADB (1 pastor para cada grupo de 238 fiéis).

Apenas como informação, relembremos a AGE de 1989 quando 1.656 pastores e evangelistas votaram pela divisão da AD, passados 22 anos da AGO de 1987 com pouco mais de 3.000 convencionais, e tracemos um paralelo com 2009 quando temos 16.736 convencionais inscritos ou 34.603 filiados a CGADB. Quanto aos membros, regredimos para um patamar de somente 25% dentre os evangélicos no Brasil, enquanto presenciamos o crescimento de nossa população evangélica de 9,0% em 1991 para 15,4% em 2000 e, para 17,88% (FGV) em 2003 (12) os 4,49% de assembleianos representam só 25,11% desses 17,88%. É pura aritmética!

Se considerarmos o símbolo adotado pelos cristãos desde a época dos discípulos, o peixe estilizado desenhado na areia com dois traços, só nos resta constatar o triste fato de que muita coisa tem mudado e... para pior! Alguém está pescando em nosso aquário assembleiano.

Essa inversão na relação crescimento do número de pastores X diminuição no número de fiéis é que nos sugere a pergunta título deste artigo.

LUIZ PIMENTEL
AD Curitiba/PR

Citações:
(1) CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL – CPAD. História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro, 2004. 526 p.
(2) CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL – CPAD. História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro, 2004. 513 p.
(4) CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL – CPAD. História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro, 2004. 549 p.
(5) INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo Demográfico 2000. Características gerais da população. Resultado da amostra. Tabela de resultados.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/populacao/religiao_Censo2000.pdf
(6) JORNAL VALOR. 3 maio 2007. Reportagem de Paulo Toti. Disponível em:
http://www.unisinos.br/ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=&task=detalhe&id=6898 Acesso em: 11 maio 2007.
(7) Cálculo efetuado por regra de três simples tomando-se por base o percentual de assembleianos citado na referência 6 acima (4,49%) do total dos evangélicos pentecostais (12,49%) somados aos tradicionais (5,39%) perfazendo um total de 17,88%
(8) GLOBO ON LINE. 3 maio 2007. Igreja católica deixa de perder fiéis, diz FGV. Ùltimo parágrafo da reportagem. Disponível em:
(10) O GLOBO ON LINE. 14 março 2007 às 09h31m. Reportagem de Valquiria Rey. Disponível em:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/03/14/294922799.asp Acesso em: 11 maio 2007.
(11) INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Metodologia das estimativas das populações residentes nos municípios brasileiros para 1º de julho de 2008. 12 p. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2008/metodologia.pdf
(12) FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS – FGV. Economia das Religiões. Marcelo Neri. Disponível em: http://www.sav.org.br/?system=news&action=read&id=1641&eid=17

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