Chegou a hora de decidir o destino
da sua cidade. Neste domingo, 7, as eleições municipais, em todo o Brasil,
ajudarão a decidir os rumos que cada cidade seguirá nos próximos quatro anos.
De algum modo, você certamente terá de pensar sobre o voto que vai dar, sobre
qual candidato escolher, pois sendo uma pessoa responsável, o que você
depositar nas urnas vai ajudar a dirigir sua própria vida.
Talvez você seja daqueles que se
encontram frustrados com a escolha das eleições passadas, se sentindo enganado
ou abandonado. Talvez seja um daqueles que nem mesmo se lembra em quem votou.
Ou talvez, você seja uma das pessoas que ache eleição uma coisa chatíssima.
Quero que você pense sobre duas
coisas. Primeiro, nesse exato momento, cerca de metade da população do mundo
não sabe sequer o que quer dizer votar e escolher os seus próprios governantes,
pois esse é um instrumento inexistente em não poucas culturas e países. Por
esse prisma, podemos nos considerar privilegiados por fazer parte da escolha da
vida política da nossa cidade. Isto porque, bem ou mal, vivemos em uma
democracia.
Segundo, se uma pessoa começar a
votar aos 16 anos e viva até aos 80 anos, poderá votar, no máximo, dezessete
vezes. Quantas coisas na vida você pode fazer que lhe dê dezessete oportunidades
para mudar ou melhorar algo, mas acaba desprezando?
Essas duas ponderações ajudam a nos
mostrar a importância e a urgência que as eleições devem merecer de cada um de
nós. Afinal, esta é a festa da democracia. Na definição de Abraham Lincoln,
“Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo”. Assim, o próprio
povo escolhe, pelo voto, o seu destino.
A maneira como cada eleitor trata o
seu voto fornece uma pista segura para sabermos se o mesmo tem consciência
política e exerce plenamente o seu direito de cidadão, ou não. Desse modo, a
estatura de cada cidadão é medida pela valorização que dá ao seu voto, pelo
modo como expressa a sua vontade política.
Por isso, o
voto é não somente intransferível e inegociável, mas também precisa refletir a
compreensão que o eleitor tem de sua cidade. Em função disso, ele não deve, em
hipótese alguma, violar a sua consciência política, principalmente no que diz
respeito à sua maneira de ver a realidade social. Cada eleitor deve, portanto,
discernir se o candidato que pede o seu voto é uma pessoa lúcida e comprometida
com as causas da Justiça e da Verdade, e não um oportunista de plantão, que só
aparece em época de eleição.
Se o eleitor
quer ter compromissos éticos na política, deve lembrar-se de que os fins não
justificam os meios. Por isso, nunca deve aceitar promessas de qualquer
candidato que possam corromper a sua consciência, mesmo que a “recompensa”
propalada seja, aparentemente, muito boa para si ou para a sua comunidade. O
eleitor não deve aceitar de forma alguma promessas de ganhar os “reinos deste
mundo” por quaisquer meios que lhe roubem a glória de ser um cidadão
responsável e útil à sociedade com o seu voto.
Devemos ter em mente que o nosso
voto é, de algum modo, um instrumento revolucionário e pacífico de
transformação social. E essa é uma característica única e essencial de
democracias sólidas e estáveis, cuja ação só pode ser realizada por um ato da
vontade e da consciência de cada cidadão.
Quer queiramos admitir ou não,
estaremos caminhando para uma situação que pode melhorar ou piorar a nossa
cidade, dependendo da nossa atitude, da nossa escolha. Se formos omissos ou
desinteressados, ajudaremos a piorar a situação; se formos responsáveis e
diligentes, solidários e participativos, com o voto consciente e de qualidade,
daremos um grande passo para melhor a “polis”, a cidade onde vivemos, pois daí
advém o termo política.
Se não dá para mudar tudo e fazer o
bem de uma só vez, podemos ao menos tentar evitar que o mal prospere, ao
votarmos e elegermos os candidatos sérios e de melhores propostas.
Procure avaliar a vida dos
candidatos, pergunte sobre os mesmos, se informe a respeito, veja se é um bom
caráter, se é uma pessoa séria, se tem propostas coerentes, e prime por
escolher o seu candidato num elenco que traga essas legítimas características.
Se estes não puderem mudar o que
precisa ser mudado, na pior das hipóteses evitarão que pessoas nocivas sejam
eleitas e ocupem o lugar que nos é devido, exerçam autoridade sobre nós,
persigam a nossa fé e blasfemem contra o nosso Deus.
Nesta hora de decisão, saiba que o seu voto ajudará a decidir o destino da sua
cidade. Além disso, oro para que Deus dê a todos sabedoria e graça, para que
cada eleitor faça a melhor escolha!
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